[Algures no meio de Paris]
(visão Sonroc)
Sempre sonhei vir a Paris mas nunca imaginei que a primeira coisa que faria quando chegasse à cidade seria correr pela minha vida.
Depois da luz forte nos cegar demoramos alguns segundos para nos deparar onde estávamos e foi quando demos por ela que tínhamos 1 minuto exato para sairmos dali. Foi naquele momento de tudo ou nada que o Arian pegou-me na mão e me arrastou para fora daquele sítio usando a sua esmeralda. O cabelo tinha voltado a ficar verde, o corpo dele ficou rodeado de raios verdes e tudo à volta dele flutuava em direção ao céu dando passagem para nós. Mal saímos da casa quando tudo explodiu.
Senti-me a voar por meros segundos antes mesmo de bater de costas com muita força no chão. Não consegui sentir a minha mão direita e o meu braço doía imenso, mas mesmo assim tentei me levantar.
- Arian? Onde estás?- Chamei enquanto olhava em volta à procura do Arian mas a única coisa que eu via era destroços a arder por todo o lado.
Aquilo não podia estar a acontecer, o Arian podia estar debaixo de qualquer destroço e eu nunca daria por ela, eu não posso deixar alguém que me salvou morrer certo? Logo quando pensei que as coisas não podiam piorar ouço um barulho enorme e uma sombra gigante tapa a rua inteira. Não preciso de olhar para trás para perceber que tenho um Vorgen atrás de mim.
- Que merda de dia! - grito começando a correr para me salvar escapando por um triz a um dos braços nojentos do Vorgen e das suas garras afiadas - Merda , merda, merda!! Que bosta de monstro!
- Ei ele pode ter sentimentos! - Uma voz me diz vinda do meu lado direito e quando olho vejo o Arian a correr um pouco mais afastado de mim - Ias me deixar para trás?
- ARIAN! Pensava que tinhas morrido naquela explosão, desculpa! Não pensei que o Vorgen iria aparecer assim tão rápido, não tive outra hipótese senão fugir.
- Na boa, mas e que tal agora tentarmos derrotar este monstro?
- O QUE? ARIAN tu estás louco? 6 de nós não conseguiram derrotar um sequer quanto mais nós os dois sozinhos!
- Como é que sabes que não consegues se não tentaste?
- Isso não vai funcionar comigo, não hoje, não agora - Digo continuando a correr
- Tu é que sabes mas eu não vou desistir com duas tretas! - O Arian diz voltando a ficar com o cabelo verde.
Primeiro fui esganado pelo Drater, depois fui quase que lançado ao ar feito moeda por causa do poder do Arian, logo a seguir atirado para uma máquina que me transportou para paris e explodiu logo de seguida e sabe se lá porque razão um Vorgen apareceu, e para piorar aquele estúpido quer lutar contra um monstro que seis de nós não conseguiram derrotar e ele quer o fazer sozinho. O sol está quase a pôr-se e daqui a pouco a noite caí, neste caso só existe duas opções, derrotar aquele monstro ou fugir e rezar que com a noite ele não nos encontre.
Paro de correr e olho para trás e vejo o Arian tentar, com a esmeralda, derrubar algumas casas por cima dos braços do Vorgen que tentam chegar a ele.
- Essa merda tem 15 metros e meio de altura, achas mesmo que vais conseguir derrotá-lo assim? TU ÉS LOUCO!
- SONROC TU VOLTASTE PARA TRÁS! - Grita-me o Arian enquanto cai a minha beira depois de se ter desviado de um dos braços do Vorgen.
- Achas mesmo que te deixava morrer seu doido! Salvaste-me a vida antes por isso vou te ajudar mesmo que sejas um suicida estúpido. - Digo enquanto pego num ferro por ali espalhado o espeto num dos braços daquela coisa.
- Começo a gostar de ti meu! VAMOS DAR CABO DESTA COISA! - Grita o Arian correndo na direção do Vorgen e acertando-lhe um murro bem forte no braço que o fez recuar alguns metros.
