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Ta aqui mais um cap pra oces, se divirtam. Ou não né.

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Fazia uma semana depois do acontecimento no bar, e as coisas estavam um pouco estranhas entre eu e meu pai. Ele não falava muito e eu não sabia se começava a perguntar ou permanecia calada. De qualquer forma, eu fiquei calada.
Não saímos mais para nenhum lugar, bom, pelo menos era o que eu achava já que saia todo dia de manhã para a faculdade, então nesse meio tempo não sabia o que acontecia.
Com tudo isso acontecendo me faz querer cada vez mais minha mãe aqui, sinto falta dela, seria tão mais fácil com ela aqui que chega a ser difícil de imaginar, a saudade consome com cada um de nós de maneiras diferentes, mas todas elas doem.

Alguns minutos depois de ter terminado meu dever de casa fui até a cozinha pegar uma xícara do chá que meu pai havia feito, ainda estava quente então precisei apenas adoça-lo, assim que o fiz caminhei direto até a sala, mas infelizmente antes que eu pudesse me sentar a campainha tocou. Segui até a porta, destrancando-a.

- Uh, quem é você? - questionei o rapaz de cabelos negros a minha frente enquanto colocava a chave no pendurador ao lado da porta.

- Não importa quem eu sou. O que importa é que eu sei quem você é, Katherine. Mesmo que isso não venha ao caso agora. - entrou em minha casa sem ao menos minha permissão, eu o olhei torto, me virando.

- Voc- - tentei dizer.

- Escuta, não estou nenhum pouco a fim de ouvir o que tem pra dizer, chame seu pai e diga que eu quero meu dinheiro, agora. - Minhas sobrancelhas se enrugaram no mesmo instante enquanto o encarava.

- Não sei de que dinheiro está falando,não tem como você por favor cair fora da minha casa?

Um sorriso macabro apareceu em seus lábios depois de me ouvir, ele se aproximou e tocou meu queixo com a ponta dos dedos. Me afastei o mais rápido possível.

- Então quer dizer que a princesinha do papai não sabe o que ele anda aprontando... Que feio ein Frank. - disse a última frase mais alta.

- O que? Espera, você... Ta falando das drogas?

Um barulho me chamou a atenção. Era meu pai vindo do corredor com olheiras e o olhar assustado.

- Filha vai pro-

- Ela não vai a lugar algum, quero meu dinheiro Frank. Estou cansado de te ajudar e você não me pagar.

- Eu não vou pagar merda nenhuma você me devia isso também, não se lembra? - troquei o olhar entre eles, atordoada demais para dizer mais alguma coisa.

O homem tirou de sua cintura uma arma prata e mirou em direção a meu pai, me fazendo soltar a xícara sob o chão e pular de susto.

- NÃO! -Gritei,tentando me aproximar. -- Pai o que...nós temos dinheiro,no banco se lembra que a mamãe-

Ele negou com a cabeça,deixando lágrimas escorrem pelo rosto.Agora eu havia entendido,papai tinha gastado tudo em bebidas e drogas.

- Oh por favor,eu não estou a fim de ver essa ceninha,quero a porra do meu dinheiro.

Respirei fundo.

- Não tem,nenhuma outra maneira de te pagar?Não sei...

O Rapaz me olhou de cima a baixo, mordendo seus lábios rosados em seguida.

- Talvez...uma garota bonita poderia sair comigo.

- Filha não-

- Que dia? - Perguntei.

- Amanhã a noite,e não quero que ninguém saiba disso,ou seu paizinho vai pagar o pato.

- Tudo bem.

Assenti nervosa,respirando bem fundo enquanto observava o tal sair de casa.Empurrei a porta ainda chocada e olhei para meu pai.

- Por que?

*****

O dia seguinte não foi muito melhor do que isso,meu pai não consiguia olhar na minha cara e eu não sabia ao certo o que dizer ou fazer,então ficamos sem nos falar por todo o tempo.Até dar o horário de sair com aquele cara,o qual nem o nome sei.

Enquanto me arrumar para sair minha porta foi aberta,revelando um pai preocupado e chateado.Eu não podia expulsa-lo ou gritar,sei como ele se sentia e pra falar a verdade isso não resolveria muita coisa.

- Olha pai...não se preocupe Okay?Está tudo bem.

Peguei uma sapatilha em baixo da cama dentro da caixa de sapato e calcei,devolvendo a caixa ali de baixo enquanto o via se aproximar e se sentar na cama ao meu lado.

- Não, a culpa é minha, eu não devia ter bebido nem usado essas coisas e...eu não quero que ele faça nada com você...

- Se fizer,eu dou um jeito...você me conhece não é?

Ele assentiu,abaixando a cabeça antes de se aproximar e me dar um abraço apertado.

- Estamos nisso juntos.

Retribui o abraço que me dera,dando um beijo em sua testa e sorrindo fraco até ouvir a campainha.Apertei meus olhos enquanto me desfazia do abraço.

- Mas pai... O que foi aquilo de "Você me deve isso também"?

- Não foi nada, não se preocupe, está bem?Aliás, o nome de é Zayn. - assenti devagar, suspirando enquanto me levantava e saia do quarto, indo até a sala para espera-lo.

Love Dealer | Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora