Acreditar e enfrentar seus monstros

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Ganhamos um dia de descanso depois dos eventos que aconteceram, Luanara contou sua história com a mãe de Rachel, mas sabíamos que ela omitiu as piores partes e nem nos detalhou sua forma antigamente humana. Naquele dia voltou uma Athena totalmente desolada, mas depois de um tempo aonde só as três deusas conversaram, ficou decido que a deusa da sabedoria iria nos treinar. Voltei a dormir tranquilamente naquele dia com Rachel, percebi que ela estava agitada, mas relaxou ao sentir meus braços ao redor dela, se soubéssemos que o dia ia ser tão complicado teria passado mais tempo naquela cama.

O treino começou depois de um longo aquecimento, eu sabia que estava viva pela dor em todos meus músculos, mas a voz de comando não deixava a gente descansar.

— Das cinzas da dor nasce a força, ela brota das cinzas e resplandece em meio ao caos. – A voz da Deusa sobressai ao barulho das espadas. – Precisam superar suas dores, isso é apenas o começo, acho que Luanara foi muito bondosa com vocês.

— Uma costela é nada. – Resmunguei.

— Vou treinar vocês para vencer, nem que para isso precise arrancar um pedaço da alma de vocês. – Athena estava em toda sua glória andando ao redor de nós. – Como todas sabem, Luanara se manterá afastada até que a humana se recupere. – Senti Rachel ficar tensa com o comentário. – Enquanto isso vou treinar seus corpos e mente.

Nesse momento escutamos um grito de dor que assustou todas nós, longe estava uma Santana no chão chorando feito uma criança, ela foi a primeira de nós a testar o equipamento de Athena, era chamado de ilusões do medo, ela disse que tirou a ideia da saga divergentes e seria um grande aliado para testar nosso psicológico. Mas diferente dos livros, nós não vimos o que ela passava, pois isso era algo extremamente pessoal, só tinha uma tela que indicava de quantas fases ela tinha em sua mente e de quantas ela conseguiu superar. Era assustador olhar o placar e ver que Santana guardava mais demônios em sua mente do que imaginado, e ela estava apenas na metade.

— Ela já passou por muito hoje. – Brittany, falou tentando passar por Athena.

— Quando ela desmaiar, eu tiro ela de lá. – Afrodite disse calmamente. – Ela é forte e sei que vai conseguir, a quantidade não é o real problema e sim o que ela está revivendo ou criando, pode apenas ser algo novo ou não.

— Ela já passou por 25 testes. – Marley, falou indignada. – Ela está amanhã toda naquela máquina.

— E só sairá de lá quando completar os 50. – Athena falou firme. – Ou a exaustão ganhar, porém ela me parece mais forte do que imaginei.

As Deusas pareciam tão calmas, como se os gritos de dor não fosse importante e não fazia diferença para elas. Mas em um movimento Rachel passou por elas e abertou o botão vermelho que deduzimos ser para parar a máquina e Santana parou de gritar.

— Satisfeita? – Athena perguntou com um sorrisinho de deboche em sua voz.

— Ela é minha amiga, não é só porque são deusas que podem fazer o que quiser. – Rachel, respondeu de maneira firme.

— Rachel querida. – Afrodite falou com pesar na voz. – Você só prolongou o sofrimento de sua amiga, não tem como tirar ela de lá sem ela chegar no final ou cair de exaustão.

Nesse momento olhamos o placar que se iniciou novamente e a sala ficou em silêncio. Rachel, olhou espantada e já havia lágrimas escorrendo de seus olhos.

—  Quando somos imprudentes machucamos quem amamos. Quando não seguimos regras, colhemos o que plantamos. – Athena, falou firme e de forma dura. – Mas parabéns, pequena Humana. – Ela deu um sorriso. – Você só ativou a prova de som e reiniciou tudo novamente, agora não vai escutar os gritos dela.

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