8 - Uma das coisas;

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Coutinho, Philippe.

— Que horas são? — perguntei olhando para meu relógio em pulso supondo que o mesmo estivesse atrasado.

— Vinte e pouco... — ouvi Aine dizer enquanto pegava no copo d'agua, despejando-o entre os lábios.

— Ela vai demorar para sair? — questionei olhando para as meninas.

— Acho que não, o doutor falou que até vinte e duas ela saíria. Só está em análise, não é nada grave. — Bruna explicou.

— Mas a Charlotte falou que a caída da pressão prejudicaria o funcionamento de um dos sistemas. — falei confuso.

— Depende de como ela reagirá a análise. Cada um tem o seu sistema imunológico e isso depende de como este vai reagir contra a caída que ela teve. Pela duração em que estava desacordada, posso dizer que não é a primeira vez que teve essas caídas. — comentou a loira.

— De fato não é, mas sempre que ela caía era uma questão de minutos até que a mesma acordasse. — falei nervoso.

— Obrigada por vir. — Aine disse quebrando o silêncio que havia se instalado.

— Parentes de... — um médico se aproximou enquanto checava os papéis. — Megan Júlia Silva Santos?

— Nós. — Bruna se levantou.

— Ela recuperou antes do previsto e está prontissima para voltar para casa. Mas num período de dois meses, é recomendável de que ela coma de duas em duas horas uma porção limitada e se medique antes de ingerir quaisquer alimentos. — o doutor falou assim que entregou um papel com a receita do remédio e eu assenti me apossando do mesmo que estava nas mãos de Bruna.

— Tudo bem, e onde ela está? — foi minha vez de interferir e ele apontou com a cabeça para o fundo do corredor onde em alguns segundos, Megan apareceu caminhando até nós.

— Ela vai melhorar. — concluiu o médico e se retirou.

— Vamos para casa? — a morena que chegou recentemente questionou levando minha atenção. Ela prendeu o olhar por alguns segundos no meu como se não acreditasse que de fato eu estava lá.

— Vamos, essa tensão toda me deu uma fome. — Aine comentou e eu concordei com a cabeça passando as mãos pela calça do moletom.

— Philippe você pode me acompanhar para a farmácia? Preciso comprar a receita da Megan. — pediu Bruna que tinha um sorriso preocupado no rosto.

— Claro, vamos. — sinalizei e ela assentiu me seguindo enquanto caminhávamos para fora do estabelecimento.

— 21:13

— Vai conversar com Megan assim que chegar em sua casa? — questionei batendo os dedos contra o volante enquanto Bruna observava o pacote em suas mãos.

— Vou deixar essa onda passar, não quero que ela caia novamente por minha causa. — disse e eu dei de ombros tornando a olhar para a pista. — Outra vez... — completou.

— Não se sinta assim, tinha muita coisa acontecendo com ela. — tentei a aliviar e pareceu não resultar pois ela me direccionou un olhar preocupado.

— Eu fui uma dessas coisas, e você também. — sussurou e eu a olhei confusa.

— O que eu tenho a ver com isso? — disse enquanto girava o voltante curvando o carro para entrar na rua do condomínio de Megan.

— Bem, você... Você tem a ignorado e ela se sente mal por isso.

— Ela me ignorava e me tratava mal e nem por isso eu caí. — falei impulsivamente.

— Deixa de ser ridículo, isso não deixa de ser mau.

— Eu vou conversar com ela hoje, prometo. — disse depois de um tempo assim que estacionei o carro.

— Acho bom. — disse e abriu a porta saindo do carro. — Boa noite, Phil. — se despediu e eu acenei com a cabeça.

— Boa noite, Bru... — sussurei assim que ela fechou a porta parando na casa e tocando a campainha.

Tornei a ligar o carro e o virei para que saísse do condomínio com destino a minha casa.

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