Capítulo 13 - O livro do deus Balnac [Revisado]

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Europa: Agora, como eu estava dizendo, tem um outro jeito, e você e eu sabemos disso! Não é mesmo Chadin?.

Alexandre: Que jeito? O que você sabe?.

Chadin: Eu não sei do que a senhora esta falando?.

Europa: Ha... sabe! Sabe mais do que qualquer um, por ser quem é.

Chadin: É só uma lenda!.

Alexandre: Sobre o que vocês estão falando?.

Chadin: Nada querido, eu acho que sua mãe, bebeu um pouco de mais.

Eu sabia muito bem do que ela estava falando, cheguei a pensar nessa hipótese, mas não podia.

Europa: Vamos ao ponto, Siracusa é muito rica em tradições e lendas já esquecidas, uma dessas lendas, se refere ao livro de Balnac, dado pelo Deus Balnac ao primeiro rei de Siracusa, que era seu filho, nesse livro a um encanto muito interessante que acho que resolveria seus problemas meu filho.

Alexandre: Chadin é verdade?.

Eu não sabia o que responder, é claro que é verdade, mas nunca pensei em usar isso, agora tinha que explicar tudo.

Chadin: Sim é verdade, mas eu acho que aqui não é o lugar apropriado para termos essa conversa.

Alexandre: Está bem, vem comigo.

Ele praticamente me arrastou até o quarto, e trancou a porta.

Alexandre: Me explica tudo.

Chadin: Como eu disse, é verdade, tudo que sua mãe falou, a um encanto no livro, que permite a qualquer um a ter um filho, seja esse homem ou mulher.

Alexandre: É por que não me falou isso?.

Chadin: Porque eu achei, que você nunca ia acreditar em uma história dessas.

Alexandre: É bem irreal na verdade, ou é por que você não quer ter um filho comigo?.

Chadin: Eu nunca disse isso, é você que esta falando!.

Alexandre: Então é verdade?.

Chadin: Claro que não Alexandre, é uma das coisas que mais desejo na vida, só não é tão fácil como imagina.

Alexandre: Por que? Se nos amamos, e nada me deixaria mais feliz, do que ter essa criança com você.

Fiquei meio emocionado de ouvir aquilo, e se era para fazer o homem que eu amava feliz e conseguir manter a dinastia, eu faria.

Os dias foram passando e Alexandre, não parava de falar nisso, eu gostava de ve-lo empolgado desse jeito.

Lembrei das palavras de meu pai quando que deu o livro

Chadin, você me lembra tanto a sua mãe, não só na aparência, mas o coração, sempre disposto a ajudar as pessoas sem pensar duas vezes, sempre encantando a todos, mas quero te dar uma coisa, tome abra essa caixa, é um dos livros de Balnac, ela gostaria que ficasse com você, sei que vai usá-lo bem, assim como ela fazia.

Alguns dias depois....

Eu estava decidido a ter essa criança, eu queria muito, mas e se nascesse uma menina? Era o que me preocuvava mais, mas mesmo assim eu ia fazer o feitiço.

Mais tarde, naquele dia, fui buscar o livro, que estava sob a proteção de minha guarda particular, que me acompanhou de Siracusa até aqui, na época que cheguei não conhecia ninguém, e não sabia se poderia confiar em qualquer um, então preferi que o livro fosse vigiado por meus guardas, no meu cofre (Alexandre disponibilizou para meu uso, depois que eu pedi um local seguro, com a desculpa de guardar minhas joias, e outras coisas de valor, algumas de valor sentimental mesmo, como o busto de meus pais e recordações da infância), para chegar ao cofre, era preciso atravessar três grandes portas, duas de madeira e uma de ferro, cada uma precisava de quatro homens para serem abertas ou fechadas, o que era de grande ajuda, caso alguém tenta-se entra no cofre. O livro estava numa caixa, muito simples de madeira, que não chamava muito a atenção, em um canto da sala.

O peguei e levei para os meus aposentos, assim que abrir o livro, me deparei com o feitiço, que então comecei a ler, quando acabei senti uma dor tão forte no baixo ventre, que cai no chão e desmaiei, a unica coisa que me lembro, antes de desmaiar, era de um forte clarão saindo do meu corpo.

Não sei quanto tempo eu fiquei ali, desacordado no chão, mas assim que consegui acordar me senti estranho, então fui ver a região que tinha sentido aquela dor, para a minha surpresa, bem atrás do meu pênis havia surgido uma vagina, eu fiquei surpreso e assustado ao mesmo tempo, não deu muito tempo para eu poder pensar nessa situação, Nazira adentra o quarto seguida de minhas criadas, dizendo que eu estava atrasado para a audiência semanal com o povo, onde Alexandre recebia a todos sem distinção.

Nazira: Vamos Habibi, você esta atrasado a audiência já começou a algum tempo.

Chadin: A audiência, eu tinha até esquecido, se você não tivesse vindo aqui, eu nem iria me lembrar.

Nazira: Muito bem então, vamos trocar essa roupa?.

Chadin: Tudo bem então, acho que uma tunica branca está bom m, né?.

Nazira: Está sim, vai querer alguma jóia?.

Chadin: Só o bracelete e o medalhão de turquesas.

Nazira: Só? Até estranhei, você adora jóias.

Chadin: A lalá Nazira, hoje, eu não to nem com vontade de sair desse quarto.

Nazira: Habibi, eu te conheço, ha alguma coisa errada acontecendo? Se tiver, me conte sabe que pode confiar em mim.

Chadin: Eu sei que posso, mas não da para falar agora, depois te conto tudo.

Nazira: Está bem, agora vamos, deixa eu te ajudar a se arrumar, por que senão, ficara mais atrasado ainda, é capaz do seu marido parar a audiência só para vim te buscar.

Chadin: Eu não duvido disso.

Nazira: Pronto, agora vamos.

Chegando na sala do trono, eu tentei entrar discretamente, pela porta lateral e fui para o lugar perto de Europa, que estava vazio. Quando me viu disse.

Europa: Até que enfim querido, aconteceu alguma coisa? Alexandre estava quase indo atrás de você.

Chadin: Não, é que eu estava lendo um livro, bem interesante por sinal.

Europa: Ha, eu adoro ler o trabalho de grandes filósofos, com Aristótiles ou Platão.

Alexandre quando me viu sorriu e fez um sinal para eu sentar no trono ao seu lado, eu fiz que não, já que tinha chegado atrasado e não queria interromper nada.

Europa: Vai lá querido, você deve se sentar do lado de meu filho.

Chadin: Não eu cheguei atrasado, se eu fosse até lá, iria interromper a sessão.

Europa: A varias vantagens de ser casado com o imperador, uma delas é poder interromper a audiência que quiser.

Chadin: Mesmo assim, acho melhor eu ficar aqui.

Europa: Tudo bem, agora só avise ao meu filho, que está vindo até aqui.

Quando olhei, Alexandre estava vindo em minha direção, fiquei estático.

Alexandre: Vossa majestade, me daria a honra de se sentar ao meu lado, que é o seu lugar?.

Eu nem respondi apenas lavantei e peguei sua mão estendida, e fui com ele, e me sentei ao seu lado.

Assim que sentei, sussurrei no seu ouvido.

Chadin: Você é louco, é? Interromper a sessão só para me buscar?!.

Alexandre: Eu interrompo qualquer coisa, para te buscar, aonde quer que esteja.

Se não estivéssemos em público eu tinha o agarrado e o beijado ali mesmo, mas apenas sorri para ele, que retomou os trabalhos.

O IMPERADOR E EUOnde histórias criam vida. Descubra agora