De volta a Nova York

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Tic tac tic tac

É o barulho irritante do relógio na parede da casa da vovó. Depois do ensino médio, simplesmente fugi da minha família e consegui levar minha amiga junto comigo para Los Angeles.

Sinceramente foi uma das melhores decisões da minha vida, Brittany precisava disso pois ficou arrasada com o término repentino com San, ela merecia um incentivo de seguir seus sonhos de dançarina. Ela é realmente boa, trabalha para artista famosos e as vezes faz turnê junto com eles, me deixando sozinha em nosso apartamento.

Tinha uma vida corrida, estudei comércio exterior e administração de empresas para cuidar dos negócios de família. O grande problema era que havia enrolado o máximo que, eu, podia de voltar para perto deles, e ter toda a loucura de conviver naquela empresa.

Era totalmente estranho, fui criada numa família conservadora e com leis muito claras do que eles consideravam certo ou errado. Mas nunca tive contato com o resto da família, minha mãe não era próxima deles. Porém depois do acidente de carro que fiquei um tempo sem poder andar, várias coisas mudaram. Mamãe sempre me contou uma história de família, que ela mesmo não acreditava porém era algo importante passado de geração a geração. Mesmo não acreditando ela me contou várias histórias, na época confesso achei uma loucura e pensei que esse era o motivo de Judy se manter afastado da família, por achar eles loucos.

Aprendi uma coisa na minha vida, nunca dirigir e mexer ao celular ao mesmo tempo, mesmo que for seu amor secreto e tenha que impedir um casamento idiota. Depois daquele acidente, recebi visitas dos meus parentes e notei suas diferenças. Ganhei uma marca, que eu jurava terem feito uma tatuagem em mim, enquanto estava dormindo, porém ninguém via, apenas eu.

— Bem Quinnie, você deveria sair dessa sua cabecinha e me dar atenção. – Uma voz masculina, quebrou o silêncio me fazendo rir.

— Como você entrou aqui e eu não percebi? – Perguntei já o abraçando.

— Habilidades de um leão. – Ele sorriu. – Por isso que meu nome é Charlie Lion Fabray. – Deu uma piscadinha.

Realmente tenho uma amizade enorme com meu primo, é como se ele fosse meu irmão mais velho. Éramos parecidos na personalidade e a cor dos cabelos apenas, ao meu ver. Pois ele te um cabelo médio, barba, olhos azuis e ser um cara alto e forte.

— O que faz na casa da vovó? – Perguntei curiosa, ele vivia trabalhando, era raro encontrar ele aqui as vezes que aparecia. Pois sempre eram eles que iam me visitar.

— Isso a vovó vai te explicar. – Ele deu um sorriso misterioso.

Eu apenas deixei minha curiosidade de lado por alguns instantes e perguntei como estava a vida dele aqui em Nova York, a família, empresa e se ele já havia encontrado uma namorada. Conversamos sobre tudo isso, antes de escutar a porta ser aberta novamente e uma senhora muito bem vestida com um sorriso acolhedor no olhar, os cabelos loiros preso em um coque o que a fazia parecer ainda mais jovem.

— Vovó que saudades. – Fui abraçar ela.

— Minha neta, como você continua linda. – Vovó Emma, falou.

— A Dona Emma, espero continuar que nem a senhora. – Dei um sorriso de canto. – Nunca envelhecer e continuar ainda mais bonita a cada ano.

— Vocês são ótimos jovens, vamos sentar que quero conversar com os dois. – Ela tinha um sorriso misterioso nos lábios. – Estou orgulhosa de ter netos tão lindos e educados.

Vovó foi sentar na sua poltrona de frente para o sofá que ocupamos, ela parecia estar radiante por nossa presença e muito empolgada pela novidade. Esperamos ela nos avaliar e tomar o seu tempo para nos dar a notícia.

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