Capítulo 5 - Chá da tarde

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Assim que acordei fui direcionada para a casa de uma modista que iria me preparar para o chá com a família Salles

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Assim que acordei fui direcionada para a casa de uma modista que iria me preparar para o chá com a família Salles. Agradeci mentalmente que meu tio achou melhor nós dois irmos só para o chá, não iria aguentar as investidas da minha tia e minhas irmãs para que eu caísse de amores por meu futuro castigo.

Não entrei na modista, embora eu saiba que minha tia iria me matar em ir do jeito que saí de casa, mas se vou ser empregada dele que seja com minhas roupas.

- Minha menina tem certeza que não quer ir buscar a roupa? - meu tio pergunta pela quinta vez.

- Não tio, estou bem assim não se preocupe que a riqueza deles não me dá inveja.

- Tudo bem, então vamos está na hora.

Parece que meu tio invés de falar deu um golpe no meu estômago, comecei a sentir uma falta de ar e minhas pernas trêmulas, como se eu fosse uma ovelha e estivesse indo ao abate. Não entendo o meu nervosismo pois sei que não preciso agradar ele pelo contrário preciso sim é desagradar ele  para que desista de mim.

- Está bem? - tio Zé pergunta.

- Estou senhor Marinho.

- É ali. - ele fala apontando para uma enorme mansão que mais parecia a réplica de um castelo.

- Moram bem os Salles não? - comentei.

- Sim, foi um presente da família real. - meu tio diz com simplicidade.

- Assim como a fazenda? - pergunto.

- Sim minha pequena. - eu amava quando ele me chamava assim. - Li quero que saiba que se fosse por mim você não precisaria fazer nada disso.

- Eu sei tio, eu sei que não temos culpa da situação e faço pelas meninas e pela fazenda.

- Eu lhe admiro ainda mais por isso. 

Nesse momento nossa carruagem chegou na entrada da mansão e um cordial mordomo veio nos receber com afabilidade.

- Senhor Marinho e senhorita Marinho, bem vindos a mansão Word. - ele diz fazendo uma reverência.

- Obrigada Ivo, é um prazer estar aqui. - meu tio diz e sinto vontade de revirar os olhos.

- Por aqui senhor Marinho. - ele aponta para o caminho onde deveríamos seguir.

Seguimos o mordomo por um longo corredor cheio de portas brancas e fomos anunciados ao chegar na última porta a direita, ao entrar vejo ser uma biblioteca muito grande e cheia de livros que me deram água na boca de passar a vista por todos de perto, mas havia um senhor muito simpático em um birô de moguino muito bem torneado que nos recebeu com um sorriso largo.

- Marinho meu amigo que prazer lhe rever. - ele disse dando a volta na mesa e cumprimentando meu tio. - Essa deve ser a senhorita Lizandra Marinho? - falou olhando para mim com um sorriso.

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