"Ele a levou com jura de morte", "ele a levou com jura de morte alteza". Esse era o único pensamento que se passava na cabeça de Benjamin enquanto ele corria por cada corredor do castelo. Corria como se sua vida dependesse disso, e corria mais ainda porque dependia da vida de Juliana. Ele não podia negar a si mesmo que ainda sentia alguma coisa por ela, porque se não ele mandaria uma tropa ou até mesmo um exercito para ir atrás da rainha de Alustra. Mas ele fazia questão de ir atrás dela sozinho.
Quando chegou aos estábulos, pediu para prepararem seu cavalo o mais rápido possível. Gael que vinha atrás do príncipe o indagou sobre o que ele iria fazer.
Gael: A onde você pensa que vai? Você ficou maluco de ir atrás de Juliana?- O amigo tentava impedir que o príncipe cometesse uma loucura.
Benjamin: Eu tenho que ir atrás dela. É minha obrigação, entende?- Ele fala subindo em seu cavalo.
Gael: Obrigação? Você está ouvindo o que esta dizendo. Benjamin? Aquela mulher te abandonou a beira do altar. Não é possível que você ainda se sinta responsável por ela.- O medico fala ao príncipe com firmeza na voz.- Não a mais nada que ligue você aquela mulher. Ou estou enganado? Por um acaso você ainda sente algo por Juliana?- Gael pergunta duvidoso.
Benjamin: Do que esta falando, mas é claro que na...- O príncipe exita em falar confirmando a tese de seu amigo.
Gael: Eu sabia que a volta dessa mulher ia mexer com seus sentimentos. Você teria coragem de trocar Barbara por ela?- Ele pergunta soltando o braço do príncipe.
Benjamin: Nunca me ouviu? Nunca. Mas também não posso negar que sinto algo por Juliana, mas sei que esse sentimento não é amor.
Gael: Esse sentimento e o que então Benjamin?- O médico pergunta curioso, e com medo da resposta que teria.
Benjamin: Obsessão.- O príncipe responde e sai a total velocidade com seu cavalo.
O príncipe passava pelo riacho de Monttanna, pelos campos de Lork, e logo depois os de Vermênia. Até que chegou ao castelo de Alustra.
Tudo estava em ruínas, não havia uma alma viva andando pelo lugar. As casas estavam abandonadas e completamente destruídas. Como seu pai havia dito um dia a ele, Adam não era capaz de mandar em seu próprio nariz, quem dirá governar um reino.
Benjamin arrombou a porta, coisa que não foi muito difícil já que ela estava completamente acabada.
A sua frente estava Adam sentado no trono, ao seu lado estava Juliana imóvel no chão.
Benjamin: Seu miserável você a matou.- Benjamin grita e sua voz ecoa pela sala.
Adam: Não julgue pelas aparências meu irmão. Ela só esta desmaiada. Não aguentou o tapa que lhe dei.- Adam fala sarcástico e encostando o dedo na ponta de sua espada.
Benjamin: Você vai pagar, agora você vai pagar tudo o que você fez a mim e a ela.- O príncipe fala correndo em direção ao irmão com a espada empunhada.
As espadas se batem, e os dois lutam. Benjamin se esquiva da espada do irmão enquanto tenta chegar o mais perto possível de Juliana.
Benjamin acaba se distraindo e cai no chão, e acaba tendo seu irmão sobre seu corpo com a espada em sua garganta.
Adam: É ruim não é? É péssimo essa sensação de ter sido um derrotado, você se sentir um lixo por ter fracassado na única coisa que você tinha que fazer não é?- Ele fala com a espada no pescoço de Benjamin.- Foi assim que eu me senti toda minha vida. Sendo ignorado, jogado pros cantos como se fosse ninguém. Vendo meu pai dar atenção a você, lhe ensinando cada técnica, cada estrategia, cada decisão que você deveria tomar em um trono que na verdade deveria SER MEU!!!- Ele grita aquelas palavras com ódio e raiva.
Benjamin: Eu não tenho culpa se você não fazia nada direito. Papai te deu várias oportunidades de ser um homem digno de subir ao trono. Mas a única coisa que você realmente fez direito em sua vida foi ARRUINAR AS NOSSAS.- Benjamin grita e empurra o irmão com os dois pés.
