Capítulo 4 - Ninguém me entende!

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Após a morte de nosso pai eu passei a cuidar das minhas irmãs como se fossem minhas filhas, agora estamos já ha quase quinze dias aqui na casa de tia Ada e tudo que eu escuto é sobre esse estrupício de contrato de casamento

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Após a morte de nosso pai eu passei a cuidar das minhas irmãs como se fossem minhas filhas, agora estamos já ha quase quinze dias aqui na casa de tia Ada e tudo que eu escuto é sobre esse estrupício de contrato de casamento.

Minhas irmãs mal falam comigo e não paro de ouvir discurso de como estou sendo egoísta e injusta; o único que até agora não disse nada foi tio Zé, mas eu o vejo suspirando pelos cantos típico dele quando está preocupado.

Agora me digam se é justo eu me sacrificar casando com uma pessoa chata, feia e mulherengo? Claro tem o assunto chamado dote, que interfere me deixando balanceada por aceitar, mas de qualquer maneira ainda não sei.

Estava eu muito calma e tranquila na sala de leitura quando todas as meninas entram junto com tia Ada esperar tio Zé ler a carta que recebeu do tal duque.

- Então José o que diz? - tia Ada questiona.

- Ele quer conversar com agente para definir os tramites do contrato.

- Mas que contrato? - pergunto indignada.

- O seu com o filho do duque ora essa. - diz Laura de cara feia para mim.

- Mas eu não aceitei nenhum contrato. - digo já me levantando.

- Não tem o que aceitar minha filha, eu dei a minha palavra que casaria uma de vocês com o filho dele. - tia Ada diz com diplomacia.

- Tia a senhora teria que deixar eu decidir é minha vida.

- Desculpa Lizandra mas a decisão da sua vida interfere na nossa e acha justo não nos casarmos porque você faz capricho? - pergunta Laura.

Saio de lá com meu livro na mão, em direção ao meu quarto e só me dou conta que choro quando escuto meus soluços. Não percebi que dormi até ser acordada por Laís que me trouxe o jantar.

- Já vamos jantar? - pergunto sentando na cama.

- Passou a tarde trancada aqui, pensei que quisesse jantar aqui também.

- Obrigada. - levanto e me dirijo até a mesa para comer pois realmente estou com fome.

- Você sempre comeu muito quando está nervosa.

- Nervosa, com raiva e indignada me deixam com fome. Ah e ansiosa também.

- Li, não quero ser chata em tratar esse assunto com você mais porque não quer aceitar? Nem deu uma chance de ver quem seria o rapaz.

- Eu me prometi que nunca iria casar Laís. - abaixo minha cabeça apoiando a testa nas mãos.

- Você sabe que uma mulher solteira na nossa sociedade é mal vista.

- Eu sei.

- Então? O que impede de nos casarmos?

- Você pode casar mas eu não. Vou falar uma coisa, eu não quero casar para não ter filhos e morrer e deixá-los sofrendo como nossos pais fizeram com agente.

- Li, o que aconteceu foi uma fatalidade.

- Quem me garante que não acontecerá comigo alguma fatalidade?

- Eu tive uma ideia, porque não conhece o rapaz primeiro e faz com que ele renegue você? Nós ficaremos com a fazenda ainda.

- Laura não me perdoaria ficar sem o dote. - respiro forçado ao lembrar da cara dela.

- Mas para isso teremos a fazenda, casaremos as mais novas e ficamos juntas.

- Eu te amo irmã, talvez sua ideia dê certo.

- Eu sei que sou o máximo.

- Por favor não conte a ninguém que vou tentar de tudo para ser rejeitada?

- Claro que não contarei.

- Então vá diga a tia Ada que marque a visita ao tal duque.

- Será amanhã no chá da tarde.

- Já? - me alarmo com a proximidade.

- Bom quanto mais cedo se verem mais cedo ele desencanta não?

- Pobre de mim que padeço na corte. - jogo-me na cama com as mãos nos olhos.

- Vem precisamos escolher uma roupa para você.

- Peça emprestada a roupa de um dos empregados, acho que me servirá.

- Para nossa família terá que manter as aparências ou as guerras continuarão.

- Não vou fingir morrer de amores por um libertino.

- Mas não poderá falar mal dele.

Ao ouvir essa última frase é inevitável não revirar os olhos. Entramos no closet e ficamos horas escolhendo um vestido que todos tem defeito para mim.

 Entramos no closet e ficamos horas escolhendo um vestido que todos tem defeito para mim

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