Capitulo 14 : O errado está cumprido

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XXX: Precisamos conversar Benjamin.

Benjamin: Pensei que não queria mas me ver. Ate trocamos de aposentos para eu não te incomodar Barbara.- Ele falou se sentando sobre a cama a olhando fixamente.

Barbara: Preciso falar com você. Ou melhor, te fazer uma pergunta- Ela faz uma pausa desviando dos olhos do marido- Espero que me responda com sinceridade.

Benjamin: Dependendo de sua duvida, te responderei com sinceridade.

Barbara: O que esta se passando entre você e Juliana?- Barbara percebeu a surpresa nos olhos de Benjamin, o que a deixou mais certa de suas duvidas.

Benjamin: Juliana e uma rainha que esta esperando o reino ser reconstruído novamente. Porque a duvida?- Estava tao acostumado a mentir para Barbara que aquela frase saiu como se realmente fosse verdade.

Barbara: Faz muito tempo que ouço pelos corredores comentários sobre seus encontros com Juliana. E muito comum que tenha duvidas sobre o que e realmente sua relação com ela.- Fala o mais calmamente, tentando ver algum traço de mentira na explicação de Benjamin.

Benjamin: Caso minha linda esposa não saiba, Juliana esta interessada no príncipe Dükkan da casa de Agraba. Ele chega hoje por falar nisso.- Ele fala vendo o choque no olhar de Barbara.

Barbara: Mas ela nunca demonstrou interesse algum em Dükkan, pelo contrario, sempre o afastou e odiava aqueles poemas baratos que ele lhe dedicava.- Ela falou pasma com a "revelação" que o rei havia feito.

Benjamin: As coisas podem mudar quando menos se espera. Vamos ver ate onde isso vai.- Ele se levanta se aproximando da porta e a abrindo.- Espero lhe ver no salão quando Dükkan chegar ao castelo. Agora se me der licença, tive um longo dia e preciso descansar, estou extremamente exausto.

Barbara: E me vera.- Falou respondendo o primeiro comentário do marido.- Não se preocupe mais comigo. Aliais faz tempo que você não o faz, não e mesmo.

Aquela frase fez Benjamin deitar na cama e começar a pensar se estava fazendo o certo. Se era certo enganar um amigo por causa de uma mentira que ele não tinha coragem de assumir. Será mesmo que valia perder Barbara, jogar seu casamento recente pelo ar e fugir com Juliana. Ela já havia proposto isso a tempos atrás, mais Benjamin não aceitou.
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Quando o sol começou a dar seus primeiros sinais, Benjamin estava acordado pensando em tudo que iria acontecer naquele dia.
Pensava nele, em Juliana e principalmente em seu filho. Filho que não poderia ver crescer, já que ia ser filho de outro homem, iria herdar outro reino e teria uma outra vida. Benjamin voltou com a mesma dúvida martelando em sua cabeça novamente. Será que seria o certo?
Uma pergunta que ele vinha se fazendo frequentemente em seu cotidiano.

Guarda: Vossa majestade, o príncipe Dükkan já esta instalado em seus aposentos como o senhor pediu. Ele esta a fora o esperando.

Benjamin: Muito bem. Peça para ele entrar, e nos deixe a sós. Não quero interrupções.- Ele pede ao guarda que sai. Em seguida Dükkan entra a sala do trono.

Dükkan: Benjamin!!! Meu velho amigo, como está?- Fala envolvendo o rei em um abraço rápido.

Benjamin: Estou ótimo meu amigo. Que bom que atendeu ao meu pedido e veio me ver.- Benjamin fala se desvencilhando do abraço do amigo.

Dükkan: Não se recusa o convite de um dos mais poderosos reinos de Mottanna, e muito menos de um velho e querido amigo- Ele fala entre risadas- Mas vamos admitir que eu e você sabemos que eu não vim só ve-lo. Mas também aquela bela mulher que só o que sabe fazer e partir meu coração desde que a conheci.

Benjamin: Talvez se seus poemas fossem menos melosos, Juliana cairia rendida aos seus pés. Mas tudo ao seu tempo meu amigo, nunca sabemos o que o destino guarda para nossas vidas não e mesmo?- Fala oferecendo um copo de vinho ao amigo.

Dükkan: Realmente não sabemos, e acho que e por isso que sofro mais. Nunca saberei se ela me daria uma chance.- O príncipe fala abaixando o olhar ao encontro do amigo.- Mas, viemos aqui a negócios não e mesmo?

Benjamin: Negócios a parte meu caro amigo. Vamos resolver o seu futuro casamento primeiro.- Fala obtendo uma expressão surpresa do príncipe.

Dükkan: Bateu a cabeça em alguma pedra Benjamin? Como vou me casar sendo que nem estou noivo?

Benjamin: Você acha que eu lhe chamei aqui só por negócios.- Ele da um leve sorriso de lado- Juliana esta lhe esperando em meu escritório.

Dükkan não profere uma única palavra, apenas um sorriso aparece. Ele entendeu exatamente o que Benjamin estava falando. Ele balançou a cabeça em concordância e se virou ate a porta.

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Chegando a grande porta de Carvalho negro, ele a abriu com calma. Como se quisesse ver se realmente Juliana estava ali.

Juliana: Achei que nunca mas iria chegar.- Ela o olha de cima a baixo. Dükkan não era um homem feio. Cabelos negros, olhos castanhos escuros e uma pele morena faziam parte de seu charme e encanto. Mas o que tinha de encanto tinha de meloso e grudento, principalmente quando começava a proferir seus poemas sem humor e de péssimo gosto.

Dükkan: Posso lhe dizer que por um momento achei que o que Benjamin havia me dito era mentira.

Juliana: Bem, acabou de comprovar que não era uma blasfêmia. Ou não queria me ver por um acaso, esta com uma cara de decepcionado- Fala brincando.

Dükkan: Acredite em mim minha cara quando digo que você me faz ter um turbilhão de sentimentos. E a decepção nunca vai ser uma delas.- Ele sela seus lábios com os de Juliana. Um beijo calmo e lento. Mas que conforme o tempo foi se tornando um beijo de necessidade. Um beijo com paixão, pelo menos de Dükkan era assim.

Juliana: Acho que o escritório de Benjamin e um pouco inapropriado para o que queremos fazer.- Ela fala entre os beijos que dava no príncipe.- Porque não vamos para os meus aposentos? Teremos mas privacidade.

Dükkan: Tudo o que vossa majestade desejar.

E o que aconteceu depois foi o que estava previsto por Benjamin e Juliana. A noite em que eles teriam como desculpa para justificar a gravidez da rainha de Alustra, e fazer de seu filho herdeiro de algum trono, mesmo não sendo o trono que realmente lhe pertence.

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Benjamin caminhava pelo castelo ate chegar em uma porta. Parou em frente a ela e ponderou se entrava ou se ia embora. A primeira opção foi a escolhida por ele, que a abriu deixando a esposa surpresa com a sua presença.

Barbara: O que esta fazendo aqui? Saia imediatamente do meu quarto.

Benjamin não ligou para o que a esposa estava dizendo. A única reação que teve foi beija-la, um beijo que para ele talvez resolveria seus problemas. Ou pelo menos os esconderia no fundo de seu subconsciente. Um beijo de necessidade e desespero.Por mais que Barbara nos primeiros momentos tivesse tentado o afastar, não o conseguiu e acabou cedendo o que la no fundo ela tanto queria: seu marido.

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