Capítulo 15

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(N/A: narração Laycan)

Algumas horas depois fomos surpreendidos.

_CORRAM! RAPIDO E NÃO OLHEM PARA TRAS! – Eron gritou enquanto corria como o diabo foge da cruz.

Alyra corria ao lado de Cam, que a ajudava a ir mais rápido, haviamos sido achados, eu estava há alguns metros acima deles, voando baixo.

_COMO NOS ACHARAM? – Aly perguntou ofegantes.

_RASTREADORES! – Cam respondeu após olhar brevemente para trás.

_RAPIDO! O CARRO ESTA PERTO! – Eron gritou mais à frente – LAYCAN, DESPISTE ELES, ATRAVESSE A FLORESTA E SIGA PELA ENTRADA!

_HAI! – inclinei-me para a esquerda, enquanto o trio se afastava rapidamente.

A maioria me seguiu, pois deviam ter ordens para não me perder de vista, os demais que seguiram os meninos, Eron os eliminou sem dificuldades. Depois de afastá-los o suficiente, subi em espiral até desaparecer nas nuvens. Já alto o suficiente para que o ar escondesse meu cheiro, voltei a minha direita e retornei à estrada, sem baixar minha altitude.

Voei por alguns minutos, até avistar a BMW estacionada ao lado de um hotel antigo, abaixei a cabeça entre as asas e mergulhei, aproximando-as da lateral do meu corpo, no último instante, as abri novamente, voando rasante, amortecendo minha velocidade, e pousei com um baque leve ao lado do carro, já escondendo as asas nas costas.

_Eron? Alyra? Cam? – os chamei olhando para os lados, mas foi Eron quem surgiu na minha frente, usando sua velocidade de vampiro.

_vamos rápido! – falou – os outros já estão escondidos, daqui a algumas horas vamos até a fronteira, trocamos de carro e seguiremos até aquela chácara!

_ok!

Algumas horas depois.

Nós estávamos em outro carro a caminho da chácara de um amigo de Cam, onde a alcateia estava à espera de seu Alpha. Ta certo que eu me sentia um pouco claustrofóbica dentro do carro, mas não tinha opção! Voar a céu aberto durante o dia era um risco desnecessário.

_tenho a leve impressão de que as coisas irão ficar completamente fora do controle de agora em diante! – Cam comentou como quem não quer nada.

_sim, bem, agora o que temos que fazer é procurar o pai da Lay, para que algumas coisas sejam esclarecidas! – Eron concluiu tranquilamente enquanto dirigia – Aly alguma novidade?

_eles estão se preparando para algo grande, mas tudo está sendo muito sigiloso! O que é muito suspeito...

_Laycan! – Eron me chamou – alguma novidade? Você o achou?

_ainda não... – murmurei – mas tenho certeza de que logo... Ele nos achará! – todos ficaram tenso dentro do carro, porque aquilo era uma verdade inevitável – algo me diz isso! – conclui e o silencio pairou entre nós.

Mas o que eu não verbalizei, era que um instinto ainda mais primitivo, gritava dentro de mim, que teríamos problemas, e que em breve nos separaríamos! Não conseguia imaginar nenhuma situação onde optássemos ou onde fossemos forçados a nos separar... Mas a ideia persistia em minha mente, gelando-me a espinha, perturbando-me.

Aquilo era apenas o início, e nós nem fazíamos ideia do quê.

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