Benjamin põe a espada no pescoço de seu irmão.
Adam: Me mate. Anda maninho, me mata e mostre ao povo quem você é de verdade. Mostre que um rei tem que tomar decisões como até mesmo matar.- Ele fala tentando instigar que o irmão cometesse uma loucura.
Benjamin: Não. Um rei tem que ser justo com todos, até com aqueles que o trairão da pior maneira. Um rei tem que ser misericordioso, mesmo que alguns não mereçam.- Ele chega perto do ouvido do irmão.- Um rei não precisa ser um covarde para aprender o que é ter coragem. Um rei que triunfa meu irmão, não é aquele que nunca falha, é aquele que nunca se da por vencido.- Ele empurra o irmão ao chão e o deixa desmaiado.
Benjamin larga a espada e vê Juliana se movendo. Ele corre até ela preocupado e a segura nos braços.
Benjamin: Você esta bem?- Ele pergunta segurando seu rosto.
Juliana: Me tire daqui, eu lhe imploro me tire daqui.- Ela fala chorando, aparentemente com dor, mas também por esta assustada.
Benjamin a segura em seus braços e a leva até seu cavalo. Ele a põe em cima do cavalo e logo depois sobe atrás dela para poder manusear o cavalo e também poder segura-la.
Após uma longa viagem, Benjamin avista seu castelo. Ele passa por todos os olhares curiosos do povo se perguntando do porque o príncipe estaria com a rainha de Alustra junto a ele no cavalo, até chegar na frente do castelo.
Gael estava na frente do castelo esperando o príncipe, pois já era noite e estava preocupado com o amigo.
Gael: Pensei que nunca mais ia voltar. O que foi que aconteceu?- Gael pergunta olhando para Juliana.
Benjamin: Depois eu lhe explico o que aconteceu. Agora quero que você examine-a para ver se ela esta bem.
Benjamin entra no castelo e atrai os olhares dos guardas, dos serviçais e principalmente de Barbara.
Barbara: Posso saber onde você estava Benjamin de Ferraz? E o que esta fazendo com a rainha de Alustra nos braços?- A princesa pergunta com a voz um pouco alterada e olha para Juliana.
Benjamin: Depois eu te explico tudo meu amor. No mínimos detalhes, mas agora ela tem que ser examinada.- Benjamin caminha até um dos quartos do castelo.
Ele a coloca na cama cuidadosamente, permitindo que ela seja examinada por Gael.
Benjamin: E então? Ela esta bem?- O príncipe fala em um tom preocupado.- Fale logo Gael, não fique me olhando com essa cara.
Gael: Ela esta com varias luxações pelo corpo, machucados. Alguém a agrediu de maneira violenta.- Gael fala puxando o príncipe para um pouco longe da cama.- Posso saber o que aconteceu lá?
Benjamin: Eu realmente não sei. Quando cheguei lá o castelo estava todo em ruínas. O reino estava em ruínas. Quando adentrei a sala do trono, Juliana estava desmaiada e Adam estava ao seu lado. Nós dois lutamos e eu ganhei.- Benjamin fala olhando para Gael e depois olhou para Juliana.- Ele não poderia ter feito isso com ela.
Gael: Esta bem. Não precisa me dizer mais nada. Ela terá que ficar de repouso e tomar algumas enfusões para recuperar suas forças.- Gael fala caminhando até a porta.
Benjamin o acompanha. Ao abrirem a porta dão de cara com Barbara a espera do príncipe. Gael sai dali imediatamente.
Barbara: Agora somos só eu e você Benjamin. E agora mesmo você vai me dizer o que esta acontecendo.- A princesa fala se aproximando do noivo.
Benjamin: Esta bem meu amor. Eu já escondi isso por tempo de mais de você. Esta na hora de você saber toda da verdade do passado e de agora. E de como ele pode interferir no nosso futuro.
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O Herdeiro Legitimo
Fiction généraleO príncipe Benjamin de Ferraz e o futuro rei do trono de Lork, recebe uma notícia desastrosa: a morte de seu pai. Noivo da princesa Bárbara de Abarca também futura rainha de Vermênia, ele será obrigado a decidir se irá se casar com ela ou se fugirá...