Capitulo Doze

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Após se despedir dos amigos, Dulce caminhou segurando Luma pela mão até o banheiro mais próximo do local, a menina estava saltitante e tagarelava coisas que somente ela – e às vezes Dulce – entendia.

-Um au-au – disse a menina, Dulce avistou a porta do banheiro e entrou com ela

-O  que?

-Au-au, mamãe

-Onde você viu um au-au? – disse Dulce sabendo que a menina se referia a um cachorro

-Luma quer um au-au – a menina falou batendo as mãozinhas contra o peito

-Não podemos ter um au-au meu amor, a mamãe fica dodói – disse ela buscando palavras simples pra explicar seu propelia com animais, Dulce jamais pode ter nenhum animal de estimação devido à sua alergia por pelos e infelizmente Com Luma isso não seria diferente.

Dulce trocou a roupa suja de Luma para que ela não caminhasse pelo shopping tão suja, a menina não parava de falar do bendito au-au e Dulce se perguntou de onde ela tinha tirado isso.

Com ela já trocada, Dulce a pegou no colo e saiu com ela do banheiro caminhando em direção ao estacionamento do shopping enquanto procurava na bolsa a chave do carro, ela sentiu um par de mãos a segurar pelos ombros a impedindo que esbarrasse na pessoa e levantou os olhos encarando-o.

-Dulce, quanto tempo! - Paco tinha um sorriso surpreso no rosto enquanto Dulce boquiaberta e com os olhos arregalados processava a sua presença ali após tanto tempo.

-Oi! Ann.. Como Você está?

-Estou ótimo, Cheguei da minha ultima escala ontem e hoje mais descansado resolvi dar uma volta no shopping. E Você?

-Legal. Err... eu estou ótima também.

Dulce forçou um sorriso, sentia-se incomodada com sua presença e imaginou que isso se deu devido a forma como ela havia rompido seu relacionamento com ele e agora diante dela, ele esboçava um belo sorriso e agia como se aquela noite jamais havia existido.

Paco voltou sua atenção para Luma que o encarava curiosa, ele sorriu para ela e esticou os braços para pegá-la mas a menina negou com a cabeça formando um bico emburrada virou-se de costas para ele e abraçando o pescoço de Dulce, deitou a cabeça em seu ombro.

-Oi Luminha, não se lembra de mim? - ele tentou mais uma vez fazendo cócegas em suas costelas, a menina se remexeu mas não virou.

Dulce estranhou a atitude da menina já que ela sempre foi muito simpática e de fácil amizade mas não a forçou em cumprimentá-lo.

-Hoje o dia dela não está sendo muito bom – mentiu sabendo que a menina estava até alguns minutos rindo para as paredes. -teve que furar o bracinho e está toda sentida.

-O que aconteceu? - ele perguntou e Dulce ao abrir a boca para responder percebeu que havia falado demais, teve que pensar rápido para não dizer a verdade.

-Vacina, coisa de rotina – ela deu de ombros – Eu tenho que ir, até mais!

-A gente se vê por ai?

-Ann... claro, porque não? Tchau!

Dulce saiu sentindo que Paco a observava se distanciar.

Mais tarde Dulce contou com a ajuda de Luma para fazer o jantar, enquanto ela preparava o molho do macarrão, a menina sentada sobre bancada se deliciava com o macarrão espaguete enquanto balançava o corpo no ritmo da música que tocava na pequena caixa de som, Dulce hora e outra vira-se no sentido da menina e a acompanhava na dança em meio a risada.

Com o molho pronto ela desligou o fogo e virou-se para luma com um sorriso travesso no rosto.

-Luminha está ocupada? - ela perguntou, a menina riu sabendo o que viria em seguida de sua resposta.

-Não - ela riu travessa aguardando o que Dulce faria em seguida

-Entao baila comigo essa melodia

Em um movimento rápido ela tirou a menina do balcão e a colando em seu corpo girou com ela que agora não economizava nas gargalhadas e nos gritos de empolgação, Dulce pegando uma de suas mãos dançou com a menina pela cozinha o ritmo dançante da musica que se iniciou e passaram um tempo assim até enfim jantarem.

Mais tarde e após um banho relaxante das duas, Dulce deitou-se com Luma em sua cama e ligando a TV colocou um filme animado para assistirem, não demorou muito para que a pequena pegasse no sono e acabou dormindo encolhida contra o corpo de Dulce, ela observou a menina que dormia tranquilamente e sem coragem de tirá-la de la para levá-la até seu quarto, ela acomodou-se melhor na cama trazendo Luma para deitar com a cabeça em seu colo, ela depositou um beijo terno em sua bochecha e não demorou muito para que também adormecesse.

Direito de Amar   (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora