Capítulo 15 - Briga e Enjoos [Revisado]

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Ele ficou um tempo ainda dentro de mim, sem dizer nada, apenas me abraçando e me beijando.

Depois desse dia no jardim, Alexandre triplicou os cuidados comigo, claro que não deixamos de transar, mas era com menos frequência que antes, embora não mostra-se sinais de gravidez, eu estava preocupado quanto a isso, fiquei pensando se o feitiço tinha funcionado e se essa modificação em meu corpo era permanente.

Comentei isso com Nazira, que me tranquilizou um pouco.

Nazira: Habibi, não se preocupe tanto, com ou sem filho ele vai continuar te amando.

Chadin: Eu sei, eu sei, mas será que ainda vai me desejar, se eu ficar assim para sempre, Nazira acho que não aguento ser rejeitado de novo.

Nazira: Eu achei que tinha esquecido essa história habibi, temos que deixar o passado onde ele está, se não ele volta para nos assombrar.

Chadin: Espero que não, e esquecer acho que não vou, superar já superei a muito, hoje em dia, tenho apenas boas lembranças e nada mais.

Nazira: A o tempo, pode ser um remédio, embora muitas vezes não cure, ele vai passando, devagar, sem pressa e quando vemos já nos acostumamos.

Chadin: Sim, como disse apenas é uma lembrança.

Nazira: Bom, vamos mudar de assunto, vou a Medina comprar algumas coisas, quer vir comigo?

Chadin: Acho que não, estou meio indisposto, vou ficar por aqui mesmo, se achar pode trazer lukum de pistache para mim?.

Nazira: Pistache? Você sempre odiou pisache!.

Chadin: Verdade, mas me deu uma vontade repentina.

Nazira: Bom! Está bem, melhor ainda, eu mesma faço para você.

Chadin: Você não existe Nazira.

Nazira: Humm, bom vou indo, quando mais cedo ir, mais cedo volto.

Assim que ela saiu, eu acabei caindo no sono, um pouco depois despertei, com Alexandre sentado me olhando, com nossa filha no colo.

Alexandre: Viemos ver como estava, Nazira me falou que estava meio indisposto.

Chadin: Que visita boa, vem no colo do papai.

Alexandre: Ela gosta tanto de você, assim como o pai dela.

Aquele sorriso acabava com qualquer mal estar.

Chadin: Acho que preciso de um remédio especial.

Alexandre: Qual remédio heim?.

Chadin: Muitos beijos.

Alexandre: Acho que tenho sua cura.

Chadin: Bobo. Rio.

E ficamos à tarde inteira assim, deitados, trocando carinhos e beijos.

Alexandre: Amor, se não estiver bem, não precisamos comparecer, no banquete de minha mãe.

Chadin: Magina estou ótimo, e além do mais, sua mãe nunca nos perdoaria de faltar no aniversário dela.

Alexandre: Bom é verdade, seriam anos de drama.

Chadin: Pois é, ela sabe ser dramática.

Alexandre: É verdade, amor, tenho que sair agora, tenho uma reunião com Éfeso e outro ministros.

Chadin: Mas já vai me deixar, sinto sua falta.

Alexandre: Mas nós vemos o dia inteiro!

Chadin: Você entendeu como estou sentindo falta.

Alexandre: Haha... isso, me desculpe, se ando muito atarefado esses dias, com tantos problemas para resolver não estou tendo cabeça para isso.

Chadin: É isso, não tem cabeça e tempo para mim, me desculpe se atrapalho pedindo um pouco de atenção.

Alexandre: Habibi não é isso que eu disse, apenas falei que estou atarefado com minhas obrigações de estado.

Chadin : Mas é o que pareceu, bom, não quero atrapalhar suas obrigações, com licença Majestade.

Falei isso pegando a bebê no colo e saindo do quarto.

Alexandre: Habibi, não faz assim, volta aqui amor.

Nem dei ouvidos, na escadaria encontrei Éfeso.

Éfeso: Boa tarde, Majestade.

Chadin: Boa tarde Éfeso, seu Imperador o aguarda.

Nem deu tempo dele responder, vi Alexandre vindo atrás de mim e desci a escada.

Éfeso: O que deu nele Alexandre?.

Alexandre: Genioso meu amigo, genioso, mas um problema para eu resolver, e é um dos grandes, tivemos uma discussão boba e ele sai assim irritado, não entendi nada.

Éfeso: É! Ser casado não é fácil meu amigo, nos dois sabemos disso, agora vamos, que os ministros já estão no salão do trono.

Alexandre: É, não é fácil mesmo, depois vejo isso.

Depois dessa briga com meu marido, fui para a cozinha ver se o mingau para a bebê estava pronto.

O pessoal do cozinha, já se acostumou com a minha presença, pois não era comum, não em Alexandria, que alguém da minha posição, frequentar a cozinha, mas gostava de cozinhar, e fiscalizar tudo o que era servido.

Gopal que era o chefe da cozinha veio ao meu encontro.

Gopal: Majestade, algo que possa fazer por sua graça.

Chadin: Tem sim, duas coisas, a primeira parar de me chamar de majestade, afinal você me conhece desde que nasci, e veio para cá comigo, e é um dos meus amigos mais queridos, a segunda é me arranjar uma pouco de mingau de aveia, para essa comilona.

Gopal: Fico lisonjeado alteza, que me estime tanto, e quanto ao mingau já está pronto, já ia mandar.

Chadin: Que bom, porque estamos famintos.

Gopal: Vou mandar servir, o senhor se importa de comer na cozinha?.

Chadin: Claro que não, você me conhece, sabe que não ligo para isso.

Gopal: Ótimo, hoje por conhecidência, fiz uma de suas receitas favoritas, carne assada com especiarias e bolo de mel.

Chadin: Ha, vim na hora certa.

Comi aquela carne com gosto, acompanhada de queijo e pão, Nazira entrou na cozinha falou.

Nazira: Nossa, como estamos com fome hoje.

Chadin: É que você não provou isso aqui, está ótimo.

Nazira: Estou vendo, comeu quase a metade do assado e dos pães de mel.

Chadin: Esses dias, estou com uma fome que nunca senti antes.

Nazira: Hum, isso é interessante, prove um pouco deste cordeiro mal passado, você sempre gostou.

Quando senti o gosto de sangue, daquele cordeiro em minha boca, corri para fora da cozinha para vomitar, nunca senti nojo antes.

Nazira: Habibi, você está bem?.

Chadin: Acho que comi demais, só isso.

Nazira: Sei, sei, a quanto tempo vem sentindo esses enjôos?.

Chadin: Desde agora na verdade, mas não deve ser nada, bom vou descansar um pouco, para mais tarde... Nazira cuida dela para mim?.

Nazira: Claro habib, vou terminar de dar o mingau e ja levo ela para a cuidadora.

Chadin: Sim, sim, ótimo.

O IMPERADOR E EUOnde histórias criam vida. Descubra agora