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          Kylie abraçava alegremente seus pais, recém chegados de viagem. O pai parecia morrer de saudades da garota, a mãe não demonstrava nenhum tipo de emoção. Mesmo assim, Kylie era incrivelmente forte por não se sentir aborrecida. Ajudou os dois a esvaziarem as malas, logo voltando para seu quarto. 
             Sentou em sua cadeira estofada, apoiando-se na mesinha de estudos. Juntou alguns materiais de arte e parou para observar os mini recortes de papel caindo, simulando neve, no globo de vidro ganhado de seu pai. A viagem para a Islândia, segundo eles, tinha sido maravilhosa, o que só aumentou a vontade da garota de visitar o país. 
             Começou a desenhar. Os leves esboços traçados sobre o papel, ilustravam a anatomia de um rosto humano. Especificamente o seu humano preferido, seu amor. A garota nunca se imaginou dizendo “Eu te amo” para alguém que se relacionava a menos de três meses. Em sua cabeça Chan fora seu primeiro amor, antes mesmo dela saber o que a palavra significava.
             Traçou seu nariz gordinho, os olhos levemente caídos e os lábios com formato único; sem esquecer aquilo que deixava o garoto esteticamente diferente, sua sobrancelha chaveada. Finalizou seu pescoço com belos detalhes, e sorriu, sorriu para uma folha de papel, ou melhor para o dono da face estampada nela.
                Kylie enviava mensagens para sua melhor amiga, de dois em dois minutos, perguntando a situação dela e de sua amada. A preocupação era imensa mas, felizmente Camila já respirava sem a ajuda de  aparelhos. Decidiu não visitá-la hoje, preferiu deixar seus familiares e namorada mais á vontade. Lisa estava feliz por ter sua adorada ali com ela, mesmo que quisesse saber o exato motivo de sua crise, iria esperar o tempo da outra.
                Na casa de Bang, o moreno lutava contra um garotinho de cinco anos. Claro que de brincadeira. Um dos momentos mais agradáveis para Chris, talvez não para Luccas, pois seu irmão era bem mais forte. Vanessa, mãe dos meninos, observava a cena enquanto preparava alguns sanduíches. Sorria levemente por ver seu filho crescido, tão educado e belo.
                 Depois de observar o desenho por mais alguns minutos, Kylie o pendurou em seu quadro magnético. Talvez para sempre lembrar do garoto, mesmo que, nem se fizesse esforço, deixaria de pensar nele por mais de alguns minutos. Tomou um banho e permitiu toda água de positividade banhar seu corpo definido. Vestiu-se com uma roupa simples e logo foi bater na porta de seu moreno.
              O rapaz atendeu com o irmãozinho no colo. Sorriu para a garota, assim como a criança em seus braços. Talvez naquela hora, a castanha se apaixonou dez vezes mais. O garoto convidou-a para se sentar, enquanto ele colocava seu uniforme de basquete. Esse seria o seu primeiro jogo de volta ao BOSS.
               Quando Vanessa viu a menina esperando na sala, sentou-se ao seu lado para poder tagarelar. Pôs o filho menor sob o colo e sorriu para a garota ao lado.
“Como vai, Sra. Bang?” A mais nova perguntou, com a feição mais alegre possível.
“Vou bem. Muito feliz por ter você na vida do meu filho.” Diminuiu o tom para que apenas as duas pudessem escutar, continuando seu agradecimento “Ele está iluminado. Me falou muito sobre você. Posso afirmar com certeza que ele nunca disse coisas assim sobre ninguém. Os olhos dele brilham, o sorriso aumenta. Espero que vocês continuem sempre abrilhantado a vida um do outro. Muito obrigada.” O sorriso de Kylie era de orelha a orelha. Agradeceu à sua (talvez) sogra, quando seu amor reapareceu.
              O garoto já imaginava que sua mãe iria falar alguma coisa para sua amada, só não sabia o que. Decidiu deixá-las conversando e agradeceu mentalmente sua progenitora, por ver o sorriso no rosto de Kylie. Segurou firme a mão da garota e levou ela para o carro emprestado. Ele sabia que a nadadora não se importava com essas coisas, mesmo assim não custava pechinchar sua mãe pela permissão do automóvel.
             Antes de dar partida, encheu o rosto da garota de beijos. Esses que eram interrompidos por sorrisos vindos dos dois lados.
            Chegando no ginásio, selou pela última vez os lábios da sua menina e entrou em quadra para o aquecimento.
