Capítulo 7

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Então esse capítulo vai contar um pouco sobre a vida do Archie na fic, e vai ter muito *Barchie* sim, uma amizade dessas. Aproveitem!
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ARCHIE POV'S

É engraçado como domingos costumam ser monótonos e deprimentes.

Na verdade, depois de algum tempo constatei que domingos era o tempo necessário para os trabalhadores repor suas energias de uma longa semana exaustiva. No meu caso não era assim. Eu simplesmente não fazia muita coisa. Não tinha um tempo de trabalho braçal, e tudo na minha vida profissional resumia-se a assinar toneladas de papéis.

Por isso, domingos eram chatos. Ao final de uma semana eu me encontrava bastante disposta e sem um pingo de vontade de descansar. Então os meus domingos sempre começavam às 6:00 da manhã, quando o sol ainda estava decidindo se sairia para brincar ou não.

Depois de um café da manhã preguiçoso, o que normalmente se resumia a algum cereal ou um copo de suco de laranja, eu saía para correr. Corria pelas ruas ainda quase desertas de Nova York, se não fosse por alguns idosos que passeavam pelos arredores.

Quando retornava para casa, já perto das 9h, não havia muito mais a fazer senão assistir à tv e ficar nisso até o resto do maldito domingo. Eu não tinha amigos. Me esquivei de quase todas as relações que pude depois de sofrer uma grande decepção.

Obviamente muitas pessoas me achavam anti-social e desconfiado, o que não deixava de ser verdade. Ainda assim não eram incomuns casos de festas luxuosas onde eu era algum tipo de convidado de honra, o que me colocava obrigatoriamente em uma posição na qual eu precisava comparecer. Digo "obrigatoriamente" porque quase sempre minha vontade de curtir festas de ricos esnobes era quase tão grande quanto de me matar, mas muitas delas alguns assuntos importantes relacionados a negócios eram tratados, e eu precisava ir.

Claro que eu nunca, jamais ia sem a companhia de Betty.

Normalmente era ela que tomava toda a qualquer decisão sobre a empresa, dentro ou fora dela. Obviamente ninguém sabia disso, mas esse era o nosso segredinho. E eu sabia que se fosse aderir a alguma religião, formaria minha própria onde Betty seria endeusada, se tornando o objeto dos meus agradecimentos e da minha adoração. Era o mínimo que eu podia fazer pela mulher que havia salvado o meu pescoço tantas e tantas vezes, e me conhecia talvez melhor do que a minha própria mãe.

— Alôôô.

— Bom dia, B. Te acordei?

— Sr...Andrews? Não, bom dia senhor.

— Prometo que eu vou recompensar você por ficar alugando seu tempo quase todos os domingos. Sinta-se livre para desligar na minha cara, eu sei que sou chato.

— O senhor pode me dizer primeiro por que ligou.

— Bom, primeiramente, estou entediado, o que explica o fato de ter ligado para sua casa à essa hora com o objetivo de perguntá-la se é realmente necessário que eu vá trabalhar amanhã.

Silêncio do outro lado da linha.

Aquele tipo de silêncio que se faz quando uma criança pergunta à mãe se pode viajar para a Disney e ficar morando por lá por um mês, comendo chocolate.

— Obviamente, senhor.

Ela respondeu, com toda a paciência que minha imaturidade exigia dela.

And Sunddely Love - VarchieOnde histórias criam vida. Descubra agora