Capítulo 10

42 4 0
                                    

Lua

Sai do postinho as pressas, fui até o mercado, comprei as coisas pra fazer uma sopa, desci pra casa, tomei um belo banho, coloquei uma regata e um short, deixei meu cabelo secar naturalmente, passei bastante perfume e como não tinha dormido direito, passei uma maquiagem leve só pra esconder a cara de cansada. Tentei ligar pro Nando, mas o mesmo não atendia, então resolvi tentar sorte e ver se o mesmo estava na boca.

Fui passando de vagar e logo vi o Igor, menino que me chamou ontem aqui em casa. O mesmo quando me viu veio até mim.

Igor: E ai morena! - sorriu animadamente - tá suave?

Lua: Tô sim. Deixa eu te perguntar, o Nando tá aí? Preciso da ajuda dele. - nesse momento observei DG sair com aquela cara fechada que o mesmo sempre anda.

Igor: Ih morena, Nando teve que resolver uns negocios! Mas eu posso ajudar, o que era?

DG: Não tá trabalhando por que? - chegou encarando Igor, logo depois me fitando - Anda, vai trabalhar!

Igor: Chefe, vou ajud.. - DG o interrompeu

DG: Eu ajudo, pica o pé daqui! - Igor saiu é piscou o olho pra mim - Que qui pega?

Lua: Queria que o Nando fosse buscar a Catarina! Ela vai ser liberada agora. - a todo momento ele olhava dentro dos meus olhos.

DG: Bora ué! - ele saiu andando mas eu fiquei parada - tá parada aí por que? Anda!

Fui atrás dele, assim que eu entrei o mesmo saiu com o carro.

Lua: Por que tá me ajudando? - olhei pra ele que mantinha os olhos fixos no caminho.

DG: Vocês são do meu morro, tenho que ajudar os moradores. Fora que conheço a doida lá, só não sou tão chegado, não dou confiança, mas ela parece ser firmeza!

Fiquei em silêncio, ao chegarmos lá, ja fui entrando, mas novamente o problema da minha idade pra assinar os papéis.

DG: Qual foi? Ta tirando ne? Ela vai assinar essa porra sim! - disse chegando por trás de mim.

Logo a mulher assentiu assustada, assinei tudo, logo buscaram Catarina, assim que ela viu DG ficou surpresa, mas apenas o cumprimentou. Entramos no carro e paramos na porta da minha casa, ela agradeceu, eu desci para ajudar ela, entramos dentro de casa e eu saí para agradecer DG e pegar uns papéis que eu tinha deixado no banco.

Lua: Eu não sei nem como te agradecer...

DG: Eu sei! - ele me puxou pra dentro do carro, fechou a porta e me colocou em seu colo, olhei aqueles olhos castanhos, tinham um brilho naquele momento.

Começamos um beijo lento, sua língua pediu permissão e eu dei passagem, ele brincava com a minha o tempo inteiro, logo me aproveitei e para provoca-lo comecei a passar minhas unhas na sua nuca. O beijo foi ficando selvagem, ele puxou o meu cabelo enquanto apertava minha coxa. Só paramos porque faltou fôlego. Afastei um pouco os nossos rostos, mas ele ainda continuava a segurar minha coxa, e eu com a mao envolvendo seu pescoço. Ficamos nos encarando por instantes.

DG: Oh morena... - estreitou os olhos em mim - onde você tava escondida? - sua mão passeava pela minha perna, chegando até a bunda e depositando um tapa leve.

Apenas sorri para ele, não é por nada não, mas por um momento desejei que aquele momento demorasse um pouco mais, mas logo cai em mim.

Lua: Eu tenho que entrar, Cacati tá me esperando, tenho que cuidar dela.. - separei os nossos corpos, sai do seu colo me ajeitando no banco do passageiro e logo saindo. Me apoiei na porta e antes de fechar - Foi um prazer te conhecer, DG! - fechei a porta e agradeci por os vidros serem G5, porque todos os vizinhos estavam olhando.

50 Tons de FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora