Capítulo XIV.

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   A Conjuração.

   A criatura de pele vermelha, ainda queria que Michelle realizasse mais alguns feitos. Para daí sim estar completa a segunda etapa desse maldito jogo. A garota ainda devia mandar Zith e Beth pelo selo, trazendo as primogênitas para esse mundo. Não seria um processo fácil, afinal a garota não é nenhuma madre Teresa, muito menos uma feiticeira formada.

   Michelle recupera a visão que estava embaçada por conta da luz que saia do selo.

   – O que eu faço com isso? – pergunta ela, segurando o crucifixo dado pelo leviatã.

   O demônio dá um risadinha, Zith e Beth estavam inquietas com o que lhes aguardava.

   – Quem eu terei que matar dessa vez? – perguntou Michelle, olhando o objeto com certa indiferença.

   Zanathus se aproxima e ajuda a garota a se levantar.

   – Não é matar que você precisa. – Ele dá um sorriso com o canto da boca. – É exorcizar, assim como você tentou comigo.

   Michelle, olha as demônios que se agitavam tentando se livrar das amarras.

   – Exorcizar elas? – Ela aponta para as cobras demoníacas.

   – Exatamente – responde Zanathus.

   – Como? – pergunta Michelle.

   – Você que deve me dizer. – Ele dá uma gargalhada. – Você testou comigo, agora execute nelas.

   Michelle se aproxima das demônios, ambas estavam em suas formas demoníacas, ofendendo e ameaçando a garota.

   – Sua vadia, se afaste ou eu mesma me alimentarei de seus ossos – diz Zith.

   – Eu vou devorar você, seu irmão e depois todos que você ama – diz Beth – Eu sei quem eles são.

   A demônio dá uma gargalhada escandalosa.

   – Vocês não me assustam com suas ameaças – fala Michelle.

   A garota pega o crucifixo e aponta para às duas. A luz do sol das três horas reflete no objeto, lhe dando um brilho sobrenatural. Michelle, às encara e começa.

   – Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii...

   As demônios começam a se debater, gritar e a machucarem uma a outra, como se estivessem fora de controle.

   – Por favor – implora Beth – Pare, pela nossa amizade.

   Michelle a olha e continuar a profanar sua oração em latim. A demônio dá um berro e revira os olhos do qual agora estavam saindo sangue como se fossem lágrimas, a pele de Beth estava se trincando como um terreno seco. Grãos caiam por toda parte, sua pele estava se tornando argila seca.

   – Potestates et Dominationes subjectæ sunt; quem Cherubim et Seraphim indefessis vocibus laudant, dicentes: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth.

   Michelle, finaliza a oração de exorcismo, as duas demônios tinham sangue saindo pelos olhos revirados, a cauda de cobra estava descascando e pela boca saia um liquido negro. Ambas não se mexiam e nem produziam qualquer som, era como se estivessem mortas.

   Zanathus se aproxima delas, com um frasco pega a gosma negra de ambas as demônios.

   O corpo delas estava secando como se estivesse em combustão. Iam sumindo pouco a pouco.

O Aviso do Demônio _ Parte Um.Onde histórias criam vida. Descubra agora