Surpreendente

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— Te levando para casa. – Quinn, respondeu de forma casual.

Estava tão cansada, que decidi não discutir. Encostei minha cabeça no vidro e fechei os olhos, escutando a música que tocava no rádio. O estranho que aquele silêncio, não era incômodo e não me sufocava como achei que poderia ser.

Quando o carro parou, abri os olhos rapidamente. Mas algo estava estranho, pois não estava de frente ao meu prédio e sim em algum estacionamento. Olhei para o meu lado e Quinn, já estava dando a volta para abrir a minha porta.

— Vamos?! – Quinn, fala estendendo a mão para que eu pegasse.

— Aqui não é minha casa. – Falei na defensiva.

— Disse que ia te levar pra casa, mas não falei que seria a sua. – Quinn, deu um sorriso de lado. – Você precisa pensar, eu não vou te força a nada. Ao invés de dormi em um hotel, você dorme aqui e prometo não invadir seu espaço. – Ela falou calmamente.

— Não.. – Comecei, mas ela arqueou a sobrancelha no estilo, Fabray. – Tudo bem, não quero discutir. – Falei cansada.

Aceitei sua mão para sair do carro, ganhei um sorriso lindo como recompensa. Ela nos dirigiu a um elevador, que nem havia notado que ficava perto de onde estava o carro. Entramos em silêncio e Quinn, digitou um código no painel, o elevador fechou e começou a subir. Assim que o fez, começou a tocar alguma música infantil e alegre, o que me fez franzir a testa.

— Brittany diz que ninguém fica triste com música de criança. – Quinn, dá de ombros. – E personalizou a música do nosso andar.

— Brittany sendo, Brittany. – Apenas sorri ao pensar na loira. – Você falou que ela mora com você, ela está em casa?

— Infelizmente ainda não, ela está resolvendo os últimos detalhes para vir, provavelmente ainda essa semana ela esteja aqui. – Quinn, falou como se não fosse nada demais.

— Como assim? – Falei mais alto do que o normal. – Vamos ficar sozinhas? - Arregalei o olho.

— Tem medo? – Quinn, sorriu.

— De você? – Falei e ela assentiu. – Nem um pouco. Deveria? – Cruzei os braços.

— Vai que não resisti ao meu charme, pois sou irresistível. – Ela falou de forma convencida.

Revirei meu olho, pois perto dela isso já estava virando um hábito inconsciente. Decidi ficar quieta, minha vontade era de descer e ir para casa ou argumentar o quanto ela está sendo prepotente. Acho que ela percebeu que não ia falar mais nada, pois ficava me olhando como se esperasse que discutisse ou desse uma resposta mal criada.

O elevador se abriu e eu saí, com ela logo atrás. Pegou uma chave, achei estranho que só tinha uma porta e era como se fosse uma sala de recepção ou espera. Ignorando meu olhar confuso, ela abriu a porta e ficou esperando que eu passasse.

Olhando para o elevador, aquela sala confortável e provavelmente deveria ser apenas para que a pessoa se sentisse bem esperando do lado de fora. Eu sabia que Quinn, era rica e não milionária. Agora faz sentido ela falar que personalizaram a musica do elevador, pois elas tinha um andar só delas. Será que isso deve ser por causa de Brittany?

Devo ter ficado muito tempo parada admirando, pois senti apenas uma mão na base das minhas costas, isso me provocou um choque intenso que me conduziu a entrar no apartamento.

As cortinas estavam abertas e dava para ver a paisagem no horizonte, que dava um toque mágico naquele apartamento. Quinn, sentou em um banquinho perto da porta e tirou os sapatos guardando em um armário que agora reparei estar no canto.

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