Capítulo 3 - Noivo de Um Estranho [Revisado]

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Badezir: Bem, chegamos ao ponto que eu queria, você se lembra daquele banquete em honra ao imperador Alexandre dá Macedônia?

Chadin: Claro que lembro, ele não tirava os olhos da minha dama de companhia, que estava dançando comigo.

Badezir: É! ... mas não era exatamente ela que ele estava olhando... era pra você!

Chadin: O que?

Badezir: Isso mesmo que eu lhe falei, ele não tirava os olhos de você!

Chadin: Meu irmão você tem certeza do que esta falando?

Badezir: Claro que tenho Chadin, não foi só eu também que reparei, mas papai também, alias toda a corte de Siracusa reparou.

Chadin: Pare de graça, agora me explica por que eu não estou entendendo nada.

Badezir: Bem, voltando ao banquete, dois meses depois papai recebeu uma mensagem do próprio Alexandre, dizendo que tinha gostado muito da visita aqui e principalmente de você.

Chadin: O que? E você me fala isso como se fosse a coisa mais normal do mundo, anda fala tem mais alguma coisa? Anda fala logo!

Badezir: Ele pediu a sua mão Chadin, pediu para papai, e ofereceu uma aliança contra a Pérsia.

Foi ai que eu cai em mim.

Chadin: V-você ta brincando comigo não é Badezir, não é? Fala!!!

Badezir: Não e papai muito relutante aceitou, eu estou terminando as negociações.

Chadin: Quer dizer que tudo isso foi acertado sem que eu soubesse, ou fosse consultado, você tem noção, eu fui dado em casamento para um ESTRANHO.

Badezir: Chadin não levante a voz para mim, sou seu irmão mais velho e seu rei, você deve me respeitar, e respeitar a vontade de papai, querendo ou não, é seu dever cumprir com seu papel para o bem do seu povo, assim como eu cumpro com o meu, você nasceu com poder Chadin e o poder traz obrigações especificas.

Chadin: Eu sei bem das minhas obrigações, e não é casar com um estranho.

Badezir: Chadin, olha eu sei que não e fácil, mas você não é o primeiro, na cultura dele assim como a nossa uma união entre homens pode acontecer, assim como uma união com mulheres, e não se preocupe se ele vai querer se "deitar" com você, ele tem mulher não vai acontecer tão cedo, além disso você tem a mim qualquer coisa que acontecer mande me chamar que eu irei.

Chadin: Se essa é sua vontade meu irmão eu vou cumprir meu papel como príncipe, garantindo a felicidade e o bem estar do meu povo ao invés da minha, se assim lhe for conveniente majestade.

Badezir: Deixe o sarcasmo Chadin, agora temos que preparar tudo para sua partida, eu o levarei até lá, Nazira também ira assim como seus criados e guardas particulares.

Chadin: Meu irmão peço que reconsidere essa oferta, eu amo...

Badezir: Você ama outra pessoa?

Chadin: Conheci alguém enquanto estive fora, mas acabou.

Badezir: Entendo, se houvesse outra saída.

Chadin: Eu irei honrar o compromisso firmado.

Eu recebi essa noticia como o fim da minha vida, eu um príncipe, casando com um estranho, tinha receio, tinha medo, e me casar com um estranho não me agradava nada.

Os messes foram se passando, e não houve um só dia sem que eu chorasse ou lamentasse o meu destino.

Nazira, tentava me consolar dizendo que eu ia salvar todos aqueles que amo. Foi Nazira que montou meu enxoval a mando de meu irmão, com tecidos bordados a ouro e pedras preciosas, jóias, calçados, essências, tudo de mais valioso para mostrar o luxo e o poder da corte de Siracusa, a corte dos Calemir-Capur.

Meu dote foi estipulado pelo meu irmão e consistia em, doze baús de ouro e pedras preciosas, tapetes, tecidos, incenso, animais como: elefantes, tigres e pavões e as terras de Amun. Segundo meu irmão ele queria que eu ficasse, seguro, já que tudo que eu levar no dote é meu.

Uma semana depois de tudo pronto, eu embarquei junto como meu irmão e Nazira para cumprir o que me foi determinado.

O IMPERADOR E EUOnde histórias criam vida. Descubra agora