             Os pulmões de Chan mal conseguiam administrar o ar, a partida tinha sido difícil e bem disputada. Talvez o incrível desempenho do rapaz tenha sido por culpa da sua torcida. Kylie gritava, auxiliava e se sentia angustiada em pensar na possível derrota. O que não aconteceu, já que o de cabelos cacheados e seu time fizeram um ótimo trabalho.
             Depois de ir para o vestiário e tomar um “quase banho” – afinal, ninguém seria louco de deixar uma mulher como a sua, esperando por muito tempo - se vestiu e foi para a arquibancada. A garota se levantou para abraçá-lo e parabenizá-lo. De algum modo, se sentia aliviada ao ver as pessoas próximas a ela se reconstruindo após o furacão – inclusive a mesma. 
“Tens algum plano de onde iremos agora? Estive pensando e tenho um lindo lugar para te mostrar.” Kylie sorriu para o menino.
“Me leve para onde quiser.” Disse Chan sorridente, buscando rodear a cintura da beldade em sua frente.
                 A de cabelos castanhos guiou Chris até um local muito especial para ela. O rio que ela encontrou quando fora andar de bicicleta, alguns dias antes.
                O céu estava num tom amarelado, pronto para se tornar laranja. As árvores verdes balançavam e realçavam a beleza das águas a frente. O cacheado estava abismado por aquele encanto natural, talvez hipnotizado. Só acordou do transe quando a sua companhia chamou por seu nome.
“Ei, Chan.” Ela sorriu indecifrável e o garoto olhou-a. Sem mais delongas, retirou suas peças de roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã. Olhou para trás onde o garoto estava,  observando-a estático. “Não vai vir?” Correu divertida em direção ao rindo, abundando-se na imensidão de gotas.
             Chan se sentiu desafiado, mas também, com um convite como aquele, é difícil recusar. Retirou sua camiseta e bermuda, oferecendo a garota, a visão de seu corpo em uma boxer preta. Ela sorriu quando viu ele correndo em sua direção, mergulhando e nadando até ela.
                Depois de alguns minutos brincando, os dois se encontravam abraçados em meio ao rio. A garota traçou um caminho imaginário de beijos, desde a clavícula de Chris, até seus lábios macios. A mão serpenteava os cabelos cacheados do outro, enquanto as do rapaz desciam perigosamente para o quadril de Kylie.
              O final daquela tarde tinha um clima ameno, mas os corpos dos ali presentes estavam quentes. Principalmente depois que o rapaz tocou o traseiro da garota, apertando de leve. Ele não esperava ouvir o som do prazer, vindo da garganta da outra. A situação deixou os dois mais necessitados do que já estavam, quando Kylie mordiscou o ombro do moreno, enquanto descia sua mão pelo seu abdômen levemente definido, parando-a entre seu umbigo e cueca.
               Os dedos de Chan tateavam toda a lateral do corpo da outra. Desde as coxas, passando levemente o indicador por de baixo da renda em sua calcinha, até as costelas. Sua mão livre invadiu o espaço entre o sutiã e o seio esquerdo da garota, o jogador de basquete arfou. Em nenhum momento os lábios dos dois foram separados, no máximo leves afastadas para recuperar o ar.
           Os dois estavam muito satisfeitos e desejavam continuar, porém o fôlego e a razão – afinal, não tinham preservativos ali – pararam-lhes. Chris abraçou Kylie, dessa vez sem malícia, colocando o seu queixo sobre o ombro da mulher. Por estarem na água, a diferença de altura se anulava, então o rosto da garota se posicionou na curvatura do pescoço do rapaz. Quando a respiração fora normalizada, sorrisos preenchiam as duas faces. O homem segurou o rosto da garota como se ele fosse quebrável, juntou seus narizes e o sentimento de felicidade preenchia os dois.
              Saíram da água juntos, a garota um pouco acanhada pela lingerie branca que vestia, agora transparente. O garoto riu levemente e foi abraçá-la, era muito difícil vê-la sem jeito.
“Você está com vergonha?” Ele sorriu e ela assentiu em seus braços. “Não precisa disso. Teu corpo é lindo, assim como a tua alma. Fico feliz em poder conhecer os dois.” Ele diz e a garota se afasta rindo.
“Deve ser lindo mesmo, vejo a sinceridade pelo volume na tua boxer.” A garota gargalhou alto vestindo sua roupa, Chan colocou sua bermuda imediatamente. Um pouco constrangido pois, a garota estava certa.


          
           

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