The Lie of A Reality

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Labirinto
(Visão Dominic)

Eu a deixei cair!

Se eu já não estivesse um pouco apegado a ela eu não me importaria que ela caísse e morrerse. Aliás eu fui treinado para matar e ver as outras pessoas a sofrer. Mas de que é que me serve esse treinamento se alguém que nós nos importamos sofre.

Ainda estou pendurado a chorar diante o fosso. Se eu me deixasse cair também podia morrer, e se eu morresse não podia descobrir o que este labirinto tinha de tão importante.

- Desculpa ouriço, eu preciso de saber. Eu prometo depois te contar tudo. - Merda. Passei a minha vida sozinho e quando encontro companhia acabo por voltar a ficar só.

Eu sabia, eu tenho uma maldição qualquer.

MALDITO BRAÇO
MALDITA VIDA


Obrigo me a parar de chorar e a pensar em como sair dali. Até que ao olhar para baixo reparo numa pequena entrada de túnel do outro lado do fosso.

Aquela entrada parecida que não estava ali por acaso mas sim que foi feita por alguém.

- Bem, vale a pena ir olhar, talvez seja a saída daqui.......

Dou impulso e me atiro de costas para o fosso activando a minha esmeralda para eu conseguir chegar ao outro lado.

Já com os pés nessa gruta eu olho uma última vez para o preto no fundo do fosso. Eu sabia que ele era maior do que quilo que os meus olhos viam e também sabia que ele poderia nem ter fim.

- Se estiveres viva é bom que venhas inteira, não vou ser capaz de te encarar se alguma coisa aconteceu por minha culpa.

Viro costas ao fosso e sigo para dentro da gruta onde por alguma razão a temperatura começa a descer ficando frio o suficiente para congelar os pés.

Merda eu tinha de procurar um sitio quente. Eu já estava a andar naquela gruta já à meia hora. Se continuasse a andar ao frio ficaria doente ou congelaria vivo.

Enquanto pensava no que fazer para me aquecer eu reparo numa pedra estranha na parece. Ela era diferente e fazia o formato de uma tocha o que era ainda mais estranho, mas a estranheza total aconteceu quando eu toquei na tocha e uma voz robótica falou

Sistema de impressão digital reconhecida

Enquanto o robô falava uma das rochas se abriu e mostrou uma sala escondida. Não pensei duas vezes antes de entrar pois eu tinha vista alguns papeis velhos e uma caixa de fósforos antiga, eu estava a salvo do frio.

Entrei e a pedra voltou se a fechar atrás de mim deixando me ali dentro trancado. Uma pequena luz de mesa estava a funcionar, ela devia de ter lidado quando a porta se abriu, o que foi bom porque assim eu não estaria ao escuro e podia facilmente encontrar os fósforos.

A sala escondida era pequena e só tinha uma mesa, uma máquina esquesita como as dos hospitais, cheias de botões e ecrãs. Na parede havia uma grande zona toda preta o que eu pensei que talvez fosse vidro já sujo de tanto tempo aqui fechado. O que é que houvesse do outro lado do vidro não era de meu interesse agora. Em cima da mesa é no chão havia baldes, garrafas de vidros e papéis, muitos papeis.

Peguei num balde e o enchi de papéis sem mesmo eu saber se eles eram importantes ou não, mas num ato de desespero primeiro eu só pensava em mim.

Fiz uma fogueira dentro do balde e me aqueci um pouco. Já quente eu comecei a reparar melhor no que havia em cima da mesa, até que reparei num pequeno caderno meio escondido debaixo da papelada toda.

Peguei nele e sentei me perto da fogueira improvisada. Talvez aquele aceder o podia conter alguma coisa de importante ou então só serviria para alimentar o fogo para me aquecer.

Mas eu estava enganado

Aquele cardeno tinha a letra do meu irmão.
A letra do Luke estava ali, eu defenitivamente tinha de ler.

..........
Projeto esmeralda
Teste n°1

Será que isto fala sobre o primeiro teste que fizeram na Ares... Ela foi a primeira a receber a esmeralda no braço por isso....

Cobaia

Dominic Light

Mas isso sou eu!
Impossivel, alguma coisa está errada

Lídia Light morreu antes mesmo de dar à luz este rapaz.
Ela morreu quando ele tinha apenas três meses de gestação. Ninguém pensava que ele iria sobreviver até a Kasaki me ter dado uma ideia.
Retirando o embrião da barriga da mãe eu podia o salvar metendo o numa encobadora feita pelo Galye.
Eu pensava que ele não iria sobreviver mas neste momento ele está vivo e desenvolvido como uma criança normal.

A kasaki acha que está na hora de fazer o teste. Ela reparou numa anomalia nas esmeraldas.
Elas não são originárias dos Vorgen

Estas esmeraldas crescem numa gruta secreta ao lado das ilhas do Japão. Só ela e a Quimera é que sabem a localização exata.
Elas reparam numa anomalia estranha. A cada mês no exato dia em que a lua se encontra em estado de lua nova, as esmeraldas ganham vida.
Eu sabia que aquelas pedras tinham algum tipo de poder, vários manuscritos antigos de tribos antigas falavam em pessoas com poderes das esmeraldas e monstros grandes.

Eles acreditavam que quem usasse a esmeralda tinha de ser cuidadoso. Se usasse na altura errada essa pessoa se transformaria aos poucos........ Num monstro. Mas se fosse usada corretamente na altura certa quando a lua se encontra com a sua amante eterna a pessoa ganharia uma espécie de poderes.

A kasaki acha que essa altura especial é a lua nova. O sol pode ser um amante da lua mas ele não é eterno. Mas já a escuridão do espaço por outro lado é eterna e acompanha a lua em todas as faces. Então chegamos à conclusão que a altura perfeita para experimentar a esmeralda seria na lua nova.

Ou seja seria hoje. A criança teria que nascer exactamente na lua nova para isto funcionar então eu criei um parto artificial para retirar o Dominic de dentro do tubo. Ele já estava formado, e se a mãe fosse viva ela daria à luz dele também por volta desta altura.

Retirei os líquidos do tubo e cortei o pequeno cordão que tinha criado mas espera que ouvisse alguém a chorar.
Já tinham passado 5 minutos e nada. Achei que o rapaz que tentei salvar estava morto. Ele era pequeno e eu sentia me como se fosse o irmão mais velho dele, pois fui eu que fiquei aqui seis meses.

Ouvi chorar, ele estava vivo, o rapaz estava vivo.

Agora só faltava a parte mais difícil e se ele sobrevivesse entao a humanidade não estava perdida.

Peguei numa seringa que continha um líquido e uns cristais pretos pequenos e os meti dentro do sangue do rapaz.
A kasaki acha que a única forma de alguém controlar os cristais é se tiver ligado a eles desde pequenos. Mas ela também sabe que a família do Drater tem algumas esmeraldas justas com eles. Ele está a fazer experiências para meter as esmeraldas nos braços de alguns miúdos e adultos também. Não sabemos bem o que acontece a essas pessoas, mas temos a noção de que elas emlouquecem e viram monstros ou talvez verdadeiros Vorgen.

O Drater não pode descobrir sobre o Dominic não quando a ideia da Kasaki funciona. A esmeralda esta ligada ao rapaz. Acho que revoltou!

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Eu fui criado em laboratório e o que eu tenho no pulso não é a esmeralda verdadeira?!
O que raio aconteceu comigo?

White EmeraldOnde histórias criam vida. Descubra agora