A Marca

Nova realidade

— Mas como você já tem a marca? – Papai Hiram, falou surpreso.

— Ual.. Ainda por cima é um tigre. - Pai Leroy, falou espantado.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Perguntei indignada, pois eles também sabiam de algo e não me falaram.

— É melhor nós sentarmos e explicaremos para você, estrelinha. – Pai Leroy, falou de forma calma e se dirigiu para o sofá da sala.

Olhei para minha amiga que deu de ombros e levou seu copo de café junto com ela, se sentando na poltrona e meus pais no sofá de dois lugares de frente para mim no puff.

— Agora podem me explicar? – Perguntei inquieta.

— Bem é uma longa história, mas vou resumir. – Papai Hiram, falou meio cansado. – A muitos anos atrás, existia grandes famílias poderosas. Que viviam em paz e eram unidas, porém um certo dia eles foram visitados pela Deusa Luanara, deusa da destruição de sentimentos. E toda aquela paz, foi substituída por indiferença e egoísmos, aquelas famílias se dividiram e entraram em guerras. Para aumentar essa destruição, ela decidiu conceder habilidades favoráveis a cada família, e dividir ainda mais eles em busca por poder. 
A cada família, foi concedido um animal, por exemplo a águia é força, alteza e vigor. Pessoas dessa família são líderes natos, tem força além do normal para um ser humano, sua visão é superior e sempre vê toda a situação de vários ângulos, não costuma errar seu alvo. São ótimos estrategista em guerras.

— Então a pessoa ganha habilidades e pode se transforma em uma águia de verdade? – Falei curiosa.

— Para ser sincero, não sabemos. – Pai Leroy, respondeu confuso. – As qualidades foram o máximo de poder que os descendentes das famílias com seus animais conseguiram desenvolver. Nunca soube de casos que a pessoa realmente conseguiu fazer a transformação completa. 

— Já tivemos situações de pessoas que tiveram mudança na aparência física. – Santana, interrompeu falando de forma animada. – Crescer mais um pouco, ter um corpo malhado sem precisar ir a academia.

— Mas não podemos descartar essa possibilidade de se transforma no seu animal, pois surgiu todo esses boatos de lobisomens e vampiros por causa de algumas famílias. – Papai Hiram, falou. – Mas hoje é algo muito difícil de isso acontecer.

— E por que tenho uma tatuagem de um tigre? – Perguntei, olhando para minha pele.

— Essa deusa queria dividir, mas Afrodite interveio nessa situação. – Papai Hiram, falou de forma séria.

— Estão brincando comigo? – Falei de maneira zombeteira. – Só falta disser que esse desenho é do meu amor verdadeiro.

— Sim, gnomo. – Santana, falou como se fosse óbvio. – Muitas dessas famílias eram apaixonadas uns pelos outros, mas com esse poder de Luanara, eles passaram a se odiarem. E como Afrodite ama o amor romântico, decidiu dar uma ajudinha para quebrar essa maldição do ódio e unir as almas gêmeas. E não é tatuagem e sim uma marca, somente quem tem sua marca ou foi despertado que consegue ver o nosso mundo.

— Como assim nosso mundo? – Falei, espantada.

— Vamos lá, Rachel. – Santana me encarou profundamente. – Você não percebe a diferença?

Olhei para meus pais que me encaravam ansiosos e me concentrei na minha amiga. No início não senti nada, mas ao olhar mais fundo eu podia sentir uma áurea vindo dela. Ao encarar seus olhos vi um brilho felino, até que consegui ver em cima da sua cabeça um Jaguar (também conhecido como onça pintada). Que pulou em cima de mim, e me joguei para trás caindo de costas ao chão.