44°

1.9K 129 75
                                    


           POV SECRETO

A cabana estava totalmente escura. Ela era muito antiga, era grande e totalmente fria. Confesso que é assustador estar dentro dessa cabana, mas eu amo o perigo. Amo sentir medo, adrenalina. Eu entrei na cabana faz pouco tempo. O que ninguém sabe é que essa cabana era do meu pai, quando ele era jovem o pai dele construiu ela e eles viajavam para cá. Quando eu nasci, o meu pai me levou apenas 3 vezes pra cá. Agora ela é abandonada, ninguém mais vem aqui, algumas pessoas até pensam que ela não existe mais. Eu estava analisando algumas coisas quando eu ouvi vozes do lado de fora, eu estava bem perto da janela, então eu me aproveitei e fui ver, discretamente. Era Camila e os amiguinhos dela.

— ah, Camila, você não faz a mínima ideia de onde vai se meter se você entrar aqui. - falei ao olhar Camila se aproximar da porta.

"Camila, sai dai. É perigoso" - ouvi a voz de Ariana chamar por Camila.

"vocês podem ir encontrar Harry e Louis, eu já vou indo" - Camila disse e abriu a porta da cabana. Maldita.

Andei em passos lentos até a porta que logo foi aberta por Camila. A morena andava e analisava cada detalhe da cabana.

— olá, tem alguém aqui? - Camila perguntou, passando seus dedos em um dos móveis, para logo olhar os mesmos cheios de pó.

— essa cabana é velha... - sussurrou Camila.

Camila virou para trás, em um ato rápido eu segurei a mesma por trás, tampando sua boca. Ela tentava gritar, falar algo, mas não conseguia. Não deixei Camila ver meu rosto, eu logo peguei um pano e...

— boa noite cinderela. - falei ao ver Camila se apagar.


        POV CAMILA CABELLO

Acordei em uma cadeira, com as mãos amarradas atrás da cadeira. Eu estava em um quarto escuro e frio, eu ouvia os morcegos pelo lado de fora. Eu estava assustada, com frio, e com raiva.

— me tira daqui! - esbravejei.

— pode gritar o quanto quiser, Camila. - uma pessoa apareceu no quarto, com um chicote na mão. Usava máscara, macacão preto e botas. Eu não sabia distinguir se era mulher ou homem, porque a voz era de um robô.

— ninguém vai ouvir esses seus gritinhos de vadia. - terminou me fazendo enfurecer.

— Filha da puta! - exclamei.

— do que me chamou?

— filha... da... puta. - falei pausadamente, provocando. Logo senti um tapa forte em meu rosto.

— cala a boca Camila! - a pessoa me segurou com força pelo pescoço, fazendo minha cadeira ir para trás, mas a parede impossibilitava de cair.

— o que você quer comigo? ME SOLTA AGORA! - esbravejei mais uma vez.

— oh querida, calma. Você ainda vai ficar muito tempo aqui. - a pessoa disse caminhando de um lado para o outro.

— primeiro eu tenho que ver se minha namorada vai gostar do presentinho. - a pessoa disse, e eu a olhei desconfiada.

— sorri para a foto, Mila! - a pessoa pegou o celular e tirou uma foto minha. Logo em seguida recebeu uma ligação, na qual não demorou a atender.

"Oi amor"

"sim, eu fiz exatamente o que você me pediu, ela está na cabana"

"ela está no último quarto, o mais distante. Ela pode gritar a vontade, ninguém vai ouvi-la."

"ok, você já fez o que planejamos a algumas horas?

"tudo está indo como planejamos... -suspirou. — bom, se divirta bastante"

"eu vou me divertir muito bem com a vadiazinha aqui"

"beijos amor. Até alguns minutos"

A pessoa a minha frente desligou a ligação e ficou parada, me olhando. Eu simplesmente não fazia ideia do que estava acontecendo. E nem o porque disso tudo, eu estava confusa e com medo. Mas eu não iria recuar tão fácil. Em uma ato rápido me joguei no chão com força, fazendo minha cadeira quebrar. Com o pé eu acertei a barriga do desconhecido que caiu no chão com as mãos no estômago. Eu tentei correr, mas ele logo puxou meu pé fazendo com que eu caísse no chão, eu tentei pegar o pedaço de madeira que havia no chão para fincar no desconhecido, mas ele foi mais rápido que eu e pisou em minha mão. Aquilo doeu, ardeu, eu tentei aguentar mas eu não consegui. Naquele momento perdi minhas forças, a última cena que eu vi foi ele pegar um pedaço de pau e me bater em cheio, eu apaguei.

***

Acordei novamente, dessa vez amarrada com correntes. Minha cabeça estava sangrando e latejando. Até aonde esse pesadelo iria? só de pensar que aquilo era apenas um começo, eu sentia um aperto em mim. Como se eu jamais teria forças para sair dali, com ou sem a ajuda de alguém. Dessa vez o desconhecido não estava por perto. Eu tentei gritar, o mais alto que eu podia, mas era como se ninguém pudesse escutar. E realmente não podia.

— droga Dinah Jane, cade você agora? tenho certeza que se fosse para atrapalhar uma foda você estaria aqui... - sussurrei para mim mesma. Eu dei um pulo ao sentir meu celular vibrar, alguém estava me ligando. Me remexi ao máximo para conseguir pegar o celular, e eu consegui. Mas ele logo caiu no chão. Eu estava descalça, então com o meu dedo do pé eu consegui atender a ligação de Dinah.

— Camila? morreu aí na cabana amor? - Dinah perguntou sarcástica.

— Dinah, por favor, venha até a cabana. Eu preciso de você, alguém me pegou aqui, estou trancada.

— Dinah???? - chamei por ela nervosa. Dinah não respondia.

— Dinah pelo amor de Deus.

— Camila? você está aí? não consigo te ouvir, o sinal está péssimo. - Dinah falou.

— Camila????? alô??? - droga, o sinal saiu.

Tentei mandar mensagem para Dinah, mas o meu celular acabou a bateria na hora. Droga, estava dando tudo errado, literalmente tudo errado. Eu realmente espero que Dinah venha para a cabana me procurar, eu preciso de ajuda.

///////

quem será que é? comentem quem vocês acham que é, HEHEHE

My Teacher Onde histórias criam vida. Descubra agora