Capítulo 26

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Lua

Eu não queria ver DG, não sabia o que falar, fazer ou agir. A todo momento me lembrava do momento qual tivemos, foi perfeito, exatamente como eu pensava, mas eu sabia que era somente aquela vez, mal terminamos o ato e ele ja teve que correr pra resolver treta das amantes dele, eu não quero ser mais uma!

(...)

Eu e Cati estávamos voltando da escola, passamos na frente da boca e falamos com todos os moleques, como sempre Igor muito simpático, ate gostava dele, mas sentia que DG queria matar o mesmo, porem nao posso fazer nada, afinal... Eu nao sou propriedade de ninguém.

Cati arrumou um desespero e saiu disparada de onde estávamos, logo corri atrás da mesma, alcançando ela chegando quase em casa. Bufei e gritei a mesma, que parou me encarando com cara de bunda, coloquei as mãos nos joelhos respirando fundo e fui de encontro a ela.

Lua: O que foi sua louca? Isso tudo é ciúmes? - me sentei no meio fio em frente a minha casa.

Cati: Olha Lua, não to com paciência, serio! - a mesma foi andar mas eu puxei sua mão e a fiz sentar - Ah mano, não é ciumes, mas porra... a gente vive numa putaria, ou é se comendo ou é brigando, e agora ele aparece desfilando de mão dada com outra? - ela olha pra frente e respira fundo - Claro que não estou com expectativa que esse nosso fogo de palha va pra frente, mas eu esperava pelo menos que ele tivesse o mínimo de consideração, por sei la o que. - apenas abracei a mesma.

Lua: Te conheço bem o suficiente pra saber que você não deve demonstrar 1% disso que demonstrou sentir agora, como acha que ele vai adivinhar? - a mesma me olha - Claro que não precisa se declarar, mas pelo menos demonstre estar feliz por te-lo perto ao menos. - sinto ela me abraçar apertado.

Cati: Você não me deixa esquecer um minuto o porque você é a minha pessoa. - ela se solta de mim - agora chega dessa palhaçada, to com fome. - ri da insensibilidade da mesma e entramos.

Novamente tia Rita não estava em casa, eu estava completamente preocupada e ja nao sabia mais o que fazer, liguei para a mesma que nao me atendeu. Fui ajeitar a comida e logo recebo uma mensagem.

Tia Rita: Oi meu amor, tem comida feita pra voce e pra Cati, a tia ta resolvendo uns negócios, vou demorar pra chegar, mas pode ficar tranquila! Beijos, te amo minha querida.

Suspirei aliviada por saber que a mesma estava bem, mas ainda sim estava tão ausente ultimamente, que algo em meu peito não me deixava ficar em paz.

(...)

Lavei toda a louça e subi para o meu quarto juntando toda a roupa suja e levando para o cesto, Cati me gritou dizendo que ia em casa, apenas respondi e voltei a minha atenção ao que tava fazendo. Fui colocando roupa por roupa enquanto cantarolava a musica do gás passando na rua.

Logo meu coração apertou quando dei de cara com a blusa de DG. Merda! O meu body! Ficou na casa dele, e a blusa dele comigo. Tia era detalista demais, e era sempre ela que lavava a roupa, meu body novinho senhor. Não vou deixar lá por nada, vou atrás.

Levei a blusa do DG pra lavanderia, lavei, enxaguei e torci o maximo que pude. Voltei, fiquei 10 anos secando no secador, coloquei dentro de uma sacola e segui plena indo levar o que é dele e pegar o que é meu. Não resisti e acabei passando um pouco do meu perfume, vai sentir meu cheiro sim!

Sai plena e quando fui chegando perto da boca vi que Nando estava la, e eu nao tinha contado nada para o mesmo ainda, ele com certeza iria ficar bolado comigo. Resolvi dar a volta e me deparei com um muro, tinham alguns tijolos por ali, juntei alguns e fiz uma espécie de escadinha, subi e dei um impulso pulando o muro, mas na hora de descer pro outro lado acabei me desequilibrando e cai em cima de umas cadeiras de aço que estavam ali fazendo um barulhão.

DG: Que porra é essa? - disse saindo com uma arma apontada.

50 Tons de FavelaOnde histórias criam vida. Descubra agora