Capitulo 18 : Preparação e Confronto

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É mais fácil mobilizar os homens para a guerra que para a paz. Ao longo da história, a Humanidade sempre foi levada a considerar a guerra como o meio mais eficaz de resolução de conflitos, e sempre os que governaram se serviram dos breves intervalos de paz para a preparação das guerras futuras. Mas foi sempre em nome da paz que todas as guerras foram declaradas.
A guerra é um massacre entre pessoas que não se conhecem para proveito de pessoas que se conhecem mas não se massacram.
Antes da batalha, o planejamento é tudo. Assim que começa o tiroteio, os planos são inúteis.

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Soldados. Espadas. Armaduras.
Tudo isso estava sendo preparado com cuidado desde a descoberta da morte de um dos melhores amigos do rei. Se passaram muitas semanas desde o ocorrido. Cinco, talvez seis. Ele já não recordava.
Barbara não estava indiferente com Benjamin. Depois de muito pensar e refletir, ela decidiu dar outra oportunidade a ele. Mas dessa vez com a colaboração de ambas as partes.
Sem mentiras, sem segredos e o mais importante, sem traições.
Benjamin planejava cuidadosamente cada decisão que deveria tomar. Ele estava treinando mas soldados, produzia mas armas e também mandou confeccionar novas armaduras em grandes quantidades.
Ainda não havia comunicado a ninguém que declararia guerra a Alustra e a Agraba. Havia preparado uma surpresa a Juliana. Uma surpresa que ficaria na história da humanidade.

Ele estava na sala do trono esperando pela rainha de Alustra e agora também de Agraba.

Admirava os quadros nas paredes. O quadro da família era o que mais recebia olhares.
A

pintura foi feita no dia de seu aniversário de três anos, um ano antes de sua mãe vir a falecer. Seu irmão que tinha seis anos na época estava com Benjamin em suas costas, ao lado direito dos garotos estava seu pai com a mão nos ombros de Adam. Sua mãe ao lado esquerdo abraçava o marido.
Benjamin se recordava que o pai vivia falando que naquele dia não foi pintado o retrato da família real de Lork, onde tinham rei, rainha e os herdeiros do trono. E sim foi pintada uma familia que haviam pai, mãe e dois irmãos que se amavam. Ele não se recordava muito do dia, mas tinha uma vaga lembrança que sempre reclamava que estava cansado de ficar parado na mesma posição. Recordava também de Adam reclamando de dor nas costas.

Benjamin: Porque meu irmão? Quando foi que deixamos de ser o protetor um do outro? Quando?- Ele ouve o ranger da porta.

XXX: Quando decidimos que o amor de uma mulher era mas importante que o sangue.- Benjamin ficou surpreso por ver o irmão na sala do trono. Afinal ele havia sido preso na pedreira, não tinha qualquer possibilidade de haver escapado.

Gael: Eu lhe trouxe uma pessoa para lhe fazer companhia no confronto que terão com Juliana. Espero que não se importe.- Gael fala dando espaço para que Adam passasse.- Espero que não se matem.

Adam: Isso eu não posso lhe garantir.- Sorri e volta seu olhar para Benjamin.

Benjamin: O que veio fazer aqui. Rir da minha cara? Veio ver com seus próprios olhos a minha ruína.

Adam: Não. Eu vim ver o meu irmãozinho.- Pega uma taça de vinho- E convenhamos que uma pessoa que tem um exército de mais de duzentos mil homens não está totalmente na ruína.

Benjamin: Ainda não estou entendendo seus motivos.

Adam: Falemos a verdade meu irmão. Você sempre foi brilhante em fazer acordos que sempre favoreceram o reino.- Toma um gole de vinho - Mas estratégias sempre foram meu ponto forte.

O Herdeiro LegitimoOnde histórias criam vida. Descubra agora