Capítulo 6 - Eduardo Salles

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Ser o primeiro filho de uma família não é fácil, não pude me formar em administração de empresas que queria pois teria que seguir a profissão de meu pai

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Ser o primeiro filho de uma família não é fácil, não pude me formar em administração de empresas que queria pois teria que seguir a profissão de meu pai. Não pude estudar em Paris pois tinha que estudar em Portugal pois ele havia estudado lá. Enquanto minha irmã brinca de ser patricinha e meu irmão cursa o que bem entender a ele que era medicina e passa as noites no cassino eu sofro tendo que ser a sombra de meu pai.

A mais nova de meu pai era me casar, lembro como hoje quando me apaixonei pela prima Lívia e ele não deixou eu me casar com a menina pois disse que não era para mim, se minha prima filha de um visconde não era para mim quem seria?

Eu verdadeiramente achava que amava minha prima e sofri uns bons anos até saber que ela estava casada e com filhos, então resolvi trancar meu coração para não dar brecha de ser pisoteado, pois o amor é isso pisoteia o coração de quem ama sem pena.

Voltando para o casamento, ele inventou um contrato maluco dizendo que eu teria que honrar o nome de um amigo que morreu e deixou quatro filhas, para isso eu iria me casar com a mais velha que tem a mesma idade minha. Eu estou possesso com esse assunto, não quero me casar com ninguém e muito menos por caridade.

Na semana que foi marcado por meu pai para eu conhecer a tal moça, eu saí para galopar com dois amigos e combinei com eles de levar minhas primas até nossa casa na mesma hora que a coisinha estivesse lá, conhecendo minhas primas esnobes e metidas a ricas eu iria colocar a minha prometida no lugar dela.

Ao chegar na mansão atrasado como sempre esbarro em uma pessoa no corredor e ao olhar para a pessoa que bati, vejo uma coisa linda que mais parece uma boneca de porcelana, porém de uma altivez e determinação que não deixam qualquer um se aproximar, na mesma hora imaginei ser a criada de minha nojenta noiva e desejei tê-la me servindo após o casamento, não iria achar ruim ter uma amante debaixo dos olhos da minha mulher, isso se a minha amante fosse essa joia de empregada.

Meu queixo caiu ao entrar na sala e ver que a joia pela qual eu quase me derreto era a minha futura esposa, uma pessoa simples, bonita, orgulhosa, prepotente, linda e linda eu já disse? Não eu não iria cair de quatro por essa aí não, na primeira oportunidade iria me humilhar, tenho certeza.

Ri por dentro ao ver que meu plano havia dado certo minhas primas estavam tagarelando sem parar e meu irmão visivelmente se divertindo com a cara de incomodo que minha irmã estava e da minha noiva também. Noiva? Não eu não vou morar com essa mocreia não.

Sou desperto dos meus pensamentos ao ouvir:

- Mas é cedo, fique para o jantar. - minha irmã dizia me olhando como se quisesse que eu ficasse só com ela.

- Eu prometi a minha tia que estaria em casa para o jantar, obrigada não poderei aceitar.

- Vai para o sarau? - a prima Cely perguntou.

- Sarau? - ela indagou, será que sabe o que é?

- Sim aquelas festa onde tem uma peça de teatro ou apresentação de p...

- Eu sei o que é um sarau. - interrompeu ela a Cely. - Só não estava informada que haverá um.

- Ela vai Cely. - eu disse fazendo com que ela me olhasse feio. - Nós vamos a todos os eventos, a sociedade precisa conhecer minha futura esposa. - eu estava amando mexer com ela e não sabia porque. - Venha querida lhe acompanho até a carruagem.

- Nos vemos no sarau querida. - soou tão falso a voz de Cely que até eu fiquei enjoado.

Quando nos retiramos da sala a atrevida não poderia ficar calada e diz.

- Não precisava ter feito aquilo.

- O que fiz?

- Me feito sentir ridícula.

- Mas eu só confirmei nossa presença e não isso que os noivos fazem? - ela estava irritada e era tão linda assim.

- Eu não vou a nenhum sarau.

- Vai sim, é minha futura esposa e terá que me acompanhar. - segurei no braço dela e a conduzi até lá fora. - Olhe aqui sua coisinha, eu também não quero isso se é isso que está tentando me dizer com esse chilique, mas já que temos que fazer eu não vou passar vergonha na sociedade da corte chegando sem minha noiva, pode se preparar que iremos no sábado para esse evento e tantos outros que vier.

- Não manda em mim, não é meu dono.

- Se fosse estaria frita, ainda bem que não sou, só não me afronte.

- Se não? - ela fez o que? Me afrontou?

- No interior de onde veio não lhe deram educação não?

- Eu sou educada com quem merece que eu seja.

Ouvimos um barulho e imediatamente paramos de discutir, era o tio dela que se aproximou de mim e cumprimentou nos olhando estranho, estava na cara que ele havia ouvido nossa discussão. Me despedi deles e entrei indo me trancar no meu quarto, conhecer Lizandra me deixou exausto.

 Me despedi deles e entrei indo me trancar no meu quarto, conhecer Lizandra me deixou exausto

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