Capítulo 8 - Um acordo

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 " A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos

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 " A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós. "

Jane Austen

Uma semana desde que Eduardo me deixou falando sozinha na colina, uma semana que não sei notícias sua e que manda justificativas de ausência para meu tio. Eu preciso dizer a ele que não é por nenhum homem, mas por medo deles.

Hoje a irmã e a mãe virão visitar minha tia que está enferma e para falar a verdade eu não queria vê-las, mas temo que não tenho outro jeito, minhas irmãs não estão em casa e meu tio não as receberia sozinho.

- Lizandra? - ouço tio me chamar.

- Sim tio?

- O que há com você? Anda estranha demais. - ele pergunta vindo perto de mim.

- Não sei tio, acho que são só lembranças da fazenda.

- Pode passar a lua de mel lá que acha?

- E-eu v-vou ter lua de mel?

- Mas é claro minha querida, todo casal tem.

- Ah. - me limito a dizer isso e volto a cabeça ao livro mas não me concentro na leitura.

Meus pensamentos vagam na pessoa que tem tirado minha paz, como vou conviver com um homem que além de não gostar de mim não acredita em mim?

- Lizandra vá olha sua tia que vou receber as visitas.

- Com prazer tio. - falo com um ar de riso em não ter que ir abrir a porta para a chata da minha cunhada.

Ao chegar no quarto vejo que minha tia esta bem animada e me pede para lhe ajudar com a muda de roupa. Eu ajudo e chamo a criada para levar as roupas sujas deixando minha tia um pouco sentada.

- Tia vou lhe buscar um chá com biscoito?

- Oh sim minha querida por favor. - ela diz com um sorriso.

Saio do quarto da minha tia que fica no segundo andar e resolvo ir pela passagem dos empregados, mas desviando para passar pela varanda do primeiro andar que dá acesso a cozinha por uma escada atrás das plantas.

- Sir Salles? - falo ao dar de cara com ele na varanda que liga a sala de estar e os quartos do primeiro andar.

- Senhorita Marinho. - ele faz uma vênia para mim e sinto sua ironia.

- O que faz aqui? - pergunto olhando ao redor e constatando que ele está só.

- Pedi a seu tio para ir na biblioteca ele me apontou o caminho e temo estar perdido. Nos encontramos por acaso novamente?

Por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora