Confusão e Transformação

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Viver é uma arte, cada dia você descobre uma cor.. Espero que gostem.

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Cheguei em casa possessa de raiva, havia esquecido até Brittany para trás. Escutei vozes me chamando naquele estacionamento, mas apenas ignorei. Continue meu caminho entrando no primeiro táxi e voltando para casa.

Ao abrir a porta do meu quarto encontro quem menos esperava deitada calmamente em minha cama, a raiva que sentia descontaria nela.

— O que faz aqui? – Rosnei.

— Estou vendo que brigou com Mozão. – Ela falou com deboche.

— Vá embora agora. – Mandei abrindo a porta e apontando pro lado de fora.

— As crianças de hoje em dia não respeitam os mais velhos. – Ela revirou os olhos.

— Vá embora, Luanara. – Gritei e ela me encarou como se não fosse nada demais. – Eu mandei ir agora seu monstro.

Vi raiva em seus olhos e ela avançou em minha direção, mas dessa vez eu queria briga. Porém mesmo sendo rápida, ela ainda é uma deusa e me segurou pelo pescoço.

— Se quer uma luta, vou te dar uma filhote. – Ela me arremessou na parede do corredor.

Aquilo doeu, mas eu precisava descarregar minha adrenalina, mesmo que eu apanhasse. Vi ela indo em direção aonde ficava meu espaço de treinos, me recuperei e a segui. Ela tirou o casaco e me encarou, seus olhos agora eram negros com chamas dentro.

— Vamos! – Gritou, Luanara. – Quero que dê tudo de si.

Fiquei em sua frente em posição de luta, dei vários socos e ela se desviou me acertando um tapa na cabeça.

— Muito lenta, se transforme. – Ela ordenou.

Mas eu nunca me transformei por completo, parece que ela percebeu isso e riu com escárnio da minha cara.

— Assim que pensa proteger ela? Você me dá vergonha. – Me encarou com desdém. – Qualquer um pode te derrotar, você é fraca.

Me veio em mente as palavras do meu progenitor “Você é fraca, uma vergonha para nossa família. Vai permanecer nessa cadeira de rodas, ainda bem que aqueles velhos inúteis de seus avós iram tirar esse fardo de nós”. Escutei essas palavras antes de ir morar com meus avós. A fúria subiu em meus olhos. Senti meus ossos estralarem, meus dentes ficarem afiados, uma dor em cada canto do meu ser.

Mas eu ainda não havia me transformado completamente, só me senti mais alta, algumas partes da minha roupa rasgaram, tinha garras em minhas mãos. A ataquei novamente, mas dessa vez percebi que ela teve dificuldade para desviar e com um golpe certeiro consegui corta seu braço, senti que ela ficou com raiva.

Mal consegui ver seus golpes, só senti chutes certeiros em meu estômago, tive uma certeza naquele momento, minha costela acabava de ser quebrada e respirar estava sendo difícil.

— Vou te bater até cansar. – Luanara, falou sorrindo. – Mas gostaria que soubesse, que eu não me canso.

Senti um soco em meu rosto e mais alguns chutes. Mas eu não deixei barato, mesmo com dor a ataquei. Porém depois de mais alguns minutos, estava no chão com alguns cortes e meu corpo todo doendo e ela estava de pé me encarando, parecia decepcionada.

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