Rewrite Our Story

25 - Segundo casa;

Coutinho, Philippe.

Assim que encerrei a ligação com minha namorada que voltaria depois de amanhã, joguei o celular contra o banco do CT.

— Oi! — ouvi uma voz afeminada e imediatamente me virei para encarar a figura.

— Karen? — Ergui uma das sobracelhas transmitindo incredulidade.

— Eu mesma. — declarou com um sorriso tímido dominando seus lábios rosados.

— O que faz aqui? — fui direto vendo ela mostrar um “colar” que tinha um cartão na ponta.

Miller, Karen – 25, Fotógrafa — li a principal informação do cartão e imediatamente estranhei.

— Acho que serão frequentes os nossos encontros. — falou soando orgulhosa enquanto chacoalhava o cartão em suas mãos enaltecendo que trabalharia por lá como fotógrafa.

Era só o que me faltava, pensei.

— E por quanto tempo trabalhará aqui? — perguntei e ela deu de ombros, sentando-se ao meu lado.

— Tempo suficiente para tornar o clube de Barcelona na minha segunda casa. — ela disse encarando suas pernas cobertas por calças jeans num tom claro.

— Coutinho, você... — observei Messi se aproximar parecendo distraido em seu celular mas ao relancear seu olhar até Karen, interrompeu sua fala. — Que porra é essa? — ele questionou em espanhol.

— Eu só estava me apresentando. — declarou na mesma língua para Lionel que ergueu uma das sobrancelhas cruzando os braços.

— Você esteve aqui cerca de um mês atrás, estava se apresentando para quem e para quê? — perguntou rapidamente e eu apenas me encolhi em minha posição vendo a pequena briga que iniciaria.

Lionel sabia dos problemas que tive com Megan por conta de Karen e sabia que o objetivo da ruiva era ter algo a mais comigo e não no bom sentido.

— É que eu sou a nova fotógrafa do clube e como boa amiga vim avisar para Coutinho. — ela apontou com a cabeça para mim enquanto eu semicerrava os olhos.

— Vejo que ele já soube da notícia. — Lionel falou de forma educada antes de sinalizar de forma discreta para o lado esquerdo. — Eu gostaria de falar com ele; Pode retirar-se?

— Ah, claro. — falou por fim se levantando e caminhando para onde ele havia indicado.

— Cara, valeu por essa. — agradeci e ele sentou ao meu lado, tornando a olhar para seu celular.

— Como assim, valeu? Você não faria nada se eu não estivesse aqui? — perguntou de forma incrédula e eu pendi a cabeça para o lado pensando na possibilidade.

— Provalvelmente eu não faria. — confirmei e ele gargalhou, bloqueando o celular e alternando o olhar entre o campo e meu rosto.

— Eu salvei você dessa vez mas pelo visto, não conseguirei fazê-lo sempre. — declarou o jogador e eu assenti.

— Farei de tudo para afastá-la. Não quero foder com o meu relacionamento novamente. — confessei.

— Quanto tempo ela ficará por aqui?

— Ela disse que tempo o suficiente para tornar o clube em sua segunda casa. — rolei os olhos ao proferir a frase.

— Em segunda casa e em um inferno para você. — falou enquanto batia a palma de sua mão contra meu ombro. — Mas fique em alerta, talvez seja uma conclusão precipitada. — acrescentou o argentino.

Espero bem que seja uma conclusão precipitada.