30 - Longa;

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Coutinho, Philippe.

Merda, mil vezes merda!

Eu sabia que ter Karen como fotografa do clube teria suas desvantagens mas nunca pensei que Megan fosse usar a agressão como alívio.

Eu mesmo já nem sei ao certo o que esperar de Megan.

Suspirei de maneira frustrado enquanto secava os fios de meu cabelo tirando o celular.

Assim que certifiquei que já eram quase três da manhã, suspirei e calculei que a mesma estivesse acordada.

Sei que sempre que Megan fica com raiva não consegue dormir até que alguém a acalme.

Quarenta e dois minutos depois

Certifiquei meu bem-estar pelo reflexo do vidro de meu carro.

Assim que o coloquei na garagem com permissão do segurança, caminhei até dentro da casa quase que tocando a campainha.

Antes que clicasse no interruptor, empurrei a porta numa tentativa certa de abrir a porta.

Tal que em instantes eu já havia passado, fazendo o mínimo silêncio enquanto subia às escadas.

Caminhei até o final do corredor, suspirando enquanto abria a porta que me levava ao interior do quarto de Megan.

Seu corpo estava direcionado para a porta dando de imediato cruzamento de nossos olhares.

Tal olhar que ela desviou se virando para o lado oposto enquanto se cobria com edredom que quase caía por inteiro da cama.

— Era só o que me faltava... — resmungou sussurando e eu retirei meus sapatos, me aproximando para deitar com ela.

Algo que não aconteceu pois ela me chutou para fora da cama. Rejeitando a hipótese de ficar com ela naquela noite.

— Ficou maluca? — questionei elevando o olhar para ela.

— Me poupe, Philippe... Me poupe. Primeiro que você não liga para a situação que se deu ontem de tarde e agora acha que vindo na minha casa e deitando do meu lado na minha cama acha que vai resolver tudo? — perguntou olhando em meus olhos.

A  luz da lua que passava pelas cortinas, iluminou seu olhar dando me visão de sua esclerótica avermelhada insinuando seu choro excessivo.

— Por que está chorando? — questionei dando espaço a uma resposta óbvia enquanto me apoiava de meus braços me acostumando com a posição que ela me expôs com o chute.

— Não interessa. — falou de maneira rude virando o corpo novamente impossibilitando uma conversa cara à cara.

— É claro que interessa, Megan, eu sou seu namorado. — justifiquei me levantando.

— Agora é que você decide ser meu namorado, Philippe? Eu cansei de você! Enquanto ela ficava me provocando excessivamente tirando o meu pior eu de mim, você ficou conversando com ela sem se importar comigo. E só agora teve vontade de agir como namorado e vir aqui para demonstrar que se importa? — falou de forma alta enquanto se levantava da cama para me encarar.

— Megan, eu sempre fui seu namorado. Desde àquele momento no campo até agora. — insisti e ela riu sem humor. — Eu estava tentando aliviar a tensão naquele local.

— Conseguiu? Vou fazer o favor de dizer que não. Porque conseguir seria aliviar toda a tensão mas pelo que vejo você aliviou a tensão do lado dela. O que é? Fez massagem aonde eu a magoei? — ela falou me empurrando fazendo me dar dois passos para atrás.

Essa noite será longa.

— Claro que não, Megan, que ridículo! Eu apenas exigi que ela parasse de fazer aquilo porque eu já estava comprometido e... —

— E blá blá blá... — ela falou enquanto revirava os olhos. — Philippe, acorda! De idiota nesse quarto, só você porque eu caí na real que ela não vai desistir de você. Ela não desistiu com minha “voadora”, não irá desistir com seu discurso de terapeuta.

— Ao menos eu tentei... — falei e ela me olhou incrédula.

— E daí se você tentou? Quer que eu te presenteie por isso? Que eu te encha de beijos por essa ação? — perguntou sarcasticamente e eu apenas respirei fundo. — Pois bem, fique sabendo que não é isso que irei fazer e o que eu vou fazer realmente está muito longe de seus desejos.

— E o que você vai fazer? — perguntei receoso de ouvir às três palavras.

— Usei mal às palavras... Você vai fazer. — ela disse se corrigindo e eu apenas fiquei mais confuso. — Você vai sair daqui e voltar para sua casa lá na puta que pariu porque suas desculpinhas é a última coisa que quero ouvir. Se julga namorado mas ficou do lado dela quando eu mais precisei de você. — apontou para meu peito.

— Megan, eu... —

— Megan eu é o caralho! Minha rola cê não quer né? Eu já disse, volta para sua casa porque as suas desculpinhas são a última coisa que quero OUVIR! — concluíu se exaltando na última palavra e eu resolvi a obedecer antes que perdesse minha vida naquele local.

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