Capítulo 22

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(N/A: narração Lucios)

As coisas estavam acontecendo, não conforme o planejado, mas estavam acontecendo. Bell já era um peão fora do jogo, eu o tinha eliminado, assim como o filho dele, assim que o mesmo atacou e com isso eliminou Cambriel e Eron. Nosso inimigo agora, era outro. Era alguém que teoricamente poderia me atingir, na opinião do conselho, esse alguém não só pode me atingir, mas também pode me deter.

Pobres iludidos.

Nesses momentos, eu não sei, se rio ou se ofereço minha solidariedade a eles. Mas o conselho estava tão desesperado, que lançou essa caçada contra mim, e acreditou veemente na própria mentira, que a alta cúpula do conselho disseminou.

Alexander também era carta fora do baralho, não poderia colocar em risco a vida do meu mais fiel escudeiro. Além de que, de acordo com o que estava por vir, nos anos que se seguiriam a esse ano turbulento que estávamos vivendo, ele seria mais útil vivo e em ação, então não valia o sacrifício.

Laycan e Alyra em as peças fundamentais nesse jogo, o que Magnus não sabia era o que a própria filha faria a seguir.

Mas no fim de tudo, encenaríamos uma guerra e eu deixaria que Aly e Laycan resolvessem tudo! Afinal de contas...

Eu não sou o senhor do mundo...

Ri com esse pensamento, tinha aprendido a duras penas que o Criador era o único senhor, e só foi preciso um exilio, milênios no inferno e estar eternamente condenado as trevas, mas aprendi. Porem agora eu teria que tomar as rédeas da situação, as coisas estavam fora de controle, e ficar submisso ao acaso, não é do meu agrado.

Decidi vir à floresta negra, atrás de Alexander e Demetrios, cheguei rapidamente, após voar um pouco para espairecer. Conclui meus pensamentos ao pousar na frente na entrada da floresta, em uma ponte de madeira, e fiz minha presença ser notada. Logo senti a energia de Demetrios e Alexander vindo ao meu encontro, apressados, apreensivos.

_mestre... – ambos falaram ao se aproximarem e pararem na minha frente.

_está na hora de agir! – declarei por fim – Demetrios, contate seu irmão, diga a ele para manter Laycan e Alyra exatamente onde estão, estamos a caminho! De lá, Alexander, invoque nossas tropas e diga à Valquíria, que posicione nossa tropas ao pé do monte Sião!

_sim, mestre... – Alex respondeu por pura força do habito.

_vamos! Estou com pressa, já observei demais, está na hora de apressarmos as coisas! – falei por fim, deixando minhas asas livres, e com um leve impulso, já estava fora do chão há metros do chão.

Demetrios e Alexander logo me acompanharam, não voaríamos mais do que algumas horas até chegarmos ao refúgio de Kaleb. Ah Kaleb, meu pequeno Kaleb...

Seguimos viagem sem paradas, sem desvios. Alguns curiosos ainda se aproximaram, mas nossa velocidade não deixou brechas para interrupções. Chegamos ao amanhecer ao refúgio de Kaleb, descemos silenciosamente, mas por um motivo já esperado, me sentia ansioso.

_Kaleb! – o chamei de fora, logo ele surgiu de dentro de uma arvore. Ele continuava como sempre esteve: belo e mortal.

_Demetrios, Alexander... Tio Lucios! – ousadamente me cumprimentou. Sorri, ele era mesmo a cópia perfeita de minha irmã.

_onde elas estão Kaleb?

_sigam-me! – pediu.

O seguimos através da arvore, saímos dentro de um corredor bem iluminado.

_vá com calma, se me permite dizer, ela ainda está machucada! – ele me olhou de canto de olho deixando claro o que ele quis dizer. Chegamos a uma porta, a qual ele abriu, vislumbrei a figura que eu mais desejava no mundo.

Segredos EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora