O Idiota Do Meu Vizinho ❀ JiKook ❀

It's Okay, Dad! I Am Fine!

   Ao chegar em casa, Jimin sentiu como se o seu dia estivesse completo.

     Era raro chegar da escola e se deparar com seu pai, e mais raro ainda era almoçar e ter longos minutos de conversa com o mesmo.

      O mais velho era alguém bastante ocupado, e fazia de tudo para dar uma boa vida e um lar digno a seu filho. Jimin não tinha do que reclamar em relação a isso, quando se tratava de coisas materiais nada lhe faltava.

     Porém o senhor Park era alguém tão focado em preencher o vazio que a senhora Park havia deixado no peito de seu filho, com bens materiais, que acabou por se esquecer de coisas mais importantes.

    Carinho, amor e atenção.

    Não era sempre que o loiro podia contar com essas três coisinhas essenciais, e era por isso que agora ele está tentando aproveitar isso ao máximo, antes que algo estrague isso.

— Como foram as aulas hoje? — O mais velho perguntou, enquanto acariciava o couro cabeludo de seu filho. — Notei que você chegou alegre. Nenhuma reclamação sobre ter vindo a pé, nada de comentários depressivos sobre sua vida acadêmica. O que aconteceu?

— Nada demais pai. — Ele sorriu sem mostrar os dentes. — Algumas coisas mudaram de uns dias pra' cá. Apenas isso!

— O que mudou? — Perguntou curioso.

     O menor abriu a boca para respondê-lo, mas logo em seguida a fechou novamente. Não sabia se podia confiar em alguém que não aceitava o que ele era, na verdade ele sabia sim, que não podia confiar nele. Mas era seu pai ali, o homem que ele deveria confiar de olhos fechados, o homem que ele deveria compartilhar seus maiores e piores segredos; e não fingir ser alguém que não era na frente do mesmo.

— Eu só fiz uma nova amizade, e retomei outra. — Disse sendo superficial.

— Que bom, hm? Fico contente que você tenha conseguido se enturmar com outras pessoas, além de SeokJin e Youngjae. — Ele parecia sincero. — Mas que amizade é essa que você retomou?

— Com o Jungkook, pai. — Disse simples, sabia que o seu pai gostava e tinha uma boa comunicação com os vizinhos. — Nós voltamos a nos falar.

— Ah sim! Fico realmente contente. — ChungHee sorriu. — O Jungkook tem um caráter bom, um verdadeiro menino de ouro.

— É sim, com certeza ele é! — Ironizou, porém seu pai não percebeu. — E como anda as coisas com a Rose? — O nome saiu de maneira áspera de sua boca.

— Acredito que está tudo bem. — Disse simples.

— Eu não senti firmeza nisso. — Observou. — Na verdade, eu não sinto firmeza em nada relacionado a vocês dois... Você realmente a ama, pai?

— Filho, nós amamos apenas uma pessoa em toda a nossa vida. E essa pessoa já passou por mim e se tornou dona de todo o meu ser. — O homem dizia tudo com leveza, com um sorriso gracioso nos lábios e com os pensamentos perdidos em sua eterna amada. — Não posso amar outra mulher, porque meu coração pertence e sempre pertencerá a sua mãe.

— Então se você ainda a ama, por que está com essa mulher? — Seu olhos sem perceber estavam começando a acumular lágrimas.

— Porque eu tenho prioridades, e nelas está você. — O menor o encarou, sendo retribuído. — Eu não tenho muito tempo pra' me dedicar a essa casa e nem a você. A Rose é uma mulher incrível, e tem tempo pra' fazer aquilo que não posso.

— Você está tentando me dizer, que só está com ela por minha causa?  — Sentou-se no sofá incrédulo. — Ah, faça-me o favor! Essa mulher me odeia, ela nunca nem se deu ao trabalho de saber como estou, ela nem se importa se eu tiver vivo ou não.