Você é Teimosa

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O barulho de alguém entrando na sala novamente me chamou atenção e me virei.

Uma mulher, com cabelos loiros curtos e profundos olhos azuis que emanava poder. Ela simplesmente me ignorou e fechou a porta sem falar nada e sentou na cadeira de frente pra mim, como se fosse a dona da sala.

— Quem é você? – Perguntei e recebi um sorriso de deboche.

— Achei que a família Fabray, contasse muitas histórias minhas. – Respondeu com uma voz rouca.

— Não sei quem é você. – Respondi friamente, o jeito dela me incomodava.

— Oras.. Um tigre lendário, não conhece um deus. – Ela sorriu, e seus olhos ficavam mudando de cor. – Agora sabe quem sou eu?

— Luanara. – Sussurro. – Mas você nunca aparece. – Falei surpresa.

— É o que as pessoas pensam. – Luanara, revirou o olho. – Mas estou sempre por perto e vocês nem percebem... Somos deuses, estamos em todos os lugares e em lugar nenhum. – Ela sorriu.

— O que você quer? – Fui direta.

— Você! – Luanara, respondeu séria e arregalei o olho. Fazendo a gargalhada da minha reação. – Sua cara foi a melhor, amo fazer isso com os humanos. Vocês se sentem o centro do universo. – Ela ficou séria. – Queria conhecer o futuro casal lendário, mas percebi que são meio sem sal. – ela olhou para sua unha em sinal de desinteresse.

— Fique longe dela. – Falei entre dentes, por uma raiva súbita de cogitar que ela poderia fazer.

Assim como num piscar de olhos, estava contra a parede sendo pressionada pelo pescoço por aquele ser. Que me olhava com raiva.

— Conheço seu tigre de outras épocas e você é o ser mais medíocre que ele escolheu habitar. – Ela pressionou ainda mais sua mão em meu pescoço. – Nunca subestime um poder de um deus, pois podemos de matar em um piscar de olho... Me escute bem. – Ela se aproximou sussurrando em meu ouvido. – Tem sorte que admiro pessoas próximas a você e seu tigre, só por isso que não te mato. – Ela me largou e estava sentada novamente como se nada tivesse acontecido.

Acabei tossindo e sentando com dificuldade na minha cadeira. Aquela mulher era louca, realmente poderia acabar comigo.

— Em sinal de paz, quando chegar a hora vou lhe dar um presente. – Luanara, falou com um sorriso malicioso. – Mas use com moderação ou não.

A porta da minha sala foi aberta bruscamente por Charlie, que me olhava confuso. Luanara, já não estava mais na sala, havia sumido do nada.

— Você está bem? – Charlie, falou preocupado.

— Acho que sim. – Falei ainda confusa, pensei em falar com ele mas não sabia se deveria.

Conversamos sobre alguns papéis de relatórios que analisamos da empresa, isso foi ótimo pois ocupou minha mente. Meu primo ainda tentou tirar mais informações do porque ele bateu na porta e eu não abri, que estava aberta mais parecia ter algo segurando. Eu apenas disse que estava distraída e mudei de assunto.

Em um dos relatórios, ele mudou o foco para quem seria nossa secretária e o que elas teriam que fazer, chegamos a conclusão de como ficarei com a maior parte do financeiro precisaria de alguém experiente. Porém não estava me importando se, Rachel, tinha experiência ou não, eu a queria trabalhando comigo.

Charlie achou infundada minha teimosia de querer que minha escolhida trabalhasse comigo, que deveria separar as coisas e ir com calma sem assusta lá. Mas isso eu não iria ceder, pois sabia que se aquela morena trabalhasse para ele, ela daria um jeito de fugir de mim.

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