Capítulo 05

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Noah Ackson

EUA. Washington. 16:52 PM. Quinta-feira.

Observo a cena que Dylan é protagonista, sabendo perfeitamente que mamãe não tem paciência para cenas como esta, e que pode explodir a qualquer momento. Como ele tem coragem de enfrenta-la assim? Se fosse eu no lugar dele, ela já tinha arrancado o couro da minha bunda. Mas tenho que olhar uma coisa...

Eu sou filho dela, ele não.

- Sente-se na maca agora mesmo, Dylan Ackson!- Escuto mamãe ordenar, já com o tom de voz alterado e não deixo de prestar atenção no sobrenome do garoto.

Ele é um Ackson? Como assim velho?

- Eu não vou sentar em lugar algum!- Vejo ele apontar o dedo para o rosto de minha mãe, e fico indignado pelo fato dela não torcer o mesmo. Se fosse comigo...- Você quer enfiar a mão no meu rabo! Eu sou menino ok? M.E.N.I.N.O!- Grita pausadamente, e por um momento sinto vontade de rir, pela forma que o mesmo se refere a sua parte traseira.

É óbvio que ele é menino. Estamos vendo isso.

- Dylan... É para o seu bem, não quero fazer isso por diversão, ou seja lá o que você esteja pensando que eu quero fazer.- Escuto mamãe falar, aparentemente tentando se acalmar.- Você está com dor, seja lá quem te machucou, te machucou muito. Então por favor Dylan, me ajuda, para que eu possa fazer o mesmo.- Explica pouco profissional, usando mais o tom materno que usa comigo quando estou doente.

Não acredito que ela está com dó dele!

Ele é um marginal, não é? Está com roupas de presidiário. Então nem devia estar aqui! Devia estar atrás das grades, e mamãe está cuidando dele!

- Eu estou bem Katherine, eu juro.- É evidente sua mentira, mas mamãe parece lhe escutar.- Eu, momentos antes de você chegar, havia tomado uma injeção para dor. Ela deve estar fazendo efeito ainda, só espere mais um pouco, ok?- Pergunta baixando a guarda e mamãe parece pensar.- Eu não quero nada entrando aqui atrás, se é que me entende... É constrangedor, humilhante! Já basta eu estar com você contra a minha vontade, não precisa dar uma de "mamãe" pra cima de mim.- Vejo a forma chocada que minha mãe reage, mas ao mesmo tempo me sinto feliz com a resposta do mesmo.

Pelo menos ele quer o que eu quero.

- Dylan, eu vou sim, dar uma de "mamãe" com você, você gostando disso ou não. Você está em minha responsabilidade, e está machucado. Então eu tenho que te cuidar, você querendo ou não, agora você é meu filho também e preciso tomar as rédeas da situação.- Vejo o garoto olhar para o lado, talvez não querendo encarar mamãe. Olho a cena daqui onde estou, e isso chega a parecer bem infantil.

E que história é essa de "Agora você é meu filho também"?!

- Só não me obrigue a usar supositório Mano. Eu tô te implorando! Por favor Katherine.- Pede meio suplicante, e chego a me divertir com seu "sofrimento".

Tomara que mamãe obrigue ele a usar, quem sabe assim o machão não abaixa a bolinha.

_________________FBI__________________

Katherine Ackson

EUA. Washington. 16:57. Quinta-feira.

Encaro olhos cinzas que estão começando a se encher de lágrimas, e suspiro, não aguentando ver meu bebê neste estado.

- Tudo bem...- Digo cedendo ao seu pedido e lhe puxo para um abraço, não tão apertado, por medo de o machucar ainda mais.- Não precisa chorar ok? Está tudo bem.- Beijo seus cabelos e só assim percebo que Dylan precisa de um banho urgentemente.- Que tal irmos para casa?- Digo ao livrar meu bebê de meu agarre.

- Ele vai com a gente?- Escuto Noah perguntar atrás de mim, em um tom de voz desgostoso e me viro para o encarar, com uma sombrancelha arqueada.

- Sim, algum problema com isso meu filho?- Pergunto ao cruzar os braços e Noah revira os olhos, enquanto concorda com a cabeça.

- Lógico mãe!- Diz praticamente gritando e lhe miro com um olhar frio. Ele já apanhou hoje por gritar comigo, não acredito que ele está repetindo este erro novamente.- Você quer levar um marginal pra nossa casa! Tá tratando ele como se ele fosse da família, e ainda quer que eu não diga nada?!- Pergunta em alto e bom som, parecendo bastante indignado e quase automaticamente ao escuta-lo, sinto uma dor forte se formar em minha cabeça.

Odeio me irritar, pois sempre fico com uma enxaqueca muito forte.

Respiro fundo, e caminho lentamente até meu primeiro filho, decidida a deixar claro que Dylan é sim da família. Agora ele é.

- Primeiro, que tom de voz é esse mocinho?- Pergunto diante do mesmo e vejo seu revirar de olhos.

- Há nem vem mãe!

- Calado!- Digo cortante me segurando para não acabar com seu traseiro agora mesmo.- Segundo, quem você pensa que é para julgar o Dylan? Chamando ele de marginal na minha frente?!- Vou sentindo cada vez mais a irritação crescer dentro de mim.

- Eu menti por acaso?- Responde cínico e sem pensar duas vezes encho a mão em seu traseiro. O tapa pega mais em sua coxa do que em seu bumbum, mas não ligo. Esse menino está passando dos limites hoje!

- Ele não é um marginal! E sim, agora ele faz parte da nossa família Noah! Você gostando disso ou não! Você terá que aceitar.- Dou uma olhada rápida para Dylan que parece estar meio desconfortável com a cena de Noah.- E para deixar claro que agora ele é um Ackson de verdade, nada mais justo do que deixar ele presenciar uma cena íntima de família. Não acha Noah?- Volto a encarar meu filho, que se encontra com os olhos arregalados.

- Q-Que cena mamãe..?- Consigo sentir o medo em sua voz, mas me mantenho firme e apenas prossigo com o que tenho que fazer.

- Tire a calça que você já vai descobrir. Vamos filho, anda logo, bumbum de fora, agora!- Mando com seriedade e vejo suas bochechas se tornarem rosadas.

- Na frente dele?!- Pergunta horrorizado e concordo rapidamente, arqueando uma de minhas sombrancelhas.

- Agora.- Mando ríspida.

- N-Não...

- Agora Noah Ackson!- Lhe pego pelo braço, e vejo o medo em seu olhar. Medo de apanhar.- Tire sua calça! Cueca também.- Mando novamente, o livrando de meu aperto, e vejo o mesmo se apressar em se despir.

- Não é necessário bater nele na minha frente pra provar que sou da família... Eu sei que não sou.- Escuto Dylan dizer e meu coração se reprimi em meu peito.

- É necessário.- Digo prática e vejo Noah tentar se cobrir das vistas de seu novo irmão.- E você mocinho.- Puxo uma cadeira, e me sento.- No meu colo, agora.

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Oi gente... Sei que o capítulo não está tão bom, mas estou tentando voltar aos poucos a escrever. Então é isso, espero que tenham gostado :3

Bye baby...

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