Capitulo 12 : Um filho ilegítimo

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Havia se passado dois meses desde o fatídico dia em que Barbara perdeu o herdeiro do trono.
Os encontros do rei com Juliana continuavam e já estavam se tornando frequentes. Viver com duas mulheres, em lugares diferentes era a vida do rei. Duas vidas, duas mulheres, dois segredos.
A vida de casado ia de mau a pior. Barbara e Benjamin não paravam de brigar, discussões eram frequentemente ouvidas pelos corredores do castelo.
Barbara se refugiava em seu quarto, chorando ou lendo um livro.
Benjamin se refugiava nos assuntos do trono e dos reinos, tanto de Lork quanto de Vermênia, fazendo com que ele passa-se a maior parte de seu tempo dentro da sala do trono. Os dois já não se cruzavam nos corredores do castelo, ou sequer jantavam juntos como era costume.
Isso para Benjamin era doloroso, por mais que a traísse, a amava com todo o seu ser. Mas a morte de seu filho afastou Barbara do mundo, dos amigos, do pai, e também do marido. Os dois reinos estavam ótimos, financeiramente e socialmente entre os moradores dos dois reinos. Mas a questão interna já era outro assunto.
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Na sala do trono, Benjamin resolvia assuntos com Gael. Além de ser o médico do castelo, Gael foi promovido a conselheiro do rei.

Benjamin: Estamos tendo problemas com a água. Parece que o que temos não é o suficiente para abastecer o reino. E o período de chuva não esta nem próximo de chegar.- O rei falava olhando os documentos em sua mão.

Gael: Seria fácil fazer um acordo com outro reino, para o fornecimento de água. Isso até acharmos uma fonte rentável para nos abastecer.

Benjamin: Estava pensando em mandar uma tropa para fazer uma expedição.- Benjamin é interrompido por Juliana, que entra na sala meio desesperada.

Juliana: Posso falar com você Benjamin?

Benjamin: Perdão, mas não posso. A rainha não pode voltar outra hora?- Pergunta, mas também percebe a angustia da mulher.

Juliana: Tem que ser agora.- Ela olha para Gael.- Gael se você não se importar, pode nos deixar a sós por um momento?

Gael: Claro. Mas houve algo grave? Vossa majestade parece meio preocupada.- Pergunta já pegando os documentos para sair.

Juliana: Isso só Benjamin saberá.

Gael sai da sala, deixando os dois a sós.

Benjamin: Juliana isso não é hora para nos encontrarmos. Eu havia combinado que ao cair da noite lhe encontraria.- Benjamin fala em um tom irritado.

Juliana: Eu sei que combinamos de nos encontrar só daqui algumas horas. Mas tenho algo muito importante e talvez grave a dizer a você.- Ela fala desesperada em um fôlego só.

Benjamin: Tão grande é assim este problema?- Recebeu uma confirmação.- Pois bem. Fale.

Juliana exitou por um momento em falar. Mas a importância daquela notícia era muito grande para ficar em estado catatônico agora.

Juliana: Benjamin, eu vou dizer logo sem exitar. Eu...eu, eu estou grávida.

Benjamin a olhou sem acreditar nas palavras que tinha acabado de ouvir. Um filho. Um filho com Juliana, ou melhor o segundo.

Benjamin: Você está blefando. Você... é impossível.

Juliana: Não é não. Você sabe muito bem como essa criança foi gerada, não banque o idiota agora.- Ela fala elevando a voz.

Benjamin: Mas é claro que eu sei como ela foi gerada. Acontece que ela não era para ter sido gerada.

Juliana: E você vai fazer o que em? Vai matar ela, assim como você fez com o primeiro? Vai enfiar uma espada novamente no estômago de um filho seu?- Ela falava com certo ódio. Já que naquele inverno ela tinha perdido seu filho para a espada do homem que amava.

Benjamin: Você sabe que eu não estava em plenas faculdades quando fiz isso. Eu estava fora de mim, e cheio de ódio, de você, de Adam e daquela criança que eu pensei que era dele.- Ele fala elevando o tom de voz.- Qual desculpa eu vou dar a Barbara quando ela perguntar de quem é o teu filho?

Juliana: Você pode falar que o pai é o Adam.

Benjamin: Claro, porque você ia todo dia em uma cela de masmorra para ficar com ele.- Fala sarcástico- Até parece que ela vai cair nessa história. Barbara não é burra, e muito menos idiota.

Juliana: Mas esse filho pode ser um novo recomeço para você e para mim. Todo mundo já sabe que você e ela não estão bem, e que nem dormem no mesmo quarto.

Benjamin: Juliana, eu não vou abandonar a minha mulher para ficar com você. E outra, a muitas formas de justificar essa gravidez.- Fala o rei pensativo.

Juliana: Você quer o que? Que eu finja que me deitei com alguém, para justificar. Ou melhor me deitar com um qualquer só para depois eu falar que ele é o pai do meu filho.- Ela fala sarcástica.

Benjamin: Não é má ideia. O príncipe Dükkan da casa de Agraba, sempre lhe corteja quando vem ao castelo. Seduza ele, e o resto pode deixar que eu resolvo.- Benjamim se senta no trono.

Juliana: Você ficou maluco Benjamin? Como eu vou seduzir ele sendo que o que eu mas fiz em minha vida foi desviar de suas cantadas baratas e medíocres.

Benjamin: Arrume um jeito.- Benjamin lembra do problema da água que estava tendo.- O reino de Agraba é banhado pelos rios, e mares.

Juliana: E o que nosso filho tem haver com isso?

Benjamin: Ele tem haver que o reino do pai dele está com problemas de água e abastecimento. Isso seria uma ótima desculpa para Dükkan vir até meu reino, aí você faz a sua parte e eu faço o resto.

Juliana: Até quando você vai esconder esse filho.

Benjamin: Acredite, o que eu mais queria era que ele estivesse perto de mim. Você acha que eu vou ficar feliz em ver o meu filho chamar outra pessoa de pai? Perder os primeiros passos, a primeira palavra.- Benjamin sentiu uma lágrima cair do canto esquerdo de seu olho.

Juliana o abraçou, e assim ficaram por uns bons minutos, até o rei se desvencilhar dos braços de sua amante.

Benjamin: Eu prometo a você que não perderei nada do nosso filho. Eu estou fazendo isso para o bem dele, assim ele não será um bastardo. E assim ele também não será renegado como herdeiro do trono.- Ele a beija.

Juliana: Mais eu não vou aguentar ficar longe de você, dos teus beijos, dos teus braços.

Benjamin: Mas infelizmente terá. Mas é para o bem do nosso filho.- Ele põe a mão na barriga de Juliana.

Juliana: Nosso filho.- Ela põe sua mão por cima da mão de Benjamin.

Benjamin: Prometo a você que resolveremos essa questão juntos.- Ele sorri.- Agora que tal alimentarmos esse bebezinho com um belo pote de mel e morangos?

Juliana: Nossa, mais já estou sendo mimada desse jeito? Estou vendo que vai ser ótimo ficar grávida.

Benjamin: Aproveita que só dura alguns meses.- Ele a puxa entre risadas.

E assim eles passaram o resto da noite. Eles não sabiam os riscos que correriam guardando esse segredo e muito menos se os planos que fizeram dariam certo. Mas para Benjamin aquilo estava sendo um momento mágico.
Mas para Juliana, o plano só estava prestes a começar.

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