Capítulo 7

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DG

Assim que cheguei na casa do Nando, me sentei com os moleques que ficaram falando besteira. Mas nem rendi muito assunto, acendi meu baseado. Ficamos ali. Logo Catarina chegou com uma mina. Eu nunca tinha visto ela por aqui não. Catarina veio na mesa que eu tava com os moleques, cumprimentou todos eles, eu apenas balancei a cabeça, mas meus olhos não saiam da morena. De onde essa mina veio, mano?

Nando: Tá viajando mané? - riu - Vamos de truco?!

DG: Achei que não ia chamar!

Ele foi andando e veio trazendo a morena que eu olhava desde quando ela chegou com a outra doida. Não acreditei que ele chamou uma menina pra ser a dupla dele, mas levei uma surra braba da mina no truco. Mas vai ter volta!

Cara, quando ela tirou a roupa esses pau na lomba faltaram cair matando. Mas também não tinha como não olhar pra aquele corpo. Nando estava vindo na direção da porta. Segurei o seu braço.

DG: Qual é a daquela ali? - disse olhando morena - ela é de onde?

Nando: A Lua? - ele riu - Ela é daqui, mas a menina é direita, pensa no futuro. Não é de ficar na rua não. É tanto que nunca deve ter visto ela na rua né? - nego com a cabeça - Pois é.. - saiu de perto de mim

Fiquei pensando no que ele tinha dito, dei de ombros, mas ainda não consegui tirar o olho da maldita.

(...)

Ela veio se despedir dos meninos, eu tava do lado do Nando, eles ficaram falando de baile, a tal da Lua disse que não iria.

Igor: Que pena hein, morena?! - ela sorriu pra ele. Eu encarei ele, logo voltei a olhar pra ela, com certeza ja vai cair que nem peixe na do Igor. Me levantei indo embora e vi os moleques vindo atrás.

(...)

Deixei uns vapores cuidando da boca, outros fazendo a ronda, principalmente na frente do baile. Logo seria feito um rodízio, para que os moleque também pudesse curtir um pouco do baile. Sempre pegava os mais novos para fazer isso, ja pra saber que essa vida não é fácil. Nunca dei mole, assim como não deram pra mim! Já entra nessa vida sabendo que não vai ser fácil, e se desistir, eu fico feliz por saber que vai ser menos um iludido na vida do crime.

Tomei meu banho, coloquei meu traje, o melhor perfume, porque eu sempre fui chato pra cheiro, como eu quero pegar as doida cheirosa se eu estiver fedido? Aí fode!

Hoje o baile vai estralar!

Cheguei olhando toda aquela movimentação, esfreguei minhas mãos uma na outra e subi direto pro camarote, me sentei no sofá e logo algumas meninas vieram rebolar na minha frente, fiquei de boa enquanto bebericava minha cerveja.

Logo avistei Catarina entrando, olhei fixo para ver se via a morena, amiga dela, porém ela não tinha vindo. Passei o resto da minha noite ali, logo vejo Isabela se aproximando, já revirei os olhos só de pensar que ia ficar ouvindo a maritaca a madrugada inteira.

Assim que ela chegou, ficou me provocando. Ia arrastar ela pros quartinhos que tinha ali, mas quando dei uma olhada na pista, vi Igor chegando com a.. morena?

Meus olhos foram diretamente para sua roupa. Ela estava com um pedaco de pano, porque aquilo nao pode ser chamado de pijama.

Eles foram em direção ao Nando, ele tava com Catarina no colo, que estava desmaiada. Não pensei duas vezes em descer, joguei Isabela de lado e desci correndo.

DG: Qual foi com ela? - perguntei para o Nando enquanto via o desespero da amiga.

Nando: Eu não sei, acho que ela bebeu demais. - ele estava em desespero - você tá com seu carro aí? - assenti - Vou levar ela pro postinho, você vem Lua? - olhei pra ela, que tava com os olhos cheios de água e apenas assentiu.

DG: Vamo lá! - sai na frente, abri a porta de trás, a Lua se sentou e o Nando colocou a Catarina com a cabeça no colo dela. Eu entrei no motorista e Nando carona. Minutos depois já estávamos no postinho.

Eu mesmo peguei ela no colo pra que ela fosse atendida logo.

DG: Preciso de uma maca, rápido! A mina passou mal aqui tio! - disse entrando. Logo trouxeram uma maca e a amiga dela foi entrando, mas a enfermeira a barrou.

A mesma se sentou no chão chorando, eu me encostei na parede olhando pra ela. Nando veio até mim.

Nando: Mané, sei nem o que dizer, obrigada de coração! - apenas balancei a cabeça. - Lua, sai do chão! - a mesma negou.

Fui me aproximando dela, e me abaixei.

DG: E ai doida, fica assim não. Ela vai ficar suave, nem deve ter sido nada..

Lua: Ela é tudo que eu tenho! - disse olhando pra mim enquanto as lágrimas dela caiam - eu não posso falhar como melhor amiga, não pra ela! - voltou a abaixar a cabeça.

Na hora que ela me olhou, aquilo mexeu comigo, ver ela triste assim me deixou bolado, vou mentir não..

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