Dylan Ackson
EUA. Washington. 17:12. Quinta-feira.
Vejo Katherine Ackson, praticamente obrigar seu suposto filho a se deitar sobre suas coxas, enquanto o mesmo esconde o rosto com as mãos e chora envergonhado.
Porra... Que mulher psicopata.
- Isso é humilhante Katherine!- Tento argumentar, vendo o desespero e vergonha do garoto.- Ele já é grandinho para esse tipo de castigo, não acha?- Pergunto me compadecendo do mesmo, e até vejo a agente revirar os olhos ao me escutar.
- Se ele fosse "grandinho" Dylan, ele não iria agir desta maneira infantil, e também não estaria onde está agora. Ele é meu filho, e vou corrigi-lo como eu bem entender.- Me calo diante sua resposta e olho para o outro lado, afim de dar o mínimo que seja de privacidade ao babaca.
Velho... Isso é constrangedor.
Quantos anos ele tem? Cinco?
- Mãe... Por favor, para com isso, eu já entendi, desculpa.- Escuto Noah implorar, com sua voz chorosa, e apenas lamento em silêncio o que ele está tendo que passar.
Sai da cadeia, mas me meti em um buraco pior. E dessa vez nem foi por minha culpa.
Eu não escolhi estar aqui...
Saio de meus pensamentos, ao escutar o barulho alto de um tapa estralar pelo cômodo. Logo depois outro, outro e mais outros... Isso vindo de mãos dadas com um choro alto e sofrido do garoto. A cada tapa que escuto, fecho ainda mais meus punhos, tentando segurar a vontade de arrombar a porta desta enfermaria e sair correndo daqui.
Mas isso seria tolice minha.
Estou na cede do FBI, com toda certeza em menos de cinco minutos estarei cercado de agentes. Mas... Quem sabe assim não volto para a cadeia? E assim não irei precisar encarar Ackson todos os dias, fazendo isso com esse pobre coitado ou até mesmo comigo...
Porra!
Ela disse que sou filho dela agora, que faço parte da família, e quem pode me garantir que a mesma não fará comigo, o que está fazendo com Noah? Quem pode me falar, se a mesma não irá querer me "corrigir" assim também?
Ninguém pode...
E eu sou incorrigível!
Ela pode me surrar o dia todo que não vou concertar!
Eu nasci errado... E vou morrer errado!
E se vou morar com ela, preciso bolar um plano de convencê-la disto.
- Pronto meu amor... Shii... Não precisa mais chorar, já passou sim?- Volto a olhar para os dois, agora sim, totalmente confuso.
Katherine está abraçada a seu filho, tentando acalma-lo, enquanto sustenta o mesmo sobre suas coxas, em seu colo. Já Noah está com o rosto afundado contra o pescoço da mãe, chorando de soluçar, como um pequeno pirralho. Reparo que o traseiro do mesmo está avermelhado, e penso que isso deve ser consequência dos tapas tomados agora pouco. Mas o que mais me surpreende nessa situação, é que Noah não está com raiva, não xingou e nem resistiu a isso, apenas aceitou, como se o mesmo fosse submisso a agente. E Katherine, agora está mansa, não está sendo ríspida como no início da punição, apenas está dando carinho a Noah, como se o que ele tivesse feito, agora fosse irrelevante.
Vejo Katherine me encarar por alguns longos segundos e em seguida Noah faz o mesmo. Ele me olha, com as bochechas rosadas, e suspira, permanecendo com a cabeça apoiada no peito da mãe.
- Você é da família, me desculpa dizer o contrário Dylan.- Concordo com a cabeça e volto a olhar para a parede extremamente branca daqui, pensando no que o mesmo acaba de dizer.
Nem fodendo quero fazer parte disso.
_________________FBI__________________
Katherine Ackson
EUA. Washington. 17:45. Quinta-feira.
Ao escutar as desculpas de Noah, me permito sorrir. Ele percebeu seu erro, percebeu o que Dylan está fazendo aqui, e nem precisei explicar.
Posso dizer que me sinto orgulhosa de meu primogênito.
O que umas boas palmadas não fazem, não é mesmo?
Mas dá mesma forma, mais tarde, quando já estivermos em casa, talvez após o jantar eu possa explicar detalhadamente como vai funcionar as coisas daqui para frente. Dylan é meu filho agora, e sei que isso não mudará somente a minha vida, mudará a vida de Noah também, e entendo os motivos do mesmo ter feito o que fez. Só não aprovo. Então irei conversar com os dois, para ficar justo, tentarei explicar as regras da casa para meu mais novo bebê, e espero que ele realmente entenda tudo. Não quero ter problemas com o mesmo logo de início.
Tentarei ser paciente.
- Vamos para casa?- Pergunto aos dois e Noah se apressa em levantar de meu colo, e cora ao se lembrar que está nu da cintura para baixo e na presença de Dylan.
É meu bem, agora você tem um irmão, vai se acostumando com isso.
- Vou ter que dividir meu quarto com ele mãe?- Escuto Noah perguntar e reviro os olhos com seu tom contrariado.
Sei que ele odeia dividir certas coisas.
- Não comprei uma mansão a toa meu filho, ele vai ficar no quarto que ele escolher.- Respondo com ríspidez e vejo Dylan revirar os olhos.
Porque esse garoto está revirando os olhos?
- Vocês não iam embora?- Escuto o mesmo perguntar e franzo o cenho.
- Você virá conosco, para nossa casa.- Explico, estranhando o fato dele ainda não ter entendido que, agora ele é meu filho. E se é meu filho, terá que ficar comigo.- Você faz parte da família agora.- Sorrio ao pronunciar tais palavras.
- E se eu não quiser nada disso?- Vejo o mesmo se mover, vindo em minha direção e levanto uma de minhas sombrancelhas.
Porque o mesmo não iria querer uma família? Todos querem pessoas com quem podem contar... Bom, pelo menos as que conheço.
- Se não quiser, sinto muito por você, mas terá que aceitar da mesma maneira.- Digo em um tom de voz extremamente sério, mais sério do que eu realmente pretendia falar, e o mesmo mantém sua linha da boca reta. Rígida.
- Não foi escolha minha vir com você...- Diz com os braços cruzados.
- Eu sei, mas farei o passível para que você goste de estar na situação atual.- Digo com sinceridade, ainda me mantendo séria.
Realmente farei de tudo para ver meu bebê bem. Farei tudo o que me impediram de fazer nesses 16 anos de sua existência.
- Vou poder fazer o que eu quero?- Quase engasgo com sua pergunta.
Não! Óbvio que não!
- Ah... Você poderá fazer o que quiser, contanto que o que você fizer, esteja dentro das regras que eu impor.- Explico com mais calma.
- Então além de ter que te suportar, terei que te obedecer também? Prefiro a guilhotina!- Exclama parecendo contrariado e fecho a mão ao sentir a mesma coçar.
Se hoje não fosse seu primeiro dia garoto...
- Em casa te explico as regras.- Digo e reparo que Noah já está vestido.
Hora de ir para casa, e ensinar a esse garoto o que são bons modos.
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Agent's
Teen FictionContém: - Palmadas como modo de disciplina. - Linguagem imprópria. - Regressão de idade. - Castigos físicos. - FBI. - Atitudes forçadas. - Ambiente familiar. - Palmadas não sexuais. - Spanking. - Forte distorção de valores. - Disciplina doméstica. ...