O IMPERADOR E EU

Capítulo 23 - Fazendo as Pazes [Revisado]

Galahad com os olhos marejados, me abraçou e beijo minha testa.

No pé do meu ouvido ele disse

Galahad: Eu te amo.

Chadin: Eu sempre vou amar você! Não sei se é certo amar duas pessoas, com a intensidade que amo você e Alexandre, mas eu amo os dois, e por te amar Galahad eu te deixo livre, para que possa encontrar o amor novamente.

Galahad: Obrigado, meu querido.

Chadin: Agora, evite de cantar aquela música perto de Alexandre.

Galahad: Ele se incomodou tanto assim?.

Chadin: Você nem faz ideia.

Galahad: Está bem, mas é porque você me pede, tome fique com isso, afinal ele foi feito para você.

Ele me deu um colar de contas, de pedra da lua, em que se prendia o broche e virava um pingente.

Chadin: Obrigado querido, mas não posso aceitar.

Galahad: Pode sim, ele foi feito para você, e só você pode usar.

Chadin: Quero que fique com isso também, para que mesmo longe, tenha uma parte de mim.

Dei um anel de prata, que tinha desde pequeno. Beijando minha mão disse.

Galahad: Vou guardar junto ao peito, perto do coração.

Chadin: Você já reparou, que o destino nos prega peças demais, as vezes me sinto um brinquedo em sua roda.

Galahad: Os Árabes, tem uma palavra para isso, é mak, mak.

Chadin: Maktub.

Galahad: Já estava escrito, gostaria de saber o restante das inscrições.

Chadin: Isso só o tempo dirá, agora vamos voltar para o palácio.

Galahad: Greensleeves, eu não vou voltar, daqui vou para Siracusa, esperar minha mãe por lá, para voltarmos para Bretanha.

Chadin: Eu entendo, não deve estar sendo fácil para você, assim como não está sendo para mim.

Galahad: Por isso é melhor que eu me vá, até logo Greensleeves, que a deusa te abençoe e te guarde.

Chadin: Até logo querido, que ela cubra sua vida de felicidades.

Com relutância, Galahad se foi, Viviane ainda ficaria até o fim de minha gravidez, e Badezir também, Alexandre não falou nada até a metade do caminho.

Alexandre: Então sobre o que vocês conversaram?.

Chadin: Apenas nós acertamos, só isso, e nada mais.

Alexandre: Só isso.

Chadin: Na verdade não, combinamos de fugir juntos, quando você menos esperar. Rio.

Alexandre: Haha, muito engraçado!.

Chadin: Ei, foi só foi uma brincadeira, você acha que realmente teria coragem de te deixar?.

Alexandre: Claro que não, sou irresistível. Ele ri.

Chadin: Cuidado, lembre-se o que aconteceu com Narciso.

Alexandre: É, não foi muito agradável, mas me responda você teria coragem de me deixar?.

Chadin: Claro que não, você me faz sentir amado a cada momento, e apesar dos ataques de ciúmes, eu sei que me ama, e eu amo você, e é isso que realmente importa.

Alexandre: Tenho ciúmes sim, não foi fácil conquistar esse coração, mas prometo que vou tentar me controlar melhor, flor de lótus.

Chadin: Na realidade, foi até que fácil sim.

Alexandre: Como assim?.

Chadin: No começo, devo admitir que um casamento arranjado, com um total estranho, não era meu ideial de romantismo, mas assim que te vi, senti algo especial.

Alexandre: Quando te olhei a primeira vez, na corte do seu pai, descendo aquelas escadas, eu me apaixonei, como alguém, poderia ser tão divino e ao mesmo tempo, tão humano, e como eu já disse, você me faz sentir mais homem do que jamais me senti, me faz sentir mais feliz, do que jamais fui.

Naquele momento palavras não eram necessárias, só nos beijamos calma e longamente, com a luz da deusa nós abençoando.

Chegando no palácio, todos nós esperavam.

Nazira: Habibi, que ideia foi essa de fugir?.

Chadin: Foi a força do momento, lala Nazira.

Nazira: Eu entendo querido, entendo.

Europa: Realmente Chadin, por mais bronco, que meu filho foi com você, foi arriscado.

Alexandre: Mãe!

Europa: Pode ser o Imperador Alexandre, mas ainda sou sua mãe, depois conversamos sobre isso.

Chadin: Gente, o importante é que estou aqui, e Viviane onde está?.

Nazira: Foi a medina, comprar algumas coisas.

Chadin: Sozinha?.

Nazira: Não, não, mandei um acompanhante para ela, e uma escolta também.

Chadin: Ótimo, ela não conhece a medina, e é bom ir acompanhada.

Alexandre: Cofur, leve os pertences dele, para nossos aposentos.

Chadin : Não Cofur, leve para o meu antigo aposento.

Alexandre: Como é?.

Nazira: Bom, acho que deichei um doce cozinhando, vou na cozinha ver.

Europa: Vou com você, querida.

Chadin: É isso mesmo, estou de greve de digamos "minhas funções, de esposo".

Alexandre: Mas por que isso agora?.

Chadin: Castigo, por duvidar de mim, Cofur vamos.

Alexandre: Mas, mas, urhhhh...

Éfeso: Calma meu amigo.

Alexandre: Ele me deixa louco, Éfeso.

Éfeso: É, ele é bem genioso mesmo, mas confesse que você gosta.

Alexandre: Sim é verdade, agora tomara que essa greve não dure muito, se não vou ter que recorrer a uma velha amante.

Éfeso: Quem?.

Alexandre: Minha mão. Rio.

Éfeso: Hahahahaha, verdade meu amigo, achei que depois de casado, não teria que fazer mais isso, mais é mais frequente do que esperava.

Alexandre: Hahahahaha, mas é normal da nossa natureza, algum problema enquanto estive fora?.

Éfeso: Não, tudo em ordem.

Alexandre: Ótimo, agora meu amigo, vou acalmar a tempestade.

Éfeso: Ou tentar.

Alexandre: O que é mais provável.