Eu sabia que as esmeraldas eram poderosas só não sabia o quanto, ainda. Mas eu não devia ter festejado tão cedo, esse foi um dos erros que eu jurei não cometer mais vez nenhuma.
Num segundo o Vorgen tinha sido atingido, no segundo a seguir Arian é esmagado pelos braços dele e uma das garras perfura-lhe a perna direita.
- Não! NÃO! NÃO! ARIAN?!
Não me lembro do que aconteceu a seguir muito bem mas posso dizer com certeza que senti como se algo tivesse se apoderado do meu corpo. A minha visão tinha melhorado drasticamente e senti um formigueiro enorme nos meus pés e com um único impulso eu tinha chegado perto do Vorgen em meros segundos. O mundo à minha volta parecia ter ficado mais lento que o normal mas eu conseguia me mover à velocidade habitual, ou eu achava que sim.
Após ter visto o Arian ser perfurado a única coisa que me passava pela cabeça era matar aquele monstro de uma vez por todas. E foi isso que fiz.
Aproveitei aquela sensação de força e poder para espalhar murros por todo o corpo do Vorgen, e já que o tempo parecia andar muito devagar aquilo me dava uma certa vantagem, mas o meu problema continuava a ser o facto de que eu quisesse matar o Vorgen tinha-me de aproximar da esmeralda dele que por acaso tinha de estar rodeada de gases tóxicos. Merda não tinha muito por onde lhe pegar, até que subitamente o mundo volta à velocidade normal e eu sou quase atingido por uma garra gigante.
- OH MERDA! - digo protegendo a minha cara com os braços enquanto espero pela pancada, mas ela nunca chegou a acontecer.
- E depois eu sou o louco! - Abro os olhos e vejo o Arian me abraçar enquanto um escudo de raios verdes nos protege.
- Arain estás bem? Não devias de estar aqui a proteger-me assim, estás ferido!
- E tu usaste a tua esmeralda, Eu só via uma linha azul a rodear o vorgen e em questão de segundos estavas aqui quase a ser esmagado, e para mais, acho que ganhaste garras também. - Ele sorri uma última vez antes de desmaiar no meu colo.
- SEU VORGEN ESTÚPIDO VAIS PAGÁ-LAS!
Volto a sentir o formigueiro nos pés e o mundo volta a ficar lento à minha volta. Olho para as minhas mãos e vejo que elas se transformaram em garras afiadas. Já não quero saber dos gases tóxicos por isso vou dando murros e pontapés no vorgen até ele se desequilibrar e bater no chão o que não demorou muito a acontecer.
Aproveito o facto de as minhas pernas terem sido transformadas numa espécie de trampolim e dou impulso para chegar ao telhado de uma das casas. A melhor maneira de matar um vorgen é destruindo-lhe a esmeralda e eu só tenho uma única oportunidade antes que os gases me matem. Por isso salto do telhado em direção à esmeralda do vorgen que se encontrava caído na rua, e com a minha recente descoberta de garras as enfio na esmeralda fazendo com que ela comece a rachar toda. Os gases entopem as minhas vias respiratórias e eu sinto a minha garganta a arder e o meu corpo também, mas com algum esforço enfio a outra mão cheia de garras na esmeralda e a parto por completo.
Os momentos seguinte correram muito lento para mim, a esmeralda começou a partir e uma luz amarela cegou-me e depois tudo se tornou preto e eu perdi a consciência.
Será que eles ainda estão vivos?
Não sei mas vamos descobrir! A Willa deve de ajudar!
Sonroc, meu acorda por favor, não vais acreditar no que eu descobri
Sonroc!?
Por favor
Somos só nós os dois aqui
Não podes me deixar só
Sonroc?
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White Emerald
Teen FictionHumanos sempre acreditaram que existe vida para além da que nós conhecemos aqui no planeta terra, e com essa sede de conhecimento a humanidade evoluiu para um estado em que já não havia volta atrás. Construímos naves espaciais. Mandamos um cão á Lu...