O Idiota Do Meu Vizinho ❀ JiKook ❀

Park Jimin belongs to Jeon Jungkook

Eram quase oito da noite quando Jimin finalmente deixou a residência dos Jeon e seguiu para sua própria.

O começo do seu dia havia sido desastroso, por conta do turbilhão de emoções dolorosas que o atingiram quando deparou-se com Yoongi mais uma vez em seu caminho. Ainda sentia-se triste e mexido quando parava para pensar em determinadas coisas, em principal, quando pensava no quão parecia ter sido insuficiente para o Min, durante o tempo em que relacionavam-se.

No entanto, todos aqueles pensares foram soterrados pelos carinhos e exarcebados e palavras vezes chulas vezes melosas que seu vizinho descarregava sobre si durante todo o dia.

Entre todos os pensamentos conturbados que passaram a sondar a cabecinha do Park durante todo aquele dia, o que reinava entre eles, possuía nome, sobrenome, endereço, um sorriso lindo e um beijo viciante.

Não era nenhum segredo íntimo que  Jungkook tentava a cada dia, conquistar arduamente o coração de seu vizinho irritadinho. Tampouco era confidencial, que a cada investida ele ganhava o aloirado mais e mais. E era exatamente isso que Jimin temia.

Temia se apaixonar mais, se entregar por inteiro e ser abandonado novamente, sem mais nem menos, por simplesmente não ser suficiente.

Foi com a mente em tais palavras que o Park deixou a casa de banho, devidamente vestido com suas roupas confortáveis pronto para entregar-se ao mundo dos sonhos de corpo e alma. Todavia, fora interrompido antes de o fazer quando batidas leves foram depositadas na porta de seu quarto.

— Está aberta! — Disse sentado sobre a superfície acolchoada de sua cama, ciente de que era seu progenitor ao lado de fora.

O homem de meia idade entrou com seu corriqueiro sorriso agradável nos lábios, enquanto carregava um pequeno prato com biscoitos e um copo de leite em mãos.

— Isso é pra mim? — O aloirado indagou, sorrindo levemente.

— Sim. — Respondeu com simplicidade, logo entregando o prato e o copo ao menor. — Você não quis jantar, então te trouxe um lanche para não dormir de estômago vazio.

— Valeu pai! Mas não era preciso. — Bebericou um pouco do líquido morno e suspirou audível ao degustar a doçura da bebida.

— Precisava sim! Você está muito magro e não anda se alimentando devidamente. — Retrucou e o menor bufou. — Acha que não notei que você anda pulando a maioria das refeições? — Indagou encarou-o. — Jimin se você...

— Não é nada disso que o senhor tá pensando, pai. — Interveio, antes que o mais velho tirasse conclusões erradas. — Não me meti em nenhuma dieta estúpida.. — De fato não tinha. Jimin tinha total conhecimento do que esses jejuns e regimes alimentares malucos poderiam causar ao corpo. Ele mesmo já tinha sentido na pele e não havia gostado nada da sensação. — Eu prometi a mim mesmo que jamais faria isso outra vez e que iria tentar ficar de boa com o meu corpo e comigo mesmo.

— Fico contente em ouvir isso de você, meu filho. — Levou a mão de dedos grossos aos fios tingidos do mais novo e os acariciou. — Mas ainda assim, fico preocupado. Você não se alimenta direito e nós dois sabemos que saco vazio não para em pé.

Jimin fez uma careta engraçada ao ouví-lo citar aquele já tão manjado ditado popular antes de rir fraco e assentir.

— Vou melhorar isso, senhor ChungHee, não se preocupe. — Assegurou. — A partir de amanhã, o Jimin não pula mais nenhuma refeição.

Ambos riram pelo modo de falar do loiro, antes deste prosseguir dizendo:

— Então, como anda as coisas com a esposa dos sonhos?  — Ironizou.