Capítulo 60 - FINAL

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VERONICA POV'S

Sofia, como qualquer criança saudável, cresceu, graças a Deus. Sim, porque por mais que bebês sejam fofos e lindos quando ainda não fazem nada sozinhos, eles dão trabalho. E mesmo que nos arrependemos lá na frente por termos torcido para que eles tivessem crescidos logo, no fundo sentimos uma alegria imensa por vê-los amadurecerem e se transformarem em pessoinhas cheias de saúde e prontas para conquistarem o mundo.

Mas ela ainda não é uma adulta, nem uma adolescente. Está longe disso. Sofia tem 5 anos, há precisamente nove meses.

Ainda não presenciamos a queda do primeiro dente de leite ou sua primeira formatura, mas estivemos lá quando ela andou de bicicleta pela primeira vez e a encorajamos no seu primeiro dia de aula. Trocamos muitas fraudas, compramos muitas bonecas, escutamos choros vindos de joelhos ralados e muitos slimes grudados no tapete. A ensinamos a nadar e exercitamos o início - ou quase nada - da sua leitura. Fomos pais de primeira viagem, mas segundo Mary nós nos saímos muito bem.

Eu concordo, apesar de não ter nenhuma base como referência. Sofia parece uma criança bastante serelepe. Sua simpatia e seu jeito de parecer gostar de todo mundo são sua marca registrada. Ela quase nunca se irrita, e às vezes, quando não sabe como reagir a um determinado estímulo, opta por cair na gargalhada. Ela pode fazer amigos com uma simples saída, seja no parque ou no playground da praça.

É humanamente impossível não amá-la.

Para uma melhor educação, Archie e eu dividimos nossas obrigações como pais. Isso significa que ela é responsável pelos "sins", enquanto que dizer os "nãos", necessários sobra para mim. Felizmente (porque a última coisa que eu quero é me tornar uma mãe chata e repressora competindo com Archie um pai engraçado e "maneiro"), Sofia é uma criança boa. Um anjo, por mais agitada que seja. Não precisamos (eu não preciso) reprimi-la duas vezes. Ela simplesmente entende que, caso eu não a deixe fazer alguma coisa, deve haver algum motivo, e magicamente obedece (o que é um tanto estranho. Crianças de 5 anos não deveriam ter esse discernimento).

Eu realmente não tenho do que reclamar. Muitas crianças são levadas, mas ela não. E ela só tem cinco anos. Há precisamente noves meses. E hoje faz com que seja um dia um pouco especial para mim.

- Emma? - Chamei, chegando na cozinha e encontrando-a no fogão.

- Oi, V! - Ela respondeu. - Feliz aniversário!

- Obrigada...- Falei ainda morrendo de sono, abraçando-a e me jogando em cima dela - Que horas são?

- Quase 11h. Estou fazendo o almoço, daqui a pouco eles chegam...

- Merda...Dormi demais. - Falei, levando a mão à cabeça. - Eu deveria estar ajudando...

- Coisa nenhuma! É o seu aniversário. E aniversariantes não trabalham.

Emma gosta de me dar ordens. A essa altura nós já temos esse nível de intimidade mesmo.

- Ei, eu gosto de cozinhar, e você sabe diss...

- Você-não-vai-cozinhar.

Bufei. Ela é muito teimosa, e eu sabia que a única forma de chegar perto do fogão seria acertá-la com uma frigideira, mas como isso nunca iria acontecer...
Desisti de brigar.

- Certo. Onde está Sofia?

- Ela estava na casa da árvore da última vez eu vi.

Uma casa da árvore. Archie deu a Sofia uma casa da árvore como presente de cinco anos. E não é uma daquelas casas na árvore de todos de madeira e cordas: É uma casa com porta janela e várias outras coisas. Uma família poderia facilmente morar ali, certamente eu achei um exagero mas vindo da meu esposo eu já estava acostumada.

And Sunddely Love - VarchieOnde histórias criam vida. Descubra agora