CAPÍTULO 14

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Olívia

Tudo começava escuro, muito escuro... Eu gosto do escuro,eu me sentia bem com ele, mas então a luz aparecia e com ela o mal vinha, o mal se escondia no brilho... Odeio á luz e o seu brilho.
O mau se escondia alí.
O mau se escondia alí.
A luz era um mau sinal, eu já sabia que quando ela aparecia era porque o mau estava vindo.
Deixe a escuridão.
Deixe a escuridão
Mas a luz vinha, a maldita luz sempre aparecia, ela iluminava sua mente trazendo o mal ....
Vai embora.
Vai embora .
Mas não importava o quanto eu implorasse o mal vinha, ele estava por todo meu corpo, minha mente. Eu queria tirar ele de lá, mas alguma coisa me segurava , algo me impedia , então lutei com mais força, mas de nada adiantava, eu não podia impedir o mal e aquilo era desesperador, senti o pânico crescer como uma bola de neve até se tornar tão grande ao ponto de explodir, então eu sentia o pânico se espalhar por cada centímetro de mim , ele corroía minhas entranhas e eu não podia controlar.... Eu sempre me controlava mas agora eu não podia , a escuridão estava muito longe... Eu estava rodeada por luz ... Eu sabia o que viria depois dela.
Haveria muitas lembranças.
E eu não queria lembrar.
Então lutei com mais força, mas algo me prendia, e lá no fundo... Bem no fundo eu ouvia a voz doce de Lívia, ela pedia calma, mas eu não podia me acalmar, eu deveria lutar.
Mais força.
Mais força.
Tarde demais. A luz já tinha passado e agora vinha o pior.
Lembranças .
Lembranças.
Elas corriam soltas por minha cabeça, elas me enlouqueciam.... Elas traziam o mal . Então eu vivia tudo de novo, voltava onze anos atrás e me despedaçava novamente... ouvia Lívia gritar de dor , via sua perna virada em um ângulo impossível.... Via o olhar desaprovador da nossa mãe e suas palavras cortantes, e o que mais odiava era os olhos frios do nosso pai.
A luz só trazia dor.
A luz só trazia o mal.
Senti meu corpo se chocar com algo frio.... muito frio, me lembrou os olhos de papai e não gostei nem um pouco disso, senti meu corpo afundar e lutei contra aquilo.
O mal era muito frio.
Não podia afundar-se nele.
Mas então eu ouvi a voz doce de novo, bem distante mais ainda sim eu ouvia... Era de Lívia, jamais poderia esquecer daquela voz... Tão doce, tão calma... Trazendo a escuridão de volta para mim, cantando uma música que sua mãe cantava para nós duas dormir, eu sentia muita saudade daquela época.... Mas então o mal apereceu.
Mantenha ela longe do mal.
Mantenha sua querida irmã longe do mal e tudo ficará bem.

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Lívia (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora