Capítulo 8 - A Noite de Núpcias [Revisado]

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Por fim, nos despedimos e eu fui para meus aposentos, onde fiquei lendo os papiros que Alexandre me deu, até adormecer.

Passando alguns meses, percebi que a cada dia admirava mais Alexandre e nos tornávamos mais amigos, ele passava horas comigo lendo, ou nos jardins e até cavalgando, mas ainda não me sentia à vontade com essa situação, por que querendo ou não, eu era o Augusto, esposo do imperador, ou imperador consorte, eu estava me acostumando a essa nova função, ia com Alexandre em competições no estádio, teatro, banquetes oferecidos pela elite local. Eu estava me saindo bem só teve uma vez que fiquei com receio, foi quando fui ver as competições no estádio de Alexandria, quando entrei logo atrás de Alexandre todos ficaram me olhando, de certo, de curiosidade, já que era meu primeiro evento publico mas mesmo assim me senti desconfortável, um estádio inteiro me olhando não era muito agradável. Alexandre percebeu e disse:

Alexandre: Algum problema Chadin?

Chadin: Bem, é que você já teve a impressão de todos estarem te olhando?

Alexandre: A culpa é sua!

Chadin: Minha! Porque?

Alexandre: Quem manda ser tão bonito.

Chadin: Muito obrigado, por me deixar mais sem graça do que eu já estou!

Alexandre: Não a de que, a propósito esse medalhão de turquesa ficou muito bem em você.

Eu só sorri morrendo de vergonha. Então ele disse:

Alexandre: Não precisa ficar envergonhado desse jeito, olha ta parecendo um pimentão. Ele ri.

Chadin: Muito engraçado.

Alexandre: Vai! Deixa de besteira, pegue minha mão, quem sabe não se sente melhor.

Foi o que eu fiz, e realmente só de pegar a mão dele eu me sentia protegido.

No meio de uma noite, eu despertei, e reparei que estava na cama com Alexandre, dormindo do meu lado e fiquei reparando nele, em seu rosto sereno, a respiração leve, aqueles cabelos cacheados, dourados como o sol. Estava começando a sentir algo por ele mas não sabia o que era, bem como não consegui dormir mais, decidi dar uma volta nos jardins do palácio, pego um manto de lã, pois lá fora estava um ar gelado, e saindo do quarto, um dos guardas da porta, perguntou:

Guarda: Majestade, onde o senhor vai?

Chadin: Só irei andar pelos jardins um pouco.

Guarda: Vossa Majestade, deseja uma escolta?

Chadin: Não obrigado! Não é necessário.

Chegando aos jardins, reparei o quanto era bonito com suas fontes, roseiras e várias outras flores, arvores de frutos, como laranja e maçã, a noite estava fria, mas havia um lindo luar, que me fez recordar de Siracusa, onde eu observava o luar do balcão do meu quarto, enquanto eu olhava a lua e sonhava, nem reparei que alguém se aproximava de mim, quando ouço uma voz que fala:

Voz: É um belo luar.

Eu me assustei, quase cai do banco, quando olhei pra trás era Alexandre.

Chadin: Que susto que você me deu.

Alexandre: Desculpe! Não queria assusta-lo, mas você não deveria estar aqui sozinho, ainda mas essa hora.

Chadin: Achei que não haveria problema, além do mais, eu só estava vendo a lua, mas e você porque veio atrás de mim?

Alexandre: Bem é que, acordei, e vi que você não estava e fiquei preocupado, então perguntei aos guardas se viram você saindo, então eles falaram onde você estava.

O IMPERADOR E EUOnde histórias criam vida. Descubra agora