Πατέρα

283 22 24
                                    

POV - Rachel

Acordei com alguém segurando minha mão firmemente e alisando meus cabelos, estava tão bom o toque que esperei um pouco para enfim tentar abrir os olhos. Quando consegui encarar a pessoa que estava fazendo isso, abri um largo sorriso, era bom estar de volta.

- Você acordou, mãe. - Me esforcei ao falar, sentia minha garganta seca.

- É tão bom escutar você enfim me chamando de mãe. - Shelby, abriu um largo sorriso. - Eu que deveria te falar isso, pois você dormiu muito bela adormecida, você ficou mais tempo do que eu nessa cama.

- Oh Meu Deus! - Falei assustada, mamãe me amparou e me ajudou a beber água antes que continuasse a falar. - Quinn, deve querer me matar.

- A última coisa que sua namorada quer, é te matar. - Shelby, falou me consolando. - Ela está preocupada, Lua disse que ela liga e pede imagens de você todos os dias. - Franzi a testa pelo nome citado e ela leu a confusão no meu rosto. - Luanara, dependendo do meu bom humor eu abrevio o nome dela. - Suas bochechas ficaram vermelhas pela sua confissão.

- Por que, Quinn, não está aqui? Ou veio me ver? - Falei em dúvida e já me sentindo triste.

- Ela não pode e nem ninguém, Zeus, os expulsou daqui. Se você olhar ainda estou com a roupa de uma paciente, foi assim que consegui me manter esses dias ao seu lado sem ser expulsa. - Shelby, explicou calmamente. - Em compensação, Lua, não saiu do nosso lado e sempre mandava mensagens a sua namorada.

- Meus amigos devem estar preocupados comigo, deveria avisar que estou bem. - Falei, tentando me levantar, mas Shelby impediu.

- Os que lutaram na guerra que vocês tiveram não se lembram de nada. Aqui se passa em dias e horário diferentes no mundo terrestre. Pelo que Luanara e Afrodite, me explicaram e entendi foi que como eles foram afetados pelo fim da maldição, de alguma forma algo na linha do tempo deles se modificaram e é como se isso nunca aconteceu. - Shelby, viu meu olhar de receio. - Pelo que sabemos Quinn, foi a única a lembrar e talvez a Marley. Porém isso não temos certeza, ainda vamos ver o que nossos feitos aqui enfluenciaram no nosso mundo.

- Mas todos estão bem? - Falei, preocupada.

- Oh Sim! Eles não se lembram, mas Luanara tratou de preencher a lacuna da história deles. Como se tudo passe em apenas dois dias, ela conseguiu usar seus poderes para fazer eles acreditarem em algo que fizeram. - Shelby, falou continuando o carinho em meu cabelo.

A porta foi aberta bruscamente, fazendo Shelby dar um pequeno pulo de susto e olhar indignada para a pessoa que trazia uma bandeija com comida e um lindo sorriso no rosto. A deusa menor, me parecia mais magra, com olheiras e um ar de cansaço e isso é estranho, ainda mais vindo de um ser tão orgulhoso.

- Posso escutar seu coração batendo assustado daqui, Amor. - Luanara, falou colando a comida numa mesinha de canto. - Ou é apenas felicidade por me ver? - Ela deu um sorriso convencido e recebeu um revirar de olho como resposta. - Acho que é a segunda opção. - Ela deu um beijo rápido em minha mãe e me olhou com ternura. - Você nos deu um grande susto, bela adormecida. Mas o importante que está bem agora.

- Quanto tempo eu estou aqui? - Falei curiosa.

- Um ano. - Luanara, respondeu calmamente e a olhei assustada. - Mas no mundo de vocês foram apenas um mês, me desculpe pelo susto é que tive que usar a tecnologia de acelerar o tempo em vocês.

- Não me lembro de ter me ferido tanto assim. - Falei confusa, olhando meu corpo que não tinha ferimentos.

- Até que não tanto, porém tinha veneno na adaga. Você quase morreu, por isso a demora na recuperação. - Luanara, falava como se não fosse uma grande coisa. - Você é forte, Rachel, estou orgulhosa de você.

A MarcaOnde histórias criam vida. Descubra agora