Capítulo 30 - A Corrupção da Mente

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Dez minutos antes das explosões.

— Majestade! — Chamou Ligia andando atrás de Regina, tentava acompanhar a mulher da melhor forma que podia. — Deveríamos voltar, não deveríamos estar aqui!

— Onde está sua fidelidade a mim, querida Ligia? — A Rainha respondeu sem parar seu passo. — Comigo você estará segura, eu te garanto, não sou da Duo Corvus, mas eu sei me defender desde sempre, afinal, devo honrar os dotes da minha família também.

— Mesmo assim, ainda é muito arriscado para Vossa Majestade.

      Quando Regina parou o passo, Ligia pensou que teria finalmente mudado a estranha vontade da Rainha de estar ali, mas a forma que Regina a olhou assim que virou para si foi o suficiente para saber que havia irritado a mulher. Ela se aproximou de Ligia que estava com medo do que poderia acontecer consigo, tanto que deu alguns passos para trás e daria outros se não fosse pega pelo pulso de forma bruta para que não se distanciasse mais.

— Pois então que vá você, sua garota medrosa. Eu prefiro estar só do que estar com você reclamando a cada malditos cinco segundos. — Regina soltou Ligia com um empurrão para trás que fez com que mesma caísse no chão. A marca dos dedos ficara no pulso de Ligia no qual ela observava. — Não espere que eu te leve até a saída, isso será problema seu.

    A acompanhante da Rainha não tinha nada a responder a isso, se levantou apenas para respirar fundo sem esconder que estava magoada pelo que acabara de acontecer. Sentia que não tinha necessidade de ter sido tratada assim.

   Agora sozinha, ou melhor, não necessariamente sozinha, quem tivesse a coragem de observar a Rainha andar tinha o total direito de achar uma cena bizarra, pois às vezes ela andava como se estivesse com dificuldade ou como se algo a impedisse, quase que um impedimento sobrenatural.

— Agora as coisas estão fáceis sem a Ligia, não sei como pude pedir para ela vir. — Falava consigo mesma tão alto que a sensação que passava era de que queira que alguém ao seu lado a ouvisse. — Tudo bem, agora estou perto.

    A porta em que a mulher parou em frente era parecido com as portas duplas do elevador, a espada de Regina ganhou um brilho vermelho e com um movimento brusco na vertical, o golpe da espada cortou a porta dupla. Ainda com um pedaço da porta em seu caminho para o lugar onde ela queria entrar, Regina chutou a porta para acabar com este pequeno problema. O sorriso maníaco era de pura vitória, mas que se desfez em uma surpresa não agradável aos seus olhos quando viu Romanus com alguns Rebeldes que foram convencidos de que lutavam por uma causa superficial. No final das contas, o prédio era realmente uma busca por algo. Leander buscava as ovelhas negras para exterminá-las por traição, Lucius queria informações e Adastrea queria vidas.

— Droga, a Rainha está aqui. — Sussurrou Romanus, ele estava com um dispositivo em seu ouvido que mantinha contato com Adastrea e Jinx.

A Rainha? Mas por quê? — Perguntou Adastrea.

— Não sei, mas ela chegou destruindo a porta, não deve ser o dia dela.

Estou chegando. — A fala de Jinx o deixou mais tranquilo.

— Vocês, precisam sair no prédio agora mesmo! — Romanus ordenou para os Rebeldes que estavam confusos com a presença de Regina. — Vão para o lugar que combinamos, tenham cuidado.

   A Rainha não reagiu com a locomoção dos Rebeldes, isso não era problema dela, poderiam passar seu lado que ela não reagiria. Os dois olhavam um para o outro sem uma palavra se quer ser dita, Regina estava analisando a situação e Romanus aproveitou este breve momento para pegar sua espada de porte médio. Ele respirou fundo na tentativa de se acalmar e lembrar dos treinamentos com Jinx, mas era inegável, o rapaz estava nervoso.

Empíreo do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora