Capítulo 10 - A Briga [Revisado]

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Eu não sei se ela falou aquilo de propósito, mas aquilo me incomodou muito, me fez lembra que não importava o quando eu o amava Alexandre, eu nunca poderia dar a ele, um filho nosso.

Depois do comentário de minha sogra, eu não fiquei muito bem, mas resolvi deixar pra lá. Alexandre percebeu que eu estava meio esquisito, ele sempre adivinha quando não estou bem, e perguntou:

Alexandre: Algo errado habibi?.

Chadin: Não, não querido, só estava pensando, mais nada.

Alexandre: Sobre o que, pra te deixar assim?.

Chadin: Assim com?

Alexandre: Com a expressão de tristeza.

Chadin: Impressão sua.

Alexandre: Tudo bem! Mas que tem alguma coisa que você não quer falar, tem!

Então, ele fez começar a corrida, os corredores primeiro, pediram uma espécie de benção do imperador, um dos corredores, um homem alto, moreno, meio bronzeado, parecia árabe, me atirou uma rosa vermelha e piscou pra mim, não sei por que eu fui dar um sorrisinho de agradecimento, isso fez Alexandre mudar sua expressão, de cordialidade, para raiva, eu vi os olhos dele vermelhos, os pulsos fechados o peito estufado, parecia que estava bufando.

Depois disso ele pegou minha mão, e ficamos de mãos dadas a corrida inteira, ele segurava com tanta força que chegava a machucar.

Nazira que estava do meu lado, disse:

Nazira: Chadin querido, não gostei nada da expressão do rosto de Alexandre.

Chadin: Eu também não Nazira, eu também não.

Nazira: Mas não deve ser nada de mais, e eu reparei que você não comeu nada desde de manhã, aceita algumas uvas ou outra coisa?.

Chadin: Não obrigado! Estou sem fome.

Nazira: Não pode ficar sem comer.

Chadin: Não vai acontecer nada, alem do mais eu comi uma maçã quase agora.

Nazira: Esta bem.

O restante da corrida ocorreu normalmente, o rapaz da flor, foi o vencedor, e Alexandre não mudou a sua expressão.

Chegando ao palácio, nos dirigimos ao nosso quarto, onde não aguentando mais o seu silêncio, disse:

Chadin: Algo o incomoda?.

Alexandre: Sim, tem algo me incomodando.

Chadin: Pois fale então!.

Alexandre: Por que você aceitou aquela flor?, heim, por que? E e pelo que vi gostou, pois até sorriu.

Chadin: Então você está assim, só porque eu aceitei cordialmente uma flor de um corredor? É isso?

Alexandre: Exatamente isso, não deveria ter aceitado.

Chadin: Mas... não vejo mal algum nisso, era só uma flor.

Alexandre: Não foi só a flor, foi o jeito que ele te olhou, e ainda por cima você simplesmente sorri.

Eu não sei por que ele foi falar aquilo, mas foi me subindo uma raiva, um ódio das palavras dele, nesse momento não aguentei, comecei a falar aos berros.

Chadin: EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ TEVE CORREGEM DE FALAR ISSO, DUVIDAR DO QUE EU SINTO POR VOCÊ, ACHA QUE EU IA ME ATIRAR PRO PRIMEIRO QUE PASSASSE, É? EU NÃO SOU ESSAS MESALINAS DE RUA NÃO, COMO PODE DUVIDAR DO MEU AMOR?

Alexandre: Não é isso amor, eu não quis dizer que...

O interrompi, falando não, gritando.

Chadin: JA CHEGA! NÃO QUERO MAIS OUVIR NADA!.

Depois disso, sai correndo meio sem rumo, nem percebi que ele vinha atrás de mim, corri pelos corredores, até chegar no portão que dava acesso a cidade, e já que estava aberto, continuei correndo para alem dele, em determinado momento, eu vi tudo escurecer e minhas pernas faltarem, só lembro da multidão em minha volta e um voz grossa gritando meu nome.

Quando acordei estava em meu quarto com um monte de pessoas em volta de mim, e ele de joelhos no chão com a cabeça baixa segundo minha mão.

Chadin: O que aconteceu? Por que ta todo mundo no meu quarto?.

Quando Alexandre levantou a cabeça, pediu pra que todos saírem, e assim que sairão, ele veio até mim e me abraçou fortemente (bem forte mesmo, pra falar a verdade). E disse quase chorando.

Alexandre: Nunca mais faça isso! Sair correndo daquele jeito, e se acontecesse alguma coisa? Eu não iria suportar te perder! Me perdoa! Eu sou um burro, um tolo ignorante, me perdoa?.

É claro que me derreti todo, vendo aquele homem, daquele tamanho, chorando e pedindo perdão da minha frente.

Chadin: Perdôo sim, meu amor, mas por favor nunca mais duvide do meu amor por você, você foi o primeiro e será o ultimo homem da minha vida.

Então ele me beijou, um beijo calmo, com amor, sem presa. Não sei quanto tempo ficamos assim, até que fomos interrompidos pelo médico.

Médico: Com licença majestades, desculpe interromper, mas tenho que fazer minhas prescrições, o que ele teve foi um mau súbito, que provavelmente, foi causado pelo longo período que ficou sem se alimentar, e pela conversa acalorada que tiveram... com todo o respeito majestades.

O médico apenas falou que era para eu descansar, me alimentar bem, evitar de me aborrecer e partiu.

Nazira mandou as criadas trazerem o jantar para mim e Alexandre, que pelo jeito que comeu parecia estar morto de fome, depois deitou do meu lado e disse:

Alexandre: Então esta se sentindo melhor?

Chadin: Estou sim, foi só um mau estar, como o médico disse.

Alexandre: Que bom meu amor, eu só quero que você saiba, que não fiquei com raiva de você, e sim, daquele abusado.

Chadin: Ha! Então tem ciúmes de mim, é?

Alexandre: Claro que tenho, tenho que cuidar do que é meu, se não já viu.

Chadin: Você poderia cuidar de outro jeito.

Alexandre: Que jeito?

Chadin: Deixa que eu te mostre.

Falando isso, fui pra cima dele e comecei a beijá-lo, então ele disse.

Alexandre: Acho que já entendi o jeito, safadinho.

Chadin: Safadinho não! Me respeita, que sou um homem casado.

Alexandre: Casado é, e cadê seu marido?

Chadin: Ha! Não sei!... deve estar conquistando um reino por ai, mas enquanto ele não chega, você não quer conquistar outra coisa?. Rio.

Em meio ao um lindo sorriso, ele diz:

Alexandre: Bobo, bem já que é assim.

O IMPERADOR E EUOnde histórias criam vida. Descubra agora