CAPÍTULO 8

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A arquibancada está cheia de pessoas vibrando de antecipação.
Respiro fundo e marcho em direção a arena , indo de encontro a Olívia,que está parada com a droga de seu sorriso provocativo.
Desembaiamos as espadas na mesma hora, assim que as cornetas são tocadas. Olívia avança para cima de mim,por reflexo ergui minha espada a tempo, fazendo com que nossas espadas colidicem uma com a outra.
Foi então que a briga de espadas começou.
As lâminas se chocavam o tempo todo sem pausa enquanto Olívia investia cada vez mais nos golpes, eu andava para trás tentando cortar os ataques dela , que vinham a todo momento e em uma velocidade absurda.
Quando Olívia avançou novamente, e nossas lâminas se encontram,chutei a barriga dela , desestabilizando ela e dando tempo para meu primeiro contra ataque, mas ela se recuperou rápido e cortou meu ataque.
Então nossas espadas começaram a fazer uma dança louca,se chocavam sem parar , tinindo a cada impacto.
Olívia atacava.
Eu defendia.
Ataque.
Defesa.
Ataque.
Defesa.
Até que em meio aquele encontro de espadas, Olívia conseguiu me desarmar, minha espada foi jogada longe, Olívia avançava em minha direção, e o que me restava agora era usar meu corpo para me livrar da derrota .
Na frente de Dylan.
Provando o quanto eu era mesmo um fracasso.
Dou uma cambalhota para trás ( minha nossa foi difícil fazer isso com a armadura,vou ficar andando torta por um bom tempo).
Me coloco na posição novamente e me deparo com um Olívia surpresa ,sem pensar duas vezes vou pra cima dela, derrubando-a no chão, fazendo com que sua espada caísse de sua mão. Chuto a espada para longe, e ergo a perna para chuta-lá na barriga, mas ela segura meu pé e me puxa derrubando-me ao seu lado, sem perder tempo sobe em cima de mim, me prendendo ao chão.
Olhei para Olívia pela primeira vez em que entramos na luta. Seus olhos azuis brilham de ódio e ela aperta tanto seu maxilar que seus dentes poderiam quebrar.
Seu punho vem em direção ao meu rosto, e uma dor excruciante atravessa meu rosto.
Tento sair de baixo dela, mas a maldita só aumenta a pressão, e tornou a socar meu rosto fazendo com que eu voltasse totalmente para o chão.
E foi então que o terror começou.
Não havia mais pausas, Olívia socava sem parar meu rosto.
Não havia como revidar, eu estava impotente em baixo dela, minha cabeça girava sem parar, eu já sentia o gosto de sangue em minha boca, mas ela não parava.
Minha mente confusa repetia a conversa com Olívia de horas atrás... ou havia sido dias?... não sei , mas tudo gira, gira, gira.
Fracassada.
Fracassada.
Fracassada.
Era verdade. Eu estava perdendo de novo, Olívia sempre ganhava, ela sempre seria a escolhida.
O povo gritava o nome de Olívia sem parar, animados pela minha derrota .
Fracassada.
Fracassada.
Fracassada.
As palavras se repetiam sem parar na minha cabeça misturado-se com os gritos dos espectadores.
Até que os socos cessaram. Tentei focar o olhar em Olívia, que me olhava chocada, o punho fechado parado no ar como se só agora estivesse se dando conta do que estava fazendo.
Os olhos azuis dela eram uma confusão de sentimentos, que variavam entre arrependimento e uma tristeza, tive vontade de ficar olhando para seus olhos o resto do dia, tentando decifrar cada sentimento que ali estavam todos estampados, o que era uma raridade, mas meu orgulho falou mais alto, fazendo com que eu aproveitasse o momento de descuido de Olívia. Empurrei ela para o lado com toda a força que me restava e rapidamente tentei prende-la no chão com meu próprio corpo, mas fui surpreendida quando Olívia ergueu a perna e me deu uma chute tão forte na barriga , que voei para trás batendo a cabeça no chão.
Por um momento tudo ficou escuro, mas logo o céu azul apareceu todo borrado em cima de mim. Por puro reflexo, rolo para o lado quando vejo um vulto se aproximando em alta velocidade, o que resulta em Olívia caída no mesmo lugar que eu estava.
Levanto rápido, o que é um grande erro. Minha cabeça esta pesada e eu vejo tudo girando, com o corpo já fraco e mole , não consigo impedir totalmente Olívia que agora vem em minha direção e investe toda sua força no punho que bate no meu estômago fazendo eu me dobrar de dor enquanto o sangue sai pela minha boca misturando-se ao dos cortes que alí já estavam. Cambaleante, tentei me afastar de Olívia, que já preparava outro soco, mas dessa vez fui mais rápida e consegui me defender. Com uma agilidade surpreendente não dando tempo nem para eu ver, Olívia já veio com a outra mão fechada, e com força socou o meu rosto, que foi lançado para trás tamanho o impacto ,enquanto mais sangue voava . Sem dar um segundo, ela chutou minha barriga, fazendo com que eu caísse no chão de bruços. Ela foi para cima das minhas costas e agarrou meus cabelos trançados e puxou forte até minha cabeça se curvar para trás, causando uma dor horrível e quase quebrado meu pescoço. Peguei ela desprevenida quando ergui meu braço curvado e bati o cotovelo em seu nariz , que até eu pude ouvir estralando enquanto escorria sangue.
Minha nossa! acho que quebrei o nariz dela!
Ainda mais irada do que antes ela avançou de novo, mas eu estava mais preparada e joguei minha cabeça para trás, acertando novamente seu nariz e arrancado um grunhido dela. Virei o corpo para cima e empurrei Olívia para trás. Coloquei- me de pé sentido tudo girar e quase caíndo de cara no chão , Olívia também se levantava e sem perder meu tempo corri em sua direção e a derrubei, levando nós duas rolando no chão e fazendo com que eu parasse em cima dela,soquei seu rosto uma... duas ...três vezes sem parar até me dar conta que a espada de Olívia estava ao meu lado.
Ergui a espada e povo gritou mais alto, alguns vaiavam outros aplaudiam.
Fechei os olhos e abaixei a espada em direção a Olívia, e naquele momento eu lembrei de tudo. De nossas corridas ao fim da tarde, das noites em que passávamos escondidas no quarto uma da outra jogando conversa fora,ou quando Olívia não conseguia me livrar de uma bronca e ficava comigo segurando minha mão até sermão acabar, das discussões atoa que sempre acabava com nós duas rindo, e todas as lembranças de misturavam em minha cabeça.
Eu queria Dylan Barker.
Mas não ao preço da morte de Olívia, nós tínhamos vivido muitas coisas juntas, jamais poderia mata-lá , por seria como matar todo o meu passado, minhas lembranças, e eu não quero nem um pouco esquecer tudo o que vivemos,por mais que eu odeie Olívia nesse momento.
Abro os olhos, e solto a espada que estava a centímetros de tocar em Olívia. E com muito esforço eu me levanto, tudo está girando e minhas pernas estão fracas, mas forço ela a se mexerem e caminho cambaleando para fora da arena, sem olhar para ninguém enquanto o povo vaiava .

                     
                     

🌹Eai gente?? O que estão achando?? Estão na torcida por quem, Lílan ou Vilan!?

🌹 Muito obrigada a todos que estão acompanhando a história😍,e eu queria me desculpar pelo atraso em postar este capítulo, mas foi pq tive dificuldade em escreve-lo, então me desculpem se não ficou de acordo com o que vcs esperavam .

🌹Não esqueça de deixar a estrelinha!😉

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Lívia (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora