Entrevista

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Ao abrir a porta e ver uma cabeleira loira, meu coração disparou. Será que poderia ser ela?

Senti uma mão em minhas costas, me conduzindo para que entrasse ainda mais e parasse de frente a uma grande mesa e a cadeira do outro lado permanecia de costa para nós.

— Sente se. – Uma voz suave falou, e a cadeira se virou e percebia que era ela. – Fiquem a vontade. – Deu um sorriso estilo Fabray?

— Olá Senhora Emma. – Santana, falou educada e com um pouco da cabeça inclinada para baixo. - Em que posso ajuda lá?

— Sem tanta formalidade, menina Lopes. – Emma, falou em um tom divertido. – Agora podem se sentar. – Ela se virou para mim. – Você também, senhorita Berry.

Nos acomodamos nas cadeiras macias e elegantes em frente a mesa, percebi que minha amiga estava estranhando a situação.

— Perdoe a confusão, mas por que estamos na sua sala e não na do Senhor Lion? – Santana, finalmente falou o que a incomodava.

— Quando chamam Charlie de senhor Lion, parece que ele é tão velho. E por ser meu neto me sinto ainda mais velha. – Emma, falou sorrindo com bom humor. – Está me chamando de velha, senhorita Lopes? – Santana, arregalou o olho.

— No, não, me desculpa senhora. – Santana, falou rapidamente misturando espanhol com o inglês.

— Se acalme menina, só estava brincando. – Emma, deu um sorriso elegante. – Charlie está entrevistando outra pessoa. Por isso que fiz questão de entrevista sua amiga.

E com essas palavras senti meu coração acelerar, a latina não tinha me falado nada sobre isso. Apenas que seria informal, pois estava fazendo um favor a ela e seria com seu amigo, Charlie. Agora pelo que percebi estávamos na sala da presidência, falando com uma senhora que me lembra uma líder de torcida loira e iria fazer uma entrevista.

— Bem Senhora Emma, podemos esperar seu sobrinho. Como já havia conversado com ele, precisamos de uma assistente e a Rachel seria ótima para o cargo e qualquer coisa seria minha responsabilidade. – Santana, falou educada.

— Olá senhorita Rachel. Tudo bem, se eu te entrevistar? – Ela me encarava como se pode-se ler minha alma.

— Olá Senhora. – Dei meu melhor sorriso. – Sem problemas.

— Ela não vai ser sua assistente, Lopes. A entrevista que irei fazer vai para duas vagas de assistente que precisamos. – Ela disse de maneira firme. – Se poder se retirar, vou ficar conversando com a senhorita, Berry. – O tom de voz dela, não dava brecha para discorda.

Minha amiga se levantou, deu um leve aceno e me olhou como se me pedisse desculpas e saiu da sala. Escutamos o barulho da porta se fechando e fiquei em silêncio encarando aquela senhora.

— Espero que não tenha se incomodado com as palavras.. Mais firmes que falei a sua amiga. – Ela falou de forma suave e pensando com cuidado o que falar. – Estamos precisando de duas pessoas para assistentes dos cargo da presidência, como falei a sua amiga. Meus netos estão fazendo outra entrevista neste exato momento, com outra pessoa. E como você, foi indicada pela senhorita Lopes não temos necessidade de muita delonga. Pois confiamos em sua amiga. Mas gostaria de saber mais sobre você.

— O que gostaria de saber, Senhora Emma? – Falei de forma educada

— Sem tanta formalidade, apenas Emma. – Emma sorriu. – Por que, quer trabalhar aqui?

O que responder a essa senhora que lê sua mente, tenho essa sensação. “Quero trabalhar aqui, pois sou um lobo e eu sei que tem pessoas felinas nessa empresa e uma delas pode ser o tigre que tenho desenhado no corpo. Ahh.. E esse tigre é a pessoa destinada a mim. Só por isso estou aqui”.

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