Capítulo 7 - Pensamentos

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  „Há uma teimosia em mim que nunca pode suportar a ser assustado com a vontade dos outros

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  „Há uma teimosia em mim que nunca pode suportar a ser assustado com a vontade dos outros. Minha coragem sempre aumenta a cada tentativa de me intimidar."

Jane Austen 


Eu estava vivendo o sossego e a paz de minha família pensar que estava enamorada por um certo homem arrogante e chato que irei ver daqui algumas horas, só de imaginar que terei que fazer sala para ele meu estômago revira, lembrar dele é maravilhoso e tortuoso ao mesmo tempo. Não posso dizer que ele é um homem feio pois não é, tem uma beleza e um certo charme, porém eu não posso e não devo me apaixonar, sem falar que, ele retira de mim os mais fortes e profundos sentimentos de raiva e a minha teimosia aflora com o simples fato de ouvir pronunciar o seu nome.

No entanto após a ida até a mansão dos Salles tenho conseguido ler, fico andando pela propriedade de minha tia hora a sombra de uma árvore e hora na colina, isso sem falar dos jardins que são magníficos para exercer leitura. Sem cara feia, sem brigas além as que travo dentro de mim.

Resolvi fazer um acordo com Eduardo, vou tentar hoje não avançar no pescoço dele para matá-lo e firmar um acordo de paz. Se ele aceitar eu serei a mulher mais feliz de toda a província brasileira.

-"Perdoaria mais facilmente sua vaidade, se ele não tivesse ofendido a minha." - leio em voz alta enquanto caminho e não percebo o momento exato que meu corpo tomba com algo grande e meu livro cai me fazendo quase cair também, mas sendo segurada por grandes mãos.

- Senhorita Marinho está bem?

Ainda de olhos fechados pois pensei que iria ao chão ouço a voz que reverbera em todo meu corpo me fazendo abrir os olhos instantaneamente.

- Sir Salles?

- Vejo que quando se assusta fala inglês. - ele diz ainda me segurando. - A senhora vinha distraída e confesso que não pensei que fossemos bater, foi por acaso.

Por acaso, aquela palavra me pareceu quase inventada por ele para justificar ter me atropelado.

- O senhor precisa para de trombar em mim senhor. - digo tentando me soltar dos seus braços pois percebo que consigo sentir sua respiração que provoca uma certa agitação na minha fazendo com que meu corpo enrijeça.

- Já lhe disse que não foi proposital.

- P-pode me soltar?

- Outra coisa que observei que gagueja ao ficar nervosa.

- N-não estou nervosa, só me assustei.

- Se eu soltar a senhorita promete não cair?

- Cair?

- Sim, tempo que ainda não está firme em suas pernas. - ele diz com um leve sorriso.

Eu me desembaralho dos braços dele e vou socorrer o livro que está no chão ainda. Ao levantar o vejo com as mãos nos bolsos me olhando como se eu fosse uma presa e ele o lobo. Que visão linda eu vi, mas tenha foco Lizandra não pode se apaixonar.

Por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora