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Enfim era sexta-feira. Chegou o dia do esperado encontro. Ryan estava ansioso, até demais, tudo isso só aumentou quando ele falou com Adam pelo telefone.
O soldado havia sido chamado para uma reunião de veteranos na Casa Branca junto com o presidente, eles iam conversar sobre a segurança deles e o atentado que sofreram no Iraque. Isso deixou o rapaz pensativo, mas ele sabia que aquele não era o dia de ficar martelando sobre esse assunto, ele só queria que chegasse a noite logo, para poder ir buscá-la e irem jantar.
...
O mesmo fazia Sophie. A menina pensava de segundo em segundo no encontro e não mal esperar para dar a hora de começar a se arrumar. Ela já havia escolhido o vestido, havia ficado horas e horas tirando e provando roupas até finalmente achar um que a agradasse.
— já sabe o que vai vestir por baixo? — Caroline perguntou enquanto almoçavam juntas
— o que? Como assim?
— ai Sophie, não se faz de besta. Sabe do que eu estou falando. Cara, você vai finalmente sair com alguém, tem que vestir alguma langerie bem quente, algo que ele olhe e pense "nossa, tenho que tirar isso dela!", entendeu?
— okay, obrigada pela ajuda, mas não vamos fazer sexo no nosso primeiro encontro tá. E eu também não estou pensando nisso. — Sophie disse dando um gole em seu suco
— você não está, mas não sabe se ele pensa como você. Homens são todos iguais, Sophie, vai por mim.
— tá mas, e se esse for diferente? Olha, quer saber, chega de falar nisso e vem me ajudar a arrumar o cabelo — a menina disse se levantando e recolhendo os pratos da mesa
O dia passou voando e logo caiu a noite. Sophie estava uma pilha de nervos. Levou Shy pra casa de Peigge e Carol e ficou em casa esperando Ryan.
...
Enquanto isso, ao se arrumar, Ryan recebeu a visita de sua mãe em seu quarto.
— vai sair? — ela perguntou encostando na porta
— ah, oi mãe. Vou sim.
Ele disse terminando de vestir a calça.
— não vai mesmo me dizer o nome dela? — ela perguntou e o filho a olhou como se esperasse que ela não tivesse esquecido do que ele disse — já sei, na hora certa.
A mãe do menino levantou os braços em redenção e se aproximou dele.
Assim que Ryan vestiu suas blusas, ela se pôs em frente a ele e arrumou a gola da roupa, o olhando passivamente.
— pode me dizer pelo menos se é um encontro? — a mulher perguntou sorrindo
— sim Srta. Jones, é um encontro. — ele confirmou e os dois riram.
Ela continuou olhando para o rapaz e logo depois saiu do quarto. Ele fez tudo o que faltava e finalmente desceu as escadas para ir à casa da jovem que o esperava.
— querido? Espere — disse sua mãe antes que ele saísse
— toma — ela estendeu a mão e o deu uma chave — não quero que vá buscar ela a pé, nem que a leve e a traga assim.
— que chave é essa? — ele perguntou rindo
— está na rua vizinha, na garagem do seu tio Andrew. — ela colocou o objeto na mão do moço e fechou a mesma — é da caminhonete do seu pai.
Ela disse com os olhos marejados, iguais aos dele.
— do meu pai? Mas eu achei que....— ele não terminou a frase e sua mãe o disse:
— eu sei, você pensou que eu havia vendido para pagar as contas, mas não. A caminhonete era o bem material que seu pai mais amava, nos ajudou muito e eu não quis me desfazer dela, ela me trás tantas lembranças dele.
A mãe de Ryan já derramava algumas lágrimas.
— obrigado — Ryan disse com um nó na garganta
— agora vai e divirta-se com a sua namorada.
— ela não é minha namorada — ele falou rindo da curiosidade da mulher
Ele saiu de casa e foi até a casa do tio buscar a caminhonete. Ryan tinha o coração apertado, ele se lembra de quando andava no veículo com o pai, ele iria recordar momentos incríveis quando a visse.
Ao chegar na casa do tio, que parecia estar vazia, o soldado procurou nas chaves uma que abrisse a garagem, foi rápido e ele já estava dentro do ambiente e de frete a uma lona que cobria algo.
Não demorou muito para que ele a tirasse e visse ali o carro de seu pai, do mesmo jeito que ele a deixou.
eu dirijo seu caminhão
eu rolo cada janela para baixo
E eu queimo até
Cada estrada de volta desta cidade
Eu encontro um campo, eu romperei
Até que toda a dor é uma nuvem de poeira
Sim, às vezes eu dirijo o seu caminhão
Lee Brice - I Drive Your TruckRyan ia rumo à casa da garota, mas estava com o pensamento longe, cada detalhe do carro o fazia lembrar de seu pai.
Tudo estava exatamente como ele lembrava.
Uma blusa do exército que havia dado ao pai estava no banco de trás, o boné que o homem usava quando saía com o filho, no painel. No espelho, um colar pendurado, foi a primeira dog-tag que o rapaz havia ganhado assim que se alistou, mandando a mesma como presente para seu pai tempos depois.No porta luvas ainda achou uma foto do homem e outra que tinha os dois juntos, pelo visto o seu pai nunca esquecera do filho uma só vez.
O soldado não queria chorar, mas era difícil esconder a saudade e os olhos marejados. A sorte foi que ele a viu, e como de costume, esqueceu tudo e sua mente só processou a imagem da jovem parada a espera dele.
Azul nunca foi uma cor tão linda até àquele momento.
Sophie abriu um lindo sorriso ao vê-lo chegar.
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𝑅𝑌𝐴𝑁 𝐽𝑂𝑁𝐸𝑆 "Cᴀʀᴛᴀs Pᴀʀᴀ O Sᴏʟᴅᴀᴅᴏ"
Romance❝Hoje, eu olharei para lua, e saberei que em algum lugar Você estará olhando para ela também❞ SPARKS, Nicholas. O amor para uni-los. Uma guerra para impedi-los. "Será que tudo não passou de um sonho?" [{⚠️ Se você estiver...