Capítulo 11 - Regresso

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Havia chegado uma carta dos vizinhos da fazenda em que nós precisaríamos voltar lá para receber umas ovelhas novas, para não ficar feio viajar sem informar a Eduardo e desejando arranjar desculpas para vê-lo, decidi mandar fazer dos bolinhos que s...

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Havia chegado uma carta dos vizinhos da fazenda em que nós precisaríamos voltar lá para receber umas ovelhas novas, para não ficar feio viajar sem informar a Eduardo e desejando arranjar desculpas para vê-lo, decidi mandar fazer dos bolinhos que sua mãe gostou e ir levar, assim eu o veria e lhe diria pessoalmente que estaria indo viajar por duas semanas.

Ao chegar na mansão de surpresa sem ser avisada, eu e Laura fomos recebidos por seus pais e pela chata da Cibelle. Já na mesa de café da manhã que nos ofereceram que ficássemos para participar junto com eles percebo que nem ele nem o irmão estão na mesa e parece que a mocreia de minha cunhada lê meus pensamentos que diz.

- Eduardo e Rafael não passaram a noite em casa papai. - a revelação dela faz com que eu cuspa o suco que acabei de colocar na boca e a mãe dele se engasgue.

- Eu não lhe perguntei nada. - o pai diz seco olhando de mim para a esposa que nos recompomos.

- Mas eles foram ao clube eu os ouvi combinar. - ela insiste no assunto.

- Cibelle se não sabe comer calada vá comer na cozinha. - o pai dela diz e ela revira os olhos e faz um ar de riso, parece que ela havia conseguido plantar o veneno que queria.

- Neri sabe onde eles estão? - o homem pergunta a mulher ainda me olhando de lado.

- Não me disseram mas o mordomo disse que saíram para resolver algo.

- O senhor sabe papai que eles amam ir ao clube.

Não deu tempo o pai deles reclamar ouvimos o barulho de cavalos chegando e como algo natural todos se levantam para ir ver que chega. Eu percebo que são os rapazes e antes de meu sogro chegar a porta digo só para ele. - Por favor eu e minha irmã já estávamos de partida sim?

Ele me olha e pisca selando nosso acordo e eu consigo respirar aliviada em saber que estou liberada de voltar a mesa. Nesse momento os dois se aproximam da porta e são recebidos por seu pai e todas nós.

 - Onde diabos vocês dois se meteram? - disse o pai ainda na entrada.

- Pai nós podemos explicar. - fala Eduardo me olhando assustado.

- Hum papai pelas marcas de batom no colarinho de Rafa eles estavam no clube. - Cibelle fala.

- Com licença. - Rafael diz adentrando sem nos olhar.

- Rafael tome banho e vá para meu escritório. - disse o seu pai. - Cibelle entre não precisa mais acompanhar as senhoritas até a carruagem, Eduardo as guiará.

- Já estão de saída? - pergunta olhando para mim e me faz revirar os olhos.

- Estamos desde cedo, viemos deixar alguns itens que fizemos para o desjejum de vocês. - Laura diz olhando de mim para ele.

- Ah Laura aquela peça que lhe prometi está na minha mesa na biblioteca não quer levar agora? - ele pergunta a ela e a faz rir de alegria. - Pode guiar Laura papai?

- Claro filho, venha senhorita. - vejo que estão indo nos deixando a sós e finjo estar olhando para o nada.

Quando eu percebi que iria falar e com certeza para justificar a ida até o clube e as roupas amassadas junto com o cabelo desarrumado eu o interrompo.

- Por favor milorde não faça o que está pensando. - digo acenando com a mão também.

- Como sabe que iria tentar me justificar?

- Seu olhar de cachorro abandonado. - falo entredentes.

Percebo que ele sorriu mas ainda assim não me desarmo. Ele não tinha o direito de passar a noite fora em uma farra sendo noivo.

- Temo que me conhece melhor do que eu a senhorita. Eu fui sim ao clube mas... - eu não o deixo concluir falando:

- Eduardo por favor eu estou lhe pedindo que não faça isso, não é nada meu lembra? Nosso noivado é uma fachada assim como será o nosso casamento. - eu odeio quando sinto vontade de chorar, é hora de sair de perto dele. - Para mim importa que não seja debaixo do mesmo teto que eu esteja.

Começo desce ligeiro os degraus iria esperar minha irmã na carruagem e não daria ouvidos a ele afinal eu já sabia o libertino que era ao aceitar essa droga de contrato. Mesmo assim sinto que vou chorar e também sinto que sou impedida de adiante por ele ter segurado minha mão.

- Lizandra afirme-me que não está magoada comigo. - pede.

- Não estou, agora se me dá licença preciso realmente ir. - não teria mais forças para olhar em seus olhos, não hoje. Entro na carruagem e fico tentando não ter uma crise de choro ali com ele tão perto, assim que Laura entra partimos e peço que ela não comente nada em casa do ocorrido, ela animada com a peça nas mãos aceita guardar segredos.

- Li ele disse o que da viagem?

- Não sabe, não disse. - eu não iria mais pedir permissão a ele para viajar, até porque ele não manda em mim e não me pediu permissão para ir até o clube ficar com aquelas mulheres.

Quando chegamos em casa agilizei tudo para viajar assim que amanhecesse o dia, iria eu, Laura e tia Ada tendo em vista que tio Zé não poderia ir conosco. Ao chegar na fazenda eu me sinto regressando as minhas origens e começo a organizar tudo no mesmo dia que cheguei, quanto mais coisas eu fizer, mais ocupada minha mente ficará e não terá tempo de pensar em quem não deve.

 Ao chegar na fazenda eu me sinto regressando as minhas origens e começo a organizar tudo no mesmo dia que cheguei, quanto mais coisas eu fizer, mais ocupada minha mente ficará e não terá tempo de pensar em quem não deve

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