Capítulo 10 - Tendências de Orgulho e Abandono

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Dois dias se passaram e Destinia ainda não havia se pronunciado sobre o infortúnio na Torre Tempus. A mídia estava atualizada não só com a Torre, mas com os comentários das pessoas também. O ataque aumentou a popularidade da Armada. As pessoas querem saber das medidas de Destinia, mas também querem saber o que a antiga Mestra Saga acha sobre tudo isso. A Conselheira também se negou a dar qualquer palavra sobre ao assunto, dizendo que isso não estava mais ao alcance das responsabilidades dela.

     O que o General achava disso? Nada demais. Agora mesmo ele estava com um copo de bebida em sua mão em sua sala de trabalho acompanhado de Leonis. Estavam jogando batalha naval usando um holograma. Cada um estava sentado em um sofá em frente ao outro, separado apenas pela mesa. Mesmo com um comentário de que o jogo era tão velho quanto o General, Leonis não negou a jogatina. Era terceira rodada e não tinha ganhado nenhuma vez. A televisão estava ligava no canal de notícias.

    A relação dos dois se baseava em ordens, alfinetadas, insultos, e admiração ainda existente de Leonis e reconhecimento de potencial por parte de Lucius quanto ao soldado, porém os dois são orgulhosos demais.

― Lá se foi outro navio seu. Jogar com você não tem graça. ― Lucius não se segurava ao provocar.

― Essa merda de jogo que você já deve ter jogado umas quinhentas vezes há tanto tempo deve ser bem fácil para você. ― O loiro soa frustrado sem deixar de olhar para o holograma, agora pensa em seu próximo passo.

― Como assim há tanto tempo? ― A ironia estava na ponta da língua do General.

― Não fode, Lucius, você é um Albicilla.

― Um Nox Albicilla. ― Fez questão de corrigir. ― Eu não estou ligado por completo à casa Empírica. Se o tempo quiser me levar que me leve. Você iria adorar, o lugar de um General seria seu... Provavelmente.

― Então essa praga do Tempo tem que fazer seu trabalho logo. ― Leonis clicou em um dos quadrados. ― E então? ― Um barulho de negação indica que nada aconteceu no jogo de Lucius. ― Merda.

― Você é péssimo. ― Diz Lucius entre risos. ― Talvez eu deveria beber mais para dar uma chance para você.

― É só uma questão de tempo para poder entender sua estratégia.

― Ao invés de pensar na minha estratégia deveria pensar na sua.

― Tsc... ― Leonis olhou para TV. Naquele momento estava mostrando a Torre Tempus.

― É sua vez, por sua sorte não aconteceu nada no seu lado do jogo.

― General... ― O Soldado se inclinou um pouco para frente. ― Falando em tempo, o que acha que vai acontecer depois que vimos a Armada na Torre?

― O de sempre Leonis. Mais pessoas ignorantes vão se juntar a eles, vamos acabar matando essas pessoas mais cedo ou mais tarde e derrubar a Armada. Dessa vez de uma vez por todas. Até lá, a melhor forma de mostrar que está tudo bem, no caso, que a elite e a Monarquia estão bem, é agindo normalmente.

― Ou seja, continuando a agir por debaixo dos panos. Conspiração.

― Não vou negar que não existe conspiração. ― Lucius deu ombros e encarou o soldado pelo holograma. ― Mas outra forma de demostrar que está tudo bem é com festas. Que dia é hoje?

― Oitenta de Anavíosi.

― No dia quarenta e três teremos uma festa na Morada Real com a elite. É uma mensagem clara de que tudo está bem. Estaremos lá também.

― Ainda assim.......Isso é apenas uma ilusão, Lucius. Até agora não vi nenhuma ação de verdade de nenhum dos lados.

― A guerra tem seu tempo, Sitientem. Passou tanto tempo dentro da Invictus que acha que uma bomba pode cair do lado do prédio espiral e logo iremos sair para combater qualquer filho da puta que seja. É irritante como você insiste no assunto. ― Lucius clicou no holograma e também não teve nenhuma sorte. ― Sua vez.

Empíreo